sábado, 13 de março de 2010

HOMILIA PARA O DIA 14 DE MARÇO 2010

QUARTO DOMINGO DA QUARESMA

Leituras: Josué 5,9a.10-12; Salmo 33(34, 2-3.4-5.6-7;
2Coríntios 5,17-21; Lucas 15, 1-3. 11-32.


A reunião de cada domingo para nós Cristãos é uma renovação da presença de Deus em nossa vida. Viemos para celebrar na convicção que este encontro nos aproxima do Pai de toda a vida e nos faz participantes da sua alegria.
As leituras deste domingo revelam o rosto de Deus que se congratula com as vitórias humanas. Assim na primeira leitura vemos o povo celebrando a presença salvadora de Deus com um banquete já conhecido como páscoa. A festa, nesta leitura, recorda a ação de Deus ajudando-os na saída da escravidão e na entrada da terra prometida.
São Paulo na segunda leitura conclama a todos para a festa e o faz com as palavras: Deixem-se reconciliar com Deus e diz mais, isto lhes peço em nome de Cristo. Estas duas situações de alegria nos levaram a cantar no salmo: Provem e vejam como é bom o Senhor!
Com tudo isso nossa reunião não seria plenamente cristã se não fosse um encontro festivo e ainda muito mais pela proximidade da páscoa. O caráter jubiloso da celebração dominical está plenamente relatado na parábola do Evangelho. A pessoa de Jesus, cuja vida, missão e tarefa foi essencialmente mostrar quem é Deus e como ele age, hoje mostra mais uma vez a sua face misericordiosa.
Sendo criticado por aqueles que se consideram perfeitos e melhores que os demais Jesus cria o episódio que conhecemos como o Filho Pródigo, o que certamente pode ser melhor nominado como a História do Pai Misericordioso.
Coloquemo-nos na condição do Pai que reparte tudo o que tem e vê seu filho desperdiçar todo o suor e todo esforço. Senta-se a espera que algum dia isso poderá ser revertido. O Sonho do Pai enfim se concretiza: Eis que o Filho volta e vem arrependido e disposto a uma vida nova.
A festa acontece com tudo o que um reencontro pode permitir, esbarra apenas na prepotência do filho mais velho que se julga melhor e mais perfeito. Apesar de tudo o pai não se deixa convencer pela intransigência e lhe mostra como o perdão e a acolhida é fundamental. Esta figura de linguagem Jesus utiliza para ajudar aos doutores da lei compreender quem é Deus e como ele age.
Neste quarto domingo da quaresma estas leituras são, também para nós, um convite a reconhecer o rosto bondoso do Pai que nos ama e a nos perguntar: Com qual dos dois filhos nos assemelhamos? Somos capazes da atitude do que se arrepende e busca a misericórdia ou nos parecemos mais com o que se julga bom e perfeito e até incapazes de perdoar.
Ainda é tempo, aproveitemos o tempo da quaresma para nos prepararmos para a festa do perdão, para a vida nova da páscoa.

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