sábado, 26 de junho de 2010

Homilia para o dia 27 de junho 2010

13° DOMINGO DO TEMPO COMUM



Leituras: 1Rs 19, 16b.19-21; Salmo 15(16);
Gálatas 5, 1.13-18; Lucas 9, 51-62.



Em tempos de copa do mundo é comum ouvirmos da boca dos comentaristas esportivos e dos próprios atletas afirmações do tipo: O adversário é uma equipe coesa, é preciso jogar com determinação, uma vacilada do ataque ou da defesa vão comprometer o resultado da partida. E assim por diante. Ontem, em entrevista sobre sua trajetória desportiva o ex-técnico da seleção brasileira recordava os sucessos e insucessos de sua carreira e do futebol brasileiro. Como resumo de suas declarações se pode concluir que tudo no futebol dependeu e obviamente depende do espírito de equipe e da determinação dos que estão à frente de cada jogada.
É mais ou menos esta a lição que nos dá a liturgia da Palavra deste domingo. No Evangelho é Jesus mesmo quem coloca em xeque algumas das práticas mais sagradas para o povo judeu: “deixa que os mortos enterrem seus mortos”. Ou “quem põe a mão no arado e olha para trás não é digno de mim”. Nas duas circunstâncias não estão sendo colocadas em dúvida os deveres familiares e a piedade em relação aos mortos. Pelo contrário, o que Jesus quer que fique entendido é a determinação para a missão. Se estivesse fazendo um comparativo com a seleção brasileira talvez pudesse dizer “quem não tem espírito de equipe em favor da camisa amarela não merece ser escalado”.
O que Jesus disse aos seus discípulos e, de certo modo, exigiu de cada um deles continua sendo um convite e desafio para cada um de nós: Em se tratando do projeto do reinado de Deus formamos uma grande família, ou vestimos a camisa em favor de todos , ou permanecemos insistindo em jogadas que já são conhecidas dos nossos adversários e corremos o risco de entrar em campo e fazer vexame.
Em outras palavras foi isso o que ouvimos na primeira leitura. Eliseu não duvidou em seguir os passos de Elias. Compreendeu o espírito que animava a atitude do profeta ao lhe dirigir o chamado, seguiu com determinação os passos do profeta deixando para trás tudo o que não era condizente com este novo estivo de viver.
É isso também o que fala São Paulo na segunda leitura. Quem foi libertado por Cristo tem agora uma única atitude: Viver de acordo com a condição que experimentou pois tudo isso foi uma conquista realizada por meio da graça de Deus na pessoa de Jesus.
Deus já fez quase tudo, a nós resta correspondermos aos dons que recebemos por meio de vida correta e santa. A assembleia dominical, a Eucaristia e a Palavra que participamos nos transmitam uma vida nova que nos faça produzir frutos.

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