domingo, 30 de maio de 2010

HOMILIA PARA O DOMINGO DA SANTÍSSIMA TRINDADE

Dia 31 de maio de 2010


Leituras: Provérbios 8, 22-31; Salmo 8;
Romanos 5, 1-5; João 16, 12-15.


Na linguagem pedagógica atual se diz que fazer uma escola atingir bons resultados e oferecer educação de qualidade é uma responsabilidade complexa demais para ficar na mão apenas de uma pessoa e a mesma pedagogia propõe um trio coeso e bem articulado.
No vocabulário popular costuma-se usar a expressão: “duas ou mais pessoas tem visão mais perfeita das coisas do que um sozinho”.
Há poucos dias um famoso cientista americano anunciou a criação de uma célula sintética apontando tal descoberta como resposta para um sem número de necessidades relacionadas à saúde e ao desenvolvimento da qualidade de vida. Não obstante ser o resultado de uma acurada pesquisa científica, a descoberta não é uma unanimidade na comunidade científica e nem tampouco imediatamente colocada para o uso público. Muitos outros estudos ainda serão realizados antes que seja confirmada e adotada a descoberta.
Imaginemos, pois a complexidade da obra criada por Deus! É neste sentido que encontra razão a Solenidade da Santíssima Trindade que a Igreja nos convida a celebrar neste domingo. Aqui estamos porque Deus comunhão nos reuniu no seu amor.
No Evangelho é o próprio Jesus quem promete o Espírito da Verdade, aquele que vindo do Pai, revela a verdade que Jesus ensinou e orienta as comunidades para permanecerem nesta verdade. Eis aí a missão do Espírito na magnífica obra do Pai e do Filho. Ensinando toda a verdade o Espírito liberta do medo e enche os discípulos de vigor profético, restabelece a fé que, de certo modo, havia sido abalada com a morte de Jesus, reascende a esperança e recria a comunhão.
A primeira leitura nos fez recordar a maravilhosa obra de Deus para que o ser humano pudesse viver com dignidade e com alegria. Por conta disso nós rezamos no salmo 8: Teu nome é Senhor Maravilhoso.
Já São Paulo, na segunda leitura, confirma tudo o que já era conhecido, porém atribui isso à obra do Espírito Santo: “A esperança não decepciona, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo”.
Eis aí o convite que nos é renovado a cada domingo: quando perdemos a capacidade de amar e de fazer comunhão perdemos também a direção e isto nos faz colocar em risco projetos valiosos. Aqui viemos convocados pelo amor da Trindade Santa e viemos com o desejo de nos deixar conduzir pelo jeito de ser de Deus: “Ser comunhão e formar comunhão”.
Ó Trindade vos louvamos, vos louvamos pela vossa comunhão. Que esta mesa favoreça nossa vida como irmãos.

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