segunda-feira, 12 de outubro de 2009

MISSÃO DA IGREJA


A PALAVRA DE DEUS NA VIDA E NA MISSÃO DA IGREJA

Dentre as formas humanas de expressar o pensar, o agir e o fazer humano, destaca-se a Palavra. Mas se devêssemos perguntar exatamente qual a função da palavra e sua importância nas relações sociais nem sempre saberíamos responder com precisão. Em toda e qualquer situação a palavra é o meio privilegiado e comunicação humana, mas muitas vezes por mais clara que seja a palavra ela pode ser fonte de confusão, sobretudo, se mal interpretada, mal pronunciada, mal compreendida.

Usamos o recurso da palavra para esclarecer, pedir, sugerir, informar, agradecer, etc... Quase sempre usamos a palavra estabelecendo um diálogo cuja finalidade é comunicar e formar relações. Muitas vezes damos importância diferenciada às palavras de acordo com a circunstância em que foram ditas ou por quem foram verbalizadas.

Quanto mais importante haverá de ser a Palavra de Deus. E esta Palavra é única sendo muitas e proferida de muitos modos. São Paulo, nas suas cartas, (que são Palavra de Deus), usa muitas vezes expressões que dão maior peso às suas palavras. Encontramos, por exemplo, citações mais ou menos assim: “de muitos modos deus nos falou, mas nos últimos tempos veio até nós na pessoa do seu Filho Jesus”; e ainda “a boa noticia que eu anuncio não é uma invenção humana. Eu não recebi de ninguém e ninguém o ensinou a mim, mas foi o próprio Cristo que o revelou para mim”. E São Tiago escreveu assim: “Não se enganem; não sejam apenas ouvintes dessa Palavra, mas a ponham em prática”.

Nos documentos da Igreja temos muitas referências à Palavra de Deus e ao modo como podemos conhecê-la e praticá-la. Lemos pois assim: “Na assembléia do domingo a Igreja lê aquilo que em todas as escrituras se refere a Cristo e celebra a Eucaristia como memória da morte e ressurreição do Senhor, até que Ele venha”.

Popularmente chamamos a Bíblia de Palavra de Deus, a rigor ela não é exatamente a Palavra, pois que esta é a interpretação ou a verbalização daquilo que está escrito. Em todo o caso podemos sim chamar a Bíblia de Palavra de Deus no sentido que ela não é um simples de registro de intenções. A Bíblia é o registro do diálogo realizado entre o Criador e a criatura, isto é, a concretização do desejo de Deus que se realizou com toda a plenitude na pessoa de Jesus. Deste modo podemos dizer que aquilo que está escrito na Bíblia é ao mesmo tempo Palavra e realidade. Ou seja ‘DITO E FEITO”.

Se estudamos um pouco de língua portuguesa e literatura nos deparamos que existem diversas formas de linguagem. Do mesmo modo quando vimos um filme, uma novela, um conto, etc... Conforme a intenção do autor ele usa uma figura de linguagem. Sabemos que existe a linguagem da poesia, da ficção, da narração, e muitos outros. Os compositores musicais se servem das diversas formas de compreender a palavra para dizer, por meio da música, muitas realidades que seriam mais difícil expressar com palavras as vezes duras e frias. Assim também se dá com a Bíblia. Nos textos sagrados encontramos narração, lei, profecia, sabedoria, poesia, carta, previsões.

Mas o que isso tem a ver com liturgia?

Antes de tudo é importante responder qual o significado da Palavra liturgia. De origem grega a expressão é leitourgia. Traduzido literalmente, leitourgia significa “serviço feito para o povo”, ou, “serviço diretamente prestado para o bem comum”. Com este conceito somos forçados a compreender a palavra liturgia não exclusivamente como uma palavra restrita ao uso religioso. A rigor a poderia se usar este termo para indicar todo e qualquer serviço feito por alguém em favor de outro ou de uma comunidade.

Mas é preciso ter muito claro que quem primeiro fez uma liturgia e a completou de forma perfeita foi Deus. Na obra da criação Ele realizou um maior serviço em favor de todas as criaturas. O serviço, a liturgia, de Deus teve sua forma mais perfeita no sacrifício redentor de Jesus que se deu como vítima pelos nossos pecados.

Como toda boa ação costuma ser recordada, recontada, valorizada, e muitas vezes permanece presente de geração em geração. Do mesmo modo fazemos com a liturgia que Deus realizou por nós e isto nós chamamos de CELEBRAÇÃO. Aquilo que é julgado importante acaba ficando na memória e no coração.

A liturgia recorda e prolonga a história da salvação as ações (o serviço) que Deus realizou e continua realizando em favor do seu povo. Aquilo que lemos na liturgia, não se resume como dissemos acima em uma carta de boas intenções, trata-se na realidade de palavras e fatos muito unidos entre si. A história em que Deus revela e realiza a salvação é uma história em relação com a palavra, nela a palavra se faz história e a história se faz palavra.

Ora, está mais do que claro que aquilo que se lê na liturgia é Palavra de Deus, portanto se pode dizer que é Ele mesmo quem fala pela liturgia. Logo mais veremos como é importante o papel dos leitores nas celebrações na medida em que se compreende que não são eles mesmos quem falam mas com a sua voz proclamam a Palavra de Deus a quem se pode dizer que emprestam as suas forças e dons para que sua Palavra seja conhecida.

Em outubro de 2008 o Papa convocou um grupo de Bispos do mundo inteiro para refletir sobra a Palavra de Deus e sua importância na liturgia. O encontro chamado de “Sínodo dos Bispos”, teve como objetivo procurar caminhos para que a Palavra de Deus seja melhor compreendida, esteja mais ao alcance da pessoas e mais eficazmente vivida. No documento conclusivo do “Sínodo” (encontro) se lê assim: “... A voz divina. Ela soa na origem da criação, rompendo o silêncio do nada e dando origem às maravilhas do universo. É uma voz que penetra na história ferida pelo pecado humano e envolvida no sofrimento e na morte. Ela concerne também ao Senhor, que caminha com a humanidade para oferecer-lhe sua graça, sua aliança, sua salvação. É uma voz que desce às páginas das Sagradas Escrituras, que agora podemos ler na Igreja sob a guia do Espírito Santo, dado a ela e aos seus pastores como luz da verdade” (Gianfranco Ravasi. Síntese da mensagem final do Sínodo).

Bem sabemos que Bíblia tem duas grandes partes às quais chamamos de Antigo e de Novo Testamento. Todo o Antigo Testamento é um grande canto e uma imensa narrativa das ações do Senhor em favor do povo eleito. A grande experiência religiosa do povo eleito foi precisamente a de ter pouco a pouco descoberto – foi lhe sendo revelado! – Deus como Aquele que, através de fatos, acontecimentos, pessoas, profetas, sábios etc., age na história em favor do seu povo e o salva.

As primeiras narrativas bíblicas revelam a obra (liturgia) criadora de Deus. Digamos que se tratam de narrativas cósmicas. No princípio, Deus criou o céu e a terra e tudo o que neles contém. Depois vamos observando como se desenrola a ação de Deus para garantir que nada daquilo que havia criado se perca. Vejamos por exemplo o texto do salmo 8:

“Teu nome é, Senhor, maravilhoso,
Por todo o universo conhecido;
O céu manifesta a tua glória,
Com teu resplendor, é revestido.
Olhando este céu que modelaste,
A lua e as estrelas a conter,
Que é, ó Senhor, o ser humano
Pra tanto cuidado merecer?
A um Deus semelhante o fizeste,
Coroado de glória e de valor;
De ti recebeu poder e força
De tudo vencer e ser senhor.
Dos bois, das ovelhas nos currais,
Das feras que vivem pelas matas;
Dos peixes do mar, dos passarinhos,
De tudo o que corta o ar e as águas.
A ti seja dada toda a glória
Deus, fonte de vida e verdade,
Amor maternal que rege a história,
Vem, fica pra sempre ao nosso lado”.

Num segundo momento temos conhecimento da obra (liturgia) da escola e da aliança. A Palavra de Deus se manifestou não somente na criação, mas na própria eleição e constituição do povo eleito. Primeiro Deus escolher Abraão, em seguida Moisés, chama os profetas: Deus disse a Abrão: ‘Sai da tua terra, da tua parentela e da casa do teu pai, para a terra que te mostrarei. Eu farei de ti um grande povo, eu te abençoarei, engrandecerei teu nome; sê uma bênção. (Gn 12,1ss) Para dar continuidade a obra criada e escolhida Deus chama Moisés: Deus disse: Eu vi, eu vi a miséria do meu povo que está no Egito. Ouvi o seu clamor por causa dos opressores; pois eu conheço as suas angústias. Por isso desci a fim de libertá-lo... e para fazê-lo subir daquela terra a uma terra boa e vasta, terra que mana leite e mel... Agora, o clamor dos filhos de Israel chegou até mim... Vai, pois, e que te enviarei a Faraó, para fazer sair do Egito o meu povo, os filhos de Israel”. (Ex 3,1ss). E o povo celebra cantando. Veja-se êxodo 15. A escola que Deus fez se consolida com a aliança no Sinai. Ex. 19, 5 e seguintes e confirmada em Josué 24,14- 24. A experiência do êxodo é típica e paradigmática. Deus foi sendo descoberto sempre mais intensamente, sobretudo pelos sábios e profetas, como Aquele que, fielmente e com eterna misericórdia (Sl 136), opera a salvação do povo.
Um Deus libertador, solidário, misericordioso, fiel, um Deus perdão, um Deus que ama a vida do seu povo, um Deus que tudo faz para que o povo tenha salvação, isto é, vida plena. E tanto quanto o povo percebeu a presença e aliança cantou esta certeza. (Salmo 136 – ao Senhor dos Senhores Cantai...).

A terceira parte da obra (liturgia) de Deus nós a percebemos na vocação e missão dos profetas. “...Só por um instante eu te desamparei; mas imensa compaixão volto a reunir-te. Numa explosão súbita de cólera, por um momento, escondi de ti o meu rosto, mas é com amor eterno que eu te mostro minha ternura...” (Is 54,7-9)

Os profetas são os propagadores da Palavra de Deus. Eles tem experiência pessoal desta Palavra. A Palavra de Deus é colocada na boca dos profetas. Ele se torna a boca do Senhor. A Palavra de Deus proclamada pelos profetas dirige a história, comunicando e interpretando os acontecimentos da salvação. Os profetas recebem o envio no contexto celebrativo do povo escolhido. O núcleo da liturgia antiga de Israel estava concentrado na celebração da palavra divina.

As liturgias de outrora eram compostas de alguns elementos comuns, que alias são também constitutivos das nossas liturgias. Parece importante destacar pelo menos 4 elementos muito claros das assembléias vetero-testamentárias:
• Convocação divina, por meio de seus ministros (Moisés, Josué...) – iniciativa é divina;
• Presença de Deus que fala pelos seu representante ou por outors sinais (arca, Santo dos Santos, ou livro da Lei);
• Proclamação da Palavra Divina na assembléia;
• O sacrifício – resposta do povo – encontro entre Deus e seu povo.

E finalmente como, escreve São Paulo, Quando chegou a plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher... assim o Verbo fez-se carne e habitou entre nós... (Gl 4,4; Jo 1,14). A esta fase da revelação, da aliança, da obra (liturgia) de Deus chamamos de etapa da encarnação. Em Jesus Cristo nenhuma barreira mais existe. Deus que se faz humano rompe todas as barreiras que poderiam ainda existir entre Deus e a sua criatura. O Verbo Divino feito carne se tornou a expressão pessoal de Deus Pai em forma humana. Ele é o mediador! (Hebreus 1, 1 -3). É São Paulo quem nos faz rezar reconhecendo a pessoa de Jesus com todas as qualidades e modo de se encarnar e viver a realidade humana. (Filipenses 2, 6 -11). Toda a evocação da história da salvação gira em torno dele e é a partir dele que é realizada a leitura e interpretação da Sagrada Escritura – 1º e 2º Testamento. Em Cristo tudo tem sentido, tudo fica esclarecido e tudo se orienta para ele, pois, principalmente pelo mistério pascal de sua sagrada paixão, ressurreição dos mortos e gloriosa ascensão, completou a obra da redenção humana e da perfeita glorificação de Deus.

No documento Sacrossanto Concilio, que trata da renovação da liturgia, se lê: Deus, o qual “quer salvar todos os homens e fazer com que cheguem ao conhecimento da verdade” (1Tm 2,4), “havendo outrora falado muitas vezes e de muitos modos aos pais pelos profetas” (Hb 1,1), quando veio a plenitude dos tempos, mandou o seu Filho, Verbo feito carne, ungido pelo Espírito Santo, para anunciar a boa nova aos pobres, curar os contritos de coração, “médico da carne e do espírito”, mediador entre Deus e os homens. Com efeito, sua humanidade, na unidade da pessoa do Verbo, foi o instrumento de nossa salvação. Pelo que em Cristo “deu-se o perfeito cumprimento da nossa reconciliação com Deus e nos foi comunicada a plenitude do culto divino”. Esta obra da redenção humana e da perfeita glorificação de Deus, que tem o seu prelúdio nas maravilhas divinas operadas no povo do Antigo Testamento, completou-a o Cristo Senhor, especialmente pelo mistério pascal de sua sagrada paixão, ressurreição dos mortos e gloriosa ascensão; por este mistério, Cristo “morrendo, destruiu a nossa morte e, ressurgindo, deu-nos a vida”. Pois, do lado de Cristo agonizante sobre a cruz nasceu “o admirável sacramento de toda a Igreja”.

Desta certerza nós podemos afirmar que cada vez que nos reunimos a Igreja celebra o mistério pascal, isto é a vida toda de Jesus, sua paixão, morte, ressurreição e ascenção ao céu. Isto deixa mais claro ainda a afirmação que o Concílio Vaticano II faz: “A obra de Cristo continua na Igreja e é coroada pela celebração litúrgica”.

Um último e sempre renovado dado da revelação, ou melhor da obra (liturgia) de Deus se realiza na Igreja. Este tempo nós chamamos de período eclesial.A igreja que tem sua origem na cruz e se estendeu pela experiência da comunidade primitiva pode ser chama de A CASA DA PALAVRA a qual, como sugere Lucas (At 2,42) se ergue sobre quatro colunas idealizadas. Em primeiro lugar, o “ensinamento”, ou seja: ler e compreender a Bíblia no anúncio feito a todos, na catequese, na homilia, por meio de uma proclamação que envolve mente e coração. Em outras palavras a atualização, a memória da aliança se realiza mais plenamente na medida em que os fiéis ouvem a Palavra e a compreendem. É na igreja e por meio dela que se dá o Anúncio - a didaqué (O eco) apostólica, ou seja, a pregação da Palavra de Deus. O Apóstolo Paulo admoesta-nos que «a fé provém da escuta, e a escuta diz respeito à Palavra de Cristo» (Rm 10, 17). O Papa Bento XVI insiste que a fé não é resultado de explicações racionais mas de um encontro pessoal com Jesus. Este naturalmente se dá quando o crente ouve a Palavra e a comrpreende como sendo Palavra do próprio Cristo ou Ele mesmo quem continua falando. É da Igreja que sai a voz do pregador, que a todos propõe o querigma, ou seja, o anúncio primário e fundamental que o próprio Jesus proclamara no início do seu ministério público: «O tempo já se cumpriu, e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e acreditai no Evangelho»(Mc 1, 15) A liturgia e a catequese tem uma finalidade muito clara: aprofundar no vida do fiel o conhecimento e a experiênica do mistério de Cristo a fim de que todos sejam iluminados e naturalmente guiados pela Palavra.

O que já dissemos até aqui deixa mais do que claro a importância e a necessidade da proclamação da Palavra de Deus nas nossas assembléias litúrgicas. E atenção que estamos falando de proclamação e não simplesmente leitura. É claro que para que isto aconteça serão necessárias algumas condições a fim de não continuar repetindo as mesmas práticas que pouco ou nada ajudam quando se trata de proclamar a Palavra e não simplesmente de ler.

Seguida da proclamação outro ponto fundamental na liturgia é a homilia, que ainda hoje para muitos cristãos é o momento principal do encontro com a Povo de Deus. Neste gesto, o ministro deveria transformar-se também em profeta. De fato, com uma linguagem nítida, incisiva e substanciosa, e não apenas com autoridade, ele deve «anunciar as obras admiráveis de Deus na história da salvação» (SC 35) – oferecidas primeiro através de uma clarividente e viva leitura do texto bíblico proposto pela liturgia – mas deve também atualizá-las nos tempos e nos momentos vividos pelos ouvintes, e fazer desabrochar no seu coração a exigência da conversão e do compromisso vital: «O que temos que fazer?» (At 2, 37).

Na pregação cumpre-se, deste modo, um dúplice movimento. Com o primeiro, remonta-se à raiz dos textos sagrados, dos acontecimentos e dos ditos geradores da história da salvação, para os compreender no seu significado e na sua mensagem.

Com o segundo movimento, volta-se a descer até ao presente, ao hoje vivido por aqueles que ouvem e lêem, sempre à luz de Cristo que é o fio luminoso destinado a unir as Sagradas Escrituras. Foi precisamente isto que o próprio Jesus fez – como já se disse – no itinerário de Jerusalém para Emaús, em companhia de dois dos seus discípulos. E também o fará o diácono Filipe, no caminho de Jerusalém para Gaza quando, com o funcionário etíope, empreenderá um diálogo emblemático: «Entendes o que estás a ler? (...) E como poderia eu compreender, sem alguém que me oriente?» (At 8, 30-31). E a meta será o encontro completo com Jesus Cristo no sacramento. Assim, apresenta-se a segunda coluna que sustém a Igreja, casa da palavra divina.
Se estas duas condições forem realmente convincentes as assembléias cristãs poderão repetir como os discípulos de Emaús – não estava nosso coração ardendo quando nos explicava as escrituras. Nossas assembléias serão locais da partilha onde pelo gesto litúrgico do partir do pão os participantes, de modo muito vivo, reconhecerão o Cristo ressuscitado e por este reconhecimento sentir-se hão habilitados para anunciá-lo como verdadeiros discípulos missionários.

Celebrar a Eucaristia é o momento do diálogo íntimo de Deus com o seu povo, é o ato da nova aliança selada no sangue de Deus (cf. Lc 22, 20), é a obra suprema do Verbo que se oferece como alimento no seu corpo imolado, é a fonte e o ápice da vida e da missão da Igreja.

O terceiro pilar, dos quais estamos falando e, que serviram de sustentação para as primeiras comunidades cristãs é a oração entrelaçada – como recordava São Paulo – por «salmos, hinos e cânticos espirituais» (Cl 3, 16). Um lugar privilegiado é ocupado, naturalmente, pela Liturgia das Horas, a oração da Igreja por excelência, destinada a cadenciar os dias e os tempos do ano cristão, oferecendo sobretudo mediante o Saltério o alimento espiritual quotidiano aos fiéis. Juntamente com ela e com as CELEBRAÇÕES COMUNITÁRIAS DA PALAVRA, a tradição introduziu a prática da leitura orante no Espírito Santo, capaz de abrir aos fiéis o tesouro da Palavra de Deus, mas também de criar o encontro com Jesus Cristo, palavra divina viva.

Finalmente e não menos importante a “comunhão fraterna”, pois para sermos verdadeiros cristãos não basta sermos “os que ouvem a Palavra de Deus”, mas devemos ser “os que a põem em prática” no amor eficaz (Lc 8,21).

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