domingo, 2 de maio de 2010

HOMILIA PARA O QUINTO DOMINGO DA PASCOA

AMEM-SE MUTUAMENTE...


Leituras: Atos 14, 21b - 27; Salmo 144(145) 8 - 13


Apocalipse 21, 1- 5; João 13, 31- 35





Por Diversas razões algumas pessoas marcam a nossa vida e as nossas relações. Cultivamos atitudes de respeito, de admiração, tecemos elogios a determinadas pessoas normalmente por conta da maneira como elas se dão a conhecer. Assim dizemos que esta ou aquela pessoa é um “anjo em pessoa”; este ou aquele é alguém que “ama muito”; Beltrano ou sicrano ‘é responsável e dedicado’. E assim por diante. Em outras palavras o que marca alguém são suas atitudes, seu modo de viver, seu testemunho de ser e de existir.
Pois é isto que a Palavra de Deus nos aponta e sugere neste domingo. As palavras de Jesus indicam o “amor total e desprendido como o cartão de visita” daquele que se declara cristão.
Vivemos numa cidade em que os meios de comunicação apontam uma crescente onda de violência e outras formas de desrespeito pelo ser humano e violação da dignidade está cada vez mais aviltante. Neste contexto o evangelho nos convida a viver e a praticar o amor, o colhimento e o serviço à luz do jeito de ser de Jesus.
Antes de se despedir dos seus amigos, Jesus lhes dá algumas últimas orientações e uma recomendação incisiva e pertinente: “Filhinhos... dou-lhes um novo mandamento. Amem-se uns aos outros”. A designação de filhinhos retrata a proximidade que Jesus tem com os seus seguidores, uma relação que ultrapassa todas as formalidades e adquire uma marca registrada. Isto é, só quem é discípulo será capaz de agir segundo o mestre. E Jesus conclui: As pessoas lhes reconhecerão pela prática deste amor.
É óbvio que tudo isso, exige uma nova forma de enfrentar as dificuldades do cotidiano e daí vem a recomendação que Paulo faz na primeira leitura: “permaneçam firmes na fé”. Tal advertência, sem sombra de dúvida, é também aplicável a cada um de nós, tal como a recomendação de Jesus: “Amem-se uns aos outros”.
Se este modo de ser for efetivamente concretizado poderemos experimentar o que se promete na segunda leitura: “As lágrimas, o luto e a dor deixarão de existir”.
Peçamos então mais uma vez que nossa participação nesta eucaristia nos mantenha firmes naquilo que ouvimos e alimentados pela Eucaristia sejamos fortalecidos para “amar mutuamente”.

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