domingo, 28 de março de 2010

HOMILIA PARA O DIA 28 DE MARÇO 2010


DOMINGO DE RAMOS DA PAIXÃO DO SENHOR




Leituras: Lucas 19,28-40 (Bênção dos Ramos); Isaias 50,4-7;
Salmo 21(22); Filipenses 2, 6-11; Lucas 23,1-49. (Versão breve)




Todos estamos convencidos que o tempo da quaresma ganha pleno sentido na medida em que é relacionado com a Páscoa e a transformação que esta solenidade faz acontecer.



De domingo a domingo fomos caminhando com Jesus e enfim chegamos com Ele em Jerusalém. Reunidos, celebramos a Páscoa de Jesus revivendo os momentos derradeiros de sua entrega ao Pai em vista da nossa salvação.



Com a celebração dos Ramos encerramos também a Campanha da Fraternidade, que neste ano, reuniu diversas Igrejas com a mesma motivação: cultivar o sentimento de solidariedade e corresponsabilidade para um mundo mais humano e menos desigual.


A longa liturgia da palavra na celebração de hoje começa narrando a entrada solene de Jesus em Jerusalém. Não obstante o aspecto festivo que os conterrâneos e amigos de Jesus se encarregam de fazer, Ele entra montado num jumentinho cumprindo assim o que o profeta anunciou na primeira leitura: “Rei messiânico, humilde e pacífico”. Sua atitude é típica daquele que veio para servir e não se servir do poder.


A entrada na cidade santa culmina todo o caminhar de Jesus e suas ações nos três anos que ensinou e se fez conhecer por toda a região. Suas palavras são confirmadas por seu jeito de ser: “sinal do Reino de Deus”. Isto é, Ele é um Rei diferente. A religião que ele pregou, longe de ritualismos vazios e leis inumeráveis, é fundada no espírito de na verdade.


Nos dias que se sucedem ao domingo festivo de Ramos Ele experimenta seus últimos momentos de tentação e de sujeição à fragilidade humana. Poderia ter desistido de tudo, servindo-se da popularidade provocar reação violenta. Entretanto confirma a razão da sua missão: “Pai não seja feita a minha, mas a sua vontade”.


Tal qual Jesus, na condição de cristãos, seguidores do seu projeto e do seu ensinamento somos desafiados a tomar a mesma atitude. A quaresma foi um tempo de preparação e a Páscoa, para onde caminhamos, é a confirmação da nossa aceitação. Também nós poderemos fazer como Jesus: “Pai, contudo, não seja feita a minha, mas a sua vontade”.


Nós começamos a quaresma e cantamos todos os domingos na abertura das nossas celebrações a expressão de Jesus: “Deixai-vos reconciliar com Deus”. Peçamos, hoje de novo, a graça de aceitar e experimentar esta força reconciliadora da Páscoa de Jesus que, conforme rezamos na missa de hoje diz: “Sua morte apagou nossos pecados e sua ressurreição nos trouxe vida nova”.

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