sábado, 14 de agosto de 2010

HOMILIA PARA O DIA 15 DE AGOSTO

SOLENIDADE DA ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA

Leituras: Apocalipse 11, 19; 12, 1.3-6.10; Salmo 45 (44);
1Coríntrios 15, 20-27; Lucas 1,39-56.

Se quisermos contar nos dedos quantos bons motivos temos para nos alegrar ao longo da nossa vida talvez nem fosse possível. As razões e as ocasiões na quais muitas coisas boas foram realizadas e cujo final foi melhor do que se esperava são inumeráveis. Entretanto, todas as vitórias e alegria não vieram sem esforço, sem sofrimento e muitas vezes sem lágrimas. É também verdade que em todas as situações, se quisermos ser honestos, haveremos de admitir que nossas forças teriam sido pequenas e que nunca pudemos contar somente com elas. Isso significa admitir: Deus esteve do nosso lado em todas as ocasiões.
Pois é isso que a liturgia deste domingo nos ajuda a compreender. A Igreja convida a fazer memória da solenidade da Assunção de Maria ao Céu. Isto significa dizer: Nós acreditamos que Maria venceu todas as provações e dificuldades deste mundo e participa hoje da plena alegria do seu Filho Jesus. Proclamar e celebrar esta verdade consiste também em confirmar nossa crença que um dia estaremos no céu com Maria e com todos os que fazem a vontade do seu Filho Jesus.
Assim na primeira leitura, que o autor escreveu num tempo de perseguição e muita dificuldade para o cristianismo nascente, o texto vem carregado de símbolos e figuras de linguagem. Uma mulher com uma coroa de estrelas, vestida de sol e grávida. Um dragão com sete cabeças e dez chifres. De um lado sinais da resistência, de outro sinais da violência. E por traz de tudo Deus: A Mulher grávida dá a luz, o filho é salvo e a mulher protegida do dragão e alimentada longe de todos os perigos.
São Paulo, na segunda leitura chama a atenção para os cristãos que tinham dificuldade de acreditar na ressurreição de Jesus e dá um conselho indicando uma atitude: “Se temos esperança somente para esta vida somos os mais infelizes e dignos de compaixão”. Recorda o pecado do primeiro homem e salvação que foi garantida por Jesus: “Em Adão todos morreram em Cristo todos ressuscitaremos”.
O que as duas leituras falam está retratado no texto do evangelho. Com grandes dificuldades as duas mães se encontram: Maria e Isabel proclamam as maravilhas que Deus realiza apesar da fragilidade e das dificuldades que cada uma delas experimenta. E ambas proclamam gratidão por aquilo que acreditam ser ação de Deus. Isabel exulta de alegria ao dizer: Bendita és tu e bendito é o fruto do teu ventre. Donde me vem que a mãe do Meu Senhor venha me visitar. Por sua vez Maria confirma: Minha alma dá glórias ao Senhor e meu espírito se alegra em Deus Meu Salvador. Ele cumpriu sua promessa e tudo o que esperávamos agora está por acontecer.
E de fato o que foi predito se realizou. Maria na glória do céu, sinal da esperança que vai se realizar para todos. Como ela, também nós somos convidados a não perder a esperança diante de todas as provações e desafios que a vida nos impõe. Sejam eles de ordem pessoal: doenças, mortes, problemas com o emprego e trabalho, dificuldades no relacionamento familiar e assim por diante. Sejam eles de ordem social e política. Basta que não deixemos de fazer a nossa parte. Não colocar ou procurar culpados somente fora de nós e muito menos atribuir a Deus os problemas e dificuldades de cada dia.
Nós rezamos na missa: “Hoje a Virgem Maria foi elevada ao céu. Ela é consolo e esperança para o povo ainda a caminho”. Tenhamos a certeza Deus nos ama e nos salva por inteiro Maria é nosso modelo e certeza.


Nenhum comentário:

Postar um comentário