terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

NOVAS TECNOLOGIAS...

O QUE GANHA A EDUCAÇÃO COM O USO DE TECNOLOGIAS?



O professor Pierre Levy, na obra Ciber-cultura, do ano de 1999, faz uma afirmação muito sugestiva para o tema, quando diz que a educação a distância “é uma inteligência distribuída por toda parte, incessantemente valorizada, coordenada em tempo real, que resulta em uma mobilização efetiva das competências”. Esta frase pode ser traduzida na compreensão do educador a distância como um animador da inteligência coletiva.
O professor Fernando José de Almeida, na entrevista sugerida para esta unidade afirma que a Educação, em qualquer modalidade, exige diálogo, é muito enfático ao dizer que é um engano pensar a educação a distância como se ela fosse uma forma de diminuir o trabalho do educador. Usando a expressão “Mega-universidade” ele praticamente afirma o que o autor que citei acima compreende: Animação da inteligência coletiva.
No caso da educação a distância cada vez fica mais patente que o educador não será mesmo um transmissor de conteúdos, mas sua competência consiste em incentivar o aprendizado e o pensamento. O uso de tecnologias na EAD proporciona ao aluno o desenvolvimento da autonomia crítica frente a situações concretas.
Sem sombra de dúvida, como já afirmamos na unidade I, não será o simples fato da distância que fará da EAD uma novidade no sentido da abrangência, mas de um eficaz monitoramento e avaliação.
A sociedade atual experimenta uma explosão de novas tecnologias, nem todas ainda suficientemente exploradas. O sucesso de um curso depende do tipo de mídia e tecnologias utilizadas. Não é objetivo deste fórum elencar ou descrever as mídias disponíveis. Todavia, apesar das limitações, são muito maiores os fatores positivos que negativos em relação ao uso das tecnologias a serviço da educação. As tecnologias romperam para sempre o conceito de espaço físico e de tempo.
Rosália Duarte, na obra Aprendizagem e interatividade em ambientes digitais afirma que: “Nosso desafio é descobrir como usar tecnologias móveis para fazer com que o estudo seja tão parte do dia a dia que sequer seja percebido como estudo”.
Esta mais do que claro as tecnologias oferecem muitas facilidades e modificam a interação entre os ambientes de aprendizados. Somos forçados a concordar com o prof. Fernando quando afirma que a tecnologia é ambígua e que será a vigilância quem vai garantir a qualidade.
Concluo minha participação com a expressão de Paulo Freire no texto que estamos discutindo: “O mundo mudou. O conceito de alfabetização mudou. A leitura deste mundo não pode ser feita com os mesmos instrumentos e códigos com que se faziam as leituras dos mundos passados”.

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