sábado, 18 de dezembro de 2010

PROINFANTIL - FORMAÇÃO DE DOCENTES EM EXERCÍCIO NA EDUCAÇÃO INFANTIL


AVALIAÇÃO DOS RELATÓRIOS PARCIAIS
Tutoras: Evelise  Zirhut e Cristiane Durães
Professor formador: Elcio Alberton
Embora seja claro para todos os envolvidos em qualquer processo de aprendizagem, nunca é demais pontuar que a expressão avaliação não se reduz a atribuição de nota e muito menos a indicação de certo ou errado.
A avaliação, entendida como processo, leva em conta a aquisição de conhecimento o qual se manifesta pela capacidade de produzir saberes que é muito mais do que dominar a velha máxima: “ler, copiar, decorar e repetir”.  Em outras palavras reduzir a avaliação à capacidade de repetir o que  o professor falou ou o que estava escrito num determinado texto de estudo ainda não consiste aprendizado.
Sob esta ótica o projeto de estudo, dentro do programa PROINFANTIL, parece ser o mais adequado instrumento de aprendizado e cuja avaliação merece ser pontuada com observações que valorizem o trabalho do cursista, do tutor  e do professor. Na medida em que  um aprende o outro pode se dar por realizado porque ensinou.
Lembro-me do depoimento de um estudante angolano referindo-se aos professores portugueses e cubanos que lá estavam uns durante o período colonial os outros logo depois da independência de Angola. Enquanto os primeiros se davam por satisfeitos sempre que os estudantes não alcançavam média, os outros procuravam compreender onde haviam falhado para que o aluno não tivesse alcançado o resultado esperado.
É neste sentido que ao final do III módulo e de acordo com as diretrizes previstas no Guia Geral do PROINFANTIL  tecemos comentários individuais para cada um dos relatórios que nos foram apresentados pelas Tutoras.
Referindo-se ao projeto de estudo o Guia Geral o faz com as seguintes considerações:

Os projetos de estudo integram a parte diversificada do currículo do Ensino Médio. São atividades desenvolvidas pelo Professor Cursista sob a forma de pesquisa e/ou ação pedagógica a respeito de algum aspecto (social, histórico, cultural,ecológico, científico, etc.) de sua realidade local.

Depois de justificar a importância do projeto o Guia propõe um cronograma a ser seguido, o qual também é sabido por todos os envolvidos no processo, todavia, nunca é demais recordar para o conhecimento de todos:

As etapas do projeto de estudo são as seguintes:
proposta do projeto (desenvolvida no decorrer dos dois primeiros módulos e entregue ao final do Módulo II);
relatório parcial (desenvolvido durante o Módulo III e o relatório entregue para avaliação ao término do Módulo);
• relatório final (desenvolvido durante o Módulo IV). O relatório final será entregue no sétimo Encontro Quinzenal do Módulo IV, acompanhado pela auto-avaliação do Professor Cursista. A auto-avaliação é uma análise feita pelo cursista sobre as atividades desenvolvidas no projeto de estudo.
O projeto se apresenta dentro do programa como a oportunidade do cursista manifestar sua compreensão do processo de aprendizado que obteve ao longo do curso. Neste sentido o Guia Geral e todas as demais orientações insistem que o projeto tenha uma delimitação de conteúdos e conceitos mediante apresentação de um projeto. Esta etapa foi realizada no segundo módulo e nós, particularmente, fizemos o acompanhamento  com as devidas observações de todos os projetos que nos foram apresentados para avaliar.
Nesta segunda etapa, equivalente ao terceiro módulo, os cursistas, orientados por suas tutoras, fizeram um relatório que se constituiu também no que foi denominado “diário de bordo” e como conclusão do processo apresentaram o relatório parcial para ser avaliado.
Particularmente considero, como já escrevi acima, a elaboração do projeto de estudo a melhor forma de aprendizado de todo o programa. E Vejo que a etapa mais importante se constituí na elaboração mesma do projeto o que será feito durante o IV módulo. Embora tenha consciência que a elaboração do projeto pode ser a parte  mais difícil.
De acordo com o Guia geral e as demais instruções,  durante o processo de elaboração do relatório as tutoras tiveram um papel decisivo. Não fui procurado por elas para dar nenhum esclarecimento, orientação ou ajuda. Até aqui tudo de acordo com as orientações do Guia Geral. Nosso papel consiste em avaliar o relatório, em companhia das tutoras e indicar por onde andar no IV módulo.
Tentarei reunir as sugestões de modo que seja facilitada a atividade dos cursistas para a próxima etapa:
1)      Alegrou-me ao ver que todos os relatórios foram entregues às tutoras por meio eletrônico. Os mesmos foram impressos na AGF por ocasião da avaliação. Isso significa que os cursistas tem acesso a computador e internet. Elementos básicos para um programa de educação a distância.
2)      Os relatos dos cursistas foram, em geral, bem feitos, com apenas algumas dificuldades metodológicas às quais as tutoras poderão ajudar a sanar em vista da elaboração do projeto final.
3)      Sugiro aos cursistas a leitura do texto: LEITURA, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS, e SEMINÁRIO QUE BICHO É ESSE. Ambos publicados no meu blog: www.padreelcio.blogspot.com
4)      Para o bom cumprimento do calendário previsto nossa sugestão é que os cursistas sigam as orientações de estudo com os devidos tempos como estão dispostos no guia geral às páginas: 72 a 80.
5)      Especificamente em relação à redação do relatório final do projeto de estudo acho importante que os cursistas procedam do seguinte modo:
a)      Fevereiro e março, leitura da bibliografia apresentada como fundamentação do projeto;
b)      Abril, realização da pesquisa participante na instituição de ensino, de acordo com o relato feito nesta etapa;
c)       Maio e Junho redação final do texto e entrega do relatório.
Espero, com estas orientações, poder colaborar com a etapa final deste processo de aprendizagem.

DOMINGO DIA 16 DE JANEIRO DE 2011


2° DOMINGO DO TEMPO COMUM

Leituras: Isaias 49, 3.5-6; Salmo 39(40);
1Coríntios 1,1-3; João 1, 29-34.

Certamente e mais de uma vez, muitos de nós fomos consultados sobre as qualidades e até a idoneidade de outra pessoa. Por diferentes motivos fomos arrolados como testemunhas em favor de outro. Naturalmente em tais situações nossa atitude se limitou a apontar o que sabemos e conhecemos em vista dos objetivos a que se propunha a consulta em questão.
No caso da liturgia de hoje João Batista e São Paulo, ambos dão um testemunho, traçam um retrado com a intenção de confirmar quem é Jesus e o que os levou a crer nele.
Paulo escreveu para a comunidade de Corinto, à qual ele havia fundado, e reafirma a sua intenção: Que todos reconheçam a Cristo como Senhor do mundo e portado de toda graça e bênção que vem de Deus.
Por sua vez João Batista vê Jesus e brada: “Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado”. Isso significa dizer que a partir de agora não será mais necessário ir a procurar de um “bode para expiar os pecados” como fez o povo da antiga aliança. Em Jesus foi Deus mesmo quem escolheu aquele que eliminará de uma vez por todas as fragilidades humanas. O perdão que Jesus vai garantir é uma ação que se realiza por meio do Espírito Santo e por isso João declara ser testemunha, uma vez que ele viu e ouviu a voz vinda do céu: “Este é o meu filho amado”.
Ambas as mensagens, de Paulo e de João dão conta de que os dois fizeram a experiência de Deus na pessoa de Jesus.
Ora diante desta verdade é importante retomar a mensagem do domingo passado no qual celebramos o batismo de Jesus. Tal como Ele, ser cristão, ser batizado no mundo de hoje é ser sinal da presença de Deus. Ser batizado implica em trabalhar para que nossas relações sejam livres do pecado e pautadas pela coerência, pela ética, pela prática do bem e da justiça.
O cordeiro anunciado por João é o realizador do Reinado de Deus que se materializar nas boas ações que fazemos a cada dia. Deus está conosco, Ele é o Emanuel, nós o reconhecemos nesta reunião festiva, ouvimos sua voz na palavra proclamada e vamos nos alimentar com a Eucaristia. Tudo isso em vista de fazer acontecer o maior desejo de todos: Que o mundo experimente a paz que vem de Deus!

DOMINGO 09 DE JANEIRO DE 2011


FESTA  DO BATISMO DO SENHOR

Leituras: Isaias, 42, 1-2. 6-7; Salmo 28(29)
Atos dos Apóstolos 10, 34-38; Mateus 3, 13-17.

Este é meu filho amado!
Falar bem dos filhos, valorizar cada gesto e cada atitude deles é uma constante da parte dos pais. Os genitores não perdem oportunidade de dizer que seus filhos trazem marcas da personalidade, da fisionomia, do jeito de ser dos pais. Estas são sem dúvida formas dos pais se fazerem presentes onde nem sempre podem estar fisicamente. Em outras palavras os filhos são os legítimos representantes e sinais dos pais em todos os lugares.
Pois este é Jesus. Seu rosto humano é o rosto de Deus que não vemos, suas atitudes são as atitudes de Deus que não podemos reconhecer fora dele, faz parte da verdade revelada: Jesus é o Verbo de Deus que se fez homem!
Com outras palavras, porém, manifestando o mesmo sentimento, na festa do Batismo que hoje celebramos,Jesus é identificado como o Filho de Deus.
O texto do Evangelho não deixa dúvidas:  Jesus não tinha necessidade de ser batizado por João com a motivação que tinha o batismo do precursor, isto é, em virtude do perdão dos pecados. No diálogo entre João e Jesus se confirma: o gesto é mais uma atitude de Jesus para cumprir a lei. Como resultado desta sua obediência todos poderão reconhecê-lo tal como Ele é: “este é o meu filho amado no qual encontro toda a minha alegria”.
O que foi revelado no Batismo, já havia sido dito pelo profeta Isaias: Ele é o servo por meio de quem toda a humanidade verá a salvação que vem de Deus e que Pedro afirma ter sido derramado por Deus como um dom do Espírito Santo.
De algum modo também nós, pelo batismo, fomos reconhecidos como filhos amados de Deus e obviamente irmãos de todos. Deste modo, celebrar o batismo de Jesus é sim recordar o que Deus Pai declarou a seu Filho, mas é também reconhecer que a missão dada a Jesus se estende a cada um de nós em todos os tempos. 
Na condição de batizados, não apenas em cumprimento da lei, mas em virtude da graça somos desafiados a dar uma resposta ao Pai sendo no mundo sinais da sua presença, capazes de dar alegria àquele que nos chamou e nos adotou.
Dar alegria a Deus consiste certamente muito mais do que se declarar cristãos, mas viver de acordo com esta realidade. Faze o que fez Jesus, isto é, fazer o bem a todos!
Coloquemo-nos  abertos e disponíveis à Palavra que ouvimos, e que a Eucaristia nos fortaleça nessa missão.

DOMINGO DIA 02 DE JANEIRO DE 2011


ELE SE DEU A CONHECER: EPIFANIA!

Leituras: Isaias 60, 1-6; Salmo 71(72)
Efésios 3, 2-3a. 5-6; Mateus 2,1-12

O estado do Paraná comemorou, em dezembro último, 157 anos de emancipação político administrativa. Entre os eventos programados para a ocasião esteve a reinauguração do Palácio Iguaçu. De um modo quase apoteótico, no primeiro minuto do dia 19 de dezembro o então governador descerrou a grande faixa que cobriu toda a fachada do prédio restaurado. Certamente a intenção de tudo isso foi mostrar ao povo do Paraná a grandiosidade da obra, a suntuosidade e, sobretudo, destacar o simbolismo da edificação como sede do governo.
Ora, estamos a pouco mais de uma semana do natal. Nele Deus mesmo fez morada entre nós, se fez participante da família humana, entrou em nossa casa, reconhecemos Maria como Mãe de Deus e nossa.
A liturgia deste domingo, também chamado dia de Reis, nos convida a Ver Jesus. E para que isso se torne mais explícito e envolva a todos com um toque de emoção as leituras narram de modo apoteótico como se dá esta manifestação.
Os magos, que vieram do oriente, guiaram-se pelo sinal da estrela, como que iluminados pela luz de Deus. Não se conformaram enquanto não puderam Ver o menino. Tendo buscado informações e ajuda consolidaram sua caminhada diante do menino e sua mãe, reconheceram quem Ele era, tiveram ciência de sua missão e voltaram para a sua terra.
Na pessoa dos magos se confirma a Palavra do profeta Isaias que ouvimos na primeira leitura: “Atraídos pela luz os povos do mundo virão e Você  ficará radiante de alegria”. É sobre isto que também São Paulo escreveu aos Efésios afirmando: “No passado esse segredo não foi contado aos seres humanos, mas agora Deus o revelou”.
Do modo como a Palavra de Deus nos conta a manifestação de Jesus ao mundo faz nos reconhecer no simbolismo do menino de Belém aquilo que Deus mesmo quer ser: “Caminho, verdade e vida”.  Cabe a nós, seguindo o exemplo dos magos, não nos conformar enquanto o mundo não puder  ver Jesus, cabe a nós não se deixar enganar diante das falsas manifestações de admiração em relação à pessoa e à doutrina de Jesus. Em outras palavras, somos convidados a nos comprometer com Jesus, criar comunhão com o mundo. Esta eucaristia é um convite para que sejamos capazes de partilhar a mesma verdade que os magos foram ver: O Rei de todos os povos que acaba de nascer e que se manifesta a todos os povos.

SÁBADO DIA PRIMEIRO DE JANEIRO 2011


SOLENIDADE DA SANTA MÃE  DE DEUS
Leituras: Números 6,22-27; Salmo 66(67)
Gálatas 4,4-7; Lucas 2,16-21

Começar um novo ano é sempre vislumbrar novas perspectivas e renovar as esperanças e utopias.  No início do ano cível retomamos nossos projetos e restabelecemos metas a serem alcançadas. O inicio do ano deixa para trás a saudade, as desilusões e até as festas. Simbolicamente a constituição brasileira estabeleceu o dia primeiro do ano como data para iniciar os mandatos executivos  em todos os níveis.
Por sua vez a liturgia da Igreja nos convida a recordar a figura de Maria como Mãe de Deus e com ela rezar pela paz no mundo.
O evangelho desta celebração narra uma cena bem familiar. Passada e euforia e o medo com o nascimento da criança, ela agora começa a requerer cuidados particulares. A notícia que ganhou o mundo também trás preocupações e incertezas. No imaginário popular se diz que as mães tem um “ sétimo céu”, isso é, as mães sabem das coisas muito antes que elas aconteçam.  Pois esse é o retrato de Maria no texto que acabamos de ler: “ Maria guardava e meditava todas essas coisas no seu coração”.
São Paulo, o que já era uma certeza: Deus se faz humano, nasce num período histórico  e determinado. Da carta aos gálatas ouvimos: “quando se completou o tempo previsto, Deus enviou seu filho nascido de uma mulher”. Este gesto de Deus não foi em vão , pelo contrário enviou sujeito a lei, para aqueles que estavam sujeitos à lei, a fim de libertá-los de toda escravidão.  A carta garante que em Jesus Cristo todos recebemos a verdadeira e definitiva condição de “filhos adotivos”.
Filhos no filho, recebemos toda bênção e toda completando assim o que lemos no livro dos números: “que o Senhor os abençoe e guarde, que o Senhor os trate com bondade e misericórdia, que o Senhor olhe para vocês com amor e lhes dê paz”.
Na pessoa de Jesus tudo isso é realidade de modo definitivo e esta condição tem a participação de Maria a quem os evangelhos chamam de mãe.
De um tal modo nossa confiança na Mãe de Deus e nossa nos põe da estrada de um novo tempo o qual desejamos que seja de paz, de fecundidade, de bem estar, de alegria profunda.
Começamos o ano nos reunindo como irmãos, ouvindo a Palavra e nos alimentado da Eucaristia e rezamos com o salmista: Que as nações vos glorifiquem ó Senhor!