segunda-feira, 16 de agosto de 2010

EDUCAÇÃO E MULTIMEIOS

PARA UM COMEÇO DE CONVERSA


Recursos tecnológicos na educação: muito mais do que uso e disponibilização deles se constituem num desafio de linguagem!
Pouco ou nada trarão como acréscimo para o processo ensino-aprendizagem o uso puro e simples dos recursos tecnológicos. Na educação o segredo do sucesso não depende de disponibilizar ou não de recursos, importa sim não deixar passar despercebidas as ofertas que a sociedade oferece. Diante da avalanche de informações a que nossos “clientes” têm acesso o desafio consiste em recuperar a visibilidade e a força motivadora do de todo o processo.
Se considerarmos as profundas transformações pelas quais passa a sociedade e os avanços tecnológicos em todos os setores, será possível perceber que também no campo da educação nos deparamos com o nosso despreparo. Certamente não será suficiente a profissionalização e a competência técnica, mas a compreensão da evolução da sociedade como um todo.
Mesmo com certo domínio de muitos recursos não conseguimos compreender porque nossas verdades, pedagogias, didáticas, etc. continuam fragmentadas e setorizadas. Continuamos com uma ênfase curricular setorizada, não alcançamos a dinâmica da interdisciplinaridade. Nossos saberes são parciais e nossas escolas não fogem desta realidade. A departamentalização das instituições de educação em todos os níveis continua sendo um “leão” que precisa ser domado.
Aqueles que navegam pela internet nas páginas de nossas escolas ainda precisam se perguntar para qual setor devem se dirigir, qual será a prioridade daquele clik. As inúmeras ofertas de supostos saberes ainda não respondem a perguntas cruciais tais como: Para onde vou?
A cultura da tecnologia e da comunicação implica hoje muito mais do que “usar” os meios e recursos, tais como “mala direta” ou emails aos nossos alunos e parceiros. É preciso estar atentos para a globalização que a informática trouxe para dentro de nossas escolas. As instituições envidaram esforços para compreender e dar acessibilidade às
novas mídias, até são capazes de se expressar com mais clareza, mas ainda se está longe de entender a complexidade da metamorfose do século XXI.
Os recursos tecnológicos da mídia são determinantes na cultura atual e em todo o curso da sociedade. Na medida em que se compreende isso a pergunta crucial a ser feita consiste em procurar uma resposta para o uso que deles fazemos no processo da aprendizagem.
As ofertas de cursos on-line, acompanhamento educacional e até certificação digital são incontáveis. A pergunta que paira ainda consiste em dizer: Será este o caminho para tornar a educação acessível ao maior número possível de pessoas? É para isso que serve o processo comunicacional? É certo o que afirmam não poucos pedagogos e especialistas na arte de educar: “Não é suficiente usar os meios e recursos é necessário integrar a educação nos novos padrões culturais que a sociedade vai tomando conhecimento”.
Os recursos de comunicação acessíveis a partir da rede mundial de computadores são um elemento articulador da sociedade, todavia nosso processo de aprendizagem e de avaliação da aprendizagem continua reduzido aos encontros presenciais, às provas, aos trabalhos, e pior que tudo isso ao processo de notação.
A comunicação aberta e ágil como estamos presenciando se apresenta desarticulada, conflituosa e naturalmente confusa em relação à velocidade e à complexidade mercadológica da educação e do processo de aprendizagem. As atividades educacionais que se servem dos recursos de mídia se resumem a uma “janela” para informações, estando ainda muito longe da produção e compartilhamento de saberes.
Entre os desafios que se apresentam certamente está a necessidade de tornar nossos sítios visitados e que despertem interesse. A virtualidade quebrou fronteiras e quem decide para onde ir é o usuário, que se tornou um “celinauta”. Neste campo entra toda a dimensão da ética e do uso da propriedade intelectual, o mundo virtual criou novas necessidades e novos modos de relacionamento e contatos.
Os recursos tecnológicos acessíveis e acessados pelos “clientes” das instituições de ensino fazem parte do cotidiano de todos em qualquer classe e lugar, segundo estudos nossos jovens passam de 8 a 10 horas por dia conectado. O cotidiano da grande maioria transcorre frente a frente com uma tela de computador a qual determina o modo de pensar e agir. Haja vista, por exemplo, uma pane no sistema ou a recorrente situação:
“o sistema está fora do ar”; tal frase é sinônima, ou melhor, a atualização do medo proclamado por Raul Seixas: “O dia em que a terra parou”.
A sociedade como um todo pode ser qualificado como consumidora de “tela” no sentido que os apelos para ter acesso ao mundo e fazer conexões com ele se dão por meio de acesso a conteúdos dispersos e desconexos entre si. De algum modo a cultura da net pode ser entendida como “participativa” enquanto compreendida como espaço de interação entre os diferentes. Interação que se dá com um sem número de regras e normas que quase ninguém entende e menos ainda respeita.
Mais do que em outras épocas nossos jovens estão sedentos para construir seu próprio pensamento e criar sua própria investigação. Certamente eles podem ser chamados de consumidores virtuais, todavia dificilmente são chamados ou fazem parte do processo de produção do mercado que consomem. Parece ser uma alternativa de coragem a abertura de canais capazes de fermentar no “escuro” daquilo que ainda precisa ser determinado a expectativa de novos horizontes e outro amanhã.
Diante dos desafios que a educação experimenta parece urgente garantir que novos “vinhos” descansem nas adegas da virtualidade. Trata-se de um processo! O mundo está a um click com informações necessárias, desnecessárias e em excesso. Deixar-se encantar pela transformação comunicacional consiste em dar acesso à mente, a afetividade e a percepção que deixaram de ser apenas dirigidas pela razão, pela imaginação, mas também dirigidas por um sem número de efeitos especiais.
O processo ensino-aprendizagem está ainda longe dos avanços tecnológicos e de envolver o ser humano como um todo no processo. A educação continua sendo um tema de interesse, porém com linguagem e formas ultrapassadas, mesmo quando tem acesso a distintos recursos tecnológicos.

21 comentários:

  1. Talvez possa se dizer que em tudo isso não há novidades... ou tudo isso seja novidade.
    As tecnologias são sempre novidade, desafio. Mas está sempre tão presente em nosso cotidiano que é hora ou outra acabamos por nos render á seus "encantos".
    Porém não basta sermos "usuários", o grande desafio é se a essência disso tudo chama a atenção de alguém. Se utilizamos nossos dotes tecnológicos para acrescer algo em alguém. Isso é o que mesmo importa.

    Barbara Milene Antunes

    ResponderExcluir
  2. Prercebe-se que nenhum recurso irá substituir o professor. O recurso somente pelo recurso não é válido, necessita de condições que despertem o interesse. O professor, portanto, deverá chamar atenção de seus clientes com metodologias diferenciadas. Trazer novas concepções além do “consumidores de telas”, dos contatos ao invés de relacionamentos. Emanuele Canalle

    ResponderExcluir
  3. Para que a Educação aconteça, basta somente o professor e a lousa. Mas diante de tantos recursos que temos a nossa disposição hoje em dia, uma simples aula pode se tornar em algo maravilhoso e atrativo, basta sabermos utilizar toda essa tecnologia.
    Mas é preciso termos cuidado, pois essa tecnologia que tanto facilita, também pode prejudicar. Como tudo fica mais facilitado, com um simples click estão a nossa disposição informações necessárias e desnecessárias. Cabe ao professor selecionar estas informações de maneira que facilitem a aprendizagem.

    Natheuska Bonatto

    ResponderExcluir
  4. Em relação a esse texto, é de fundamental importância ressaltar a questão de que nenhum recurso tecnológico é capaz, ou poderá vir a substituir o professor. O professor por sua vez tem em suas mãos esses recursos, e que devem ser utilizados com criatividade para que haja um aproveitmento significativo, ou seja, não basta o professor saber/ter as técnicas, ele deve antes de mais nada saber utiliza-las em momentos certos e de formas adequadas.

    Angela Hericks

    ResponderExcluir
  5. Acredito que com as profundas transformaões em que a sociedade vem atravassando as inovações tecnológicas em todos os campos de conhecimento é deparavel o despreparo dos profissionais e competências para atuar com essa série de novas tecnologias e com a evolução da sociedade.Cabe resaltar que nada ira substituir o professor mas este deve cada vez mais buscar aperfeiçoar-se para trabalhar com as novas tecnologias em prol do aprendizado de seus alunos.

    ResponderExcluir
  6. Em relação ao texto trabalhado, o que mais me chamou atenção foi o fato de que as tecnologias nunca vão substituir o professor,e uma afirmação que me fez parar e pensar é de que nada adianta as tecnologias mais sofisticadas senão atendermos as necessidades e interesses dos nossos alunos. Então utilizar as tecnologias na escola tem sim importancia desde que estejam estabelecidos objetivos para o uso.
    Camila Hoffelder

    ResponderExcluir
  7. Carla Modesto Balestrinsegunda-feira, agosto 23, 2010

    Analisando o texto "Para um começo de conversa" entendo que tudo o que é abordado é de extrema importância, são aspectos que já ouvimos falar, mas que não damos tanto significado. Assim devemos ser desafiadores, preparar-se para as transformações e informações que ocorrem na sociedade, se não seremos deixados de lado. Contudo esse texto vem para somar e ampliar nosso conhecimento.
    Carla

    ResponderExcluir
  8. Rosimar S.A.P.Da silva.segunda-feira, agosto 23, 2010

    No texto "Para Um Começo De Converça" podemos observar que a tecnologi(internet) é um dos recursos bem procurados e acessados para a maioria dos clientes, isso já estamos bem consciente, mas o que me chamou a atenção é que essas técnicas tem que ter competência e criatividade para usar,precisando-se de um mediador para orienta-los. Porque não adianta ter acesso se não saber utilizar. Com isso nos professores temos que ter técnicas e conhecimentos para trabalhar com nossos alunos desenvolvendo atividades de fácil entendimentos. Para haver aprendizagem tem que ter conteúdos curtos fechados e bem trabalhados.

    Rosimar S.A.P.Da Silva.

    ResponderExcluir
  9. Sônia Maia Moraes Zenattiterça-feira, agosto 24, 2010

    Participando da explicação do professor sobre o texto "Para um começo de conversa",percebi que o texto e novo para o meu conhecimento e que nos devemos levar em conta o que nele esta escrito, pois ele tem uma grande importancia para nos, sabendo que e isso mesmo que acontece em nossa sociedade, usamos alguns conhecimento que esta na explicação feita pelo professo.

    ResponderExcluir
  10. Cleuza Maria de Oliveira Drissenquarta-feira, agosto 25, 2010

    Conforme o assunto trabalhado em aula achei muito interessante e importante quando foi colocado que não basta a gente saber lidar com os equipamentos, é preciso otimizar os equipamentos. Não adianta encher a sala de equipamentos se não souber usar uma forma, uma metodologia para trabalhar que chame a atenção de nosso alunos para o processo de ensino e aprendizagem

    ResponderExcluir
  11. MARISA LORENZONI .Bsexta-feira, agosto 27, 2010

    As teconolias fazem hoje, parte de nosso cotidiano, não tendo como nos fazer indiferentes as mesmas. Estas nos propiciam acessibilidade, rapidez e melhor qualidade em muitas de nossas ações, sejam elas dentro ou fora de sala de aula. O que não justifica a ausencia de um professor,já que ele é o mediador entre o conhecimento e o aluno. O que se torna fundamental no meu parecer é o educador usar de forma adequada as tecnologias em favor do aprendizado, e não fazer das tecnologias apenas um mecanismo mais belo e pratico de repassar conhecimentos.

    ResponderExcluir
  12. Com o avanço tecnológico, a Internet é uma ferramenta de apoio riquíssima que quando bem aproveitada, oferece inúmeras opções, tanto para alunos quanto para professores. Hoje ela já pode ser vista como um excelente instrumento de pesquisa, desde à etapa de coleta de dados até à fase de apresentação dos resultados. Mas, para que essa tecnologia faça a diferença na educação depende que o professor esteja capacitado, saiba como trabalhar com seu alunos de maneira que tenha uma aprendizagem significativa.

    Rosana Appleyard

    ResponderExcluir
  13. Érica Ribeiro de Campossegunda-feira, agosto 30, 2010

    "Não é suficiente usar os meios e recursos é necessário integrar a educação nos novos padrões culturais que a sociedade vai tomando conhecimento."

    Esta frase resume o texto de maneira clara e lógica, fazer uso dos meios tecnológicos não é o suficiente para uma educação tecnológica de qualidade. Não adianta saber trabahar com uma lousa digital, por exemplo, se a nossa metodologia de trabalho ainda é fragmentada, tão pouco, levar alunos para uma sala informatizada, torna-se uma inclusão digital plausível.
    Para que esta inclusão digital realmente torne-se valida e faça a diferença, em nossa sociedade educacional (nossos alunos) deveremos introduzir certos recursos ao cotidiano, não somente escolar, de nossos educandos, fazer com que nossa metodologia integre-se a tecnologia e seja ponto de partida para que o processo ensino/aprendizagem aprimore-se cada vez mais, torna-se nossa funcão primordial de educadores.
    Érica Ribeiro de Campos

    ResponderExcluir
  14. O que aprendi de novo foi que não adianta as tecnologias se não somos capazes de usar com criatividade, com significado. Temos que saber usar despertando interesse nos clientes. Sendo colaborativo e planejando sua aula. Édina.

    ResponderExcluir
  15. Acredito que com as profundas transformaões em que a sociedade vem atravassando as inovações tecnológicas em todos os campos de conhecimento é deparavel o despreparo dos profissionais e competências para atuar com essa série de novas tecnologias e com a evolução da sociedade.Cabe resaltar que nada ira substituir o professor mas este deve cada vez mais buscar aperfeiçoar-se para trabalhar com as novas tecnologias em prol do aprendizado de seus alunos.

    ResponderExcluir
  16. Francieli Caricimodomingo, setembro 12, 2010

    A partir do texto é possivel perceber que os recursos tecnologicos facilitam em muito a nossa vida, mas é necessario ter claro em nossa mente que estes recurssos não substituem o professor, mas é necessario que o professor tenha conhecimento destas tecnologias para não se tornar um ser alienada em sala de aula, pois sabemos que nossos alunos passam horas e horas na frente do computador e como educadores precisamos conhecer essas tecnologias, para podermos orientar nossos alunos em relação aos beneficios e as armadilhas que o mundo virtual oferece.

    ResponderExcluir
  17. Acredito que a frase “Certamente não será suficiente a profissionalização e a competência técnica, mas a compreensão da evolução da sociedade como um todo” do texto "Para Um Começo De Converça" expressa algo importantíssimo onde fica claro que nada adianta estarmos providos de profissionalização e técnicas avançadas que iremos mudar o ato pedagógico e seguir a evolução da sociedade.O que devemos repensar é o que ensinar,como, e em que nível de conhecimento estão os nossos clientes aprimorar todo conhecimento do passado, melhorar e quebrar paradigmas, para que o processo de ensino aprendizagem seja significativo nos dias de hoje.

    SANDRA SCHINDLER

    ResponderExcluir
  18. De acordo com o texto: "Para um começo de conversa", podemos perceber que os recursos tecnológicos estão presentes em nossas vidas. Desta maneira precisamos utilizar os mesmos com inteligência, tendo limites e principalmente sabendo dicernir o que estará contribuindo para agregar mais conhecimento e o que é informação sem utilidade e beneficio a nossa vida.
    Luciane carpeggiani.

    ResponderExcluir
  19. De acordo com o texto "Para um começo de conversa",percebemos que novos recursos tecnológicos nascem a cada dia, deixando assim o campo da educação em "desespero".

    As tecnologias quebraram paradigmas, pois podemos acessar a qualquer momento um determinado assunto de nosso interesse.Porém tornaram muitas pessoas excluidas do mundo da virtualidade, por isso vale apena ressaltar que o professor deve ser criativo em suas aulas sempre procurando fazer do seu conhecimento um canal para novas descobertas.
    O processo-aprendizagem

    ResponderExcluir
  20. Acredito que com as profundas transformaões em que a sociedade vem atravassando as inovações tecnológicas em todos os campos de conhecimento é deparavel o despreparo dos profissionais e competências para atuar com essa série de novas tecnologias e com a evolução da sociedade.Cabe resaltar que nada ira substituir o professor mas este deve cada vez mais buscar aperfeiçoar-se para trabalhar com as novas tecnologias em prol do aprendizado de seus alunos.
    Academicas: Sonilei e Cristina

    OBS; Profº Elcio esse foi o comentario que nós acabamos por postar como anonimas, encontrei o rascunho no meu caderno e estou lhe enviando.

    ResponderExcluir
  21. Michelli Novello O texto nos quer transmitir que não basta ter usos tecnológicos se não soubermos repassar aos alunos.Mas que também a tecnologia serve de apoio ao professor para fazer um bom trabalho e conquistar o interesse do aluno nas aulas,mesmo com novos recursos sempre a presença de um professor será necessária no processo de ensino/aprendizagem e beneficiando o conhecimento dos alunos.

    ResponderExcluir