sexta-feira, 17 de setembro de 2010

HOMILIA PARA O DIA 19 DE SETEMBRO DE 2010

25° DOMINGO DO TEMPO COMUM

Leituras: Amós, 8, 4 - 7; Salmo 112;
1Timóteo 2,1 – 8; Lucas 16, 1 -13.

Mais do que em outros tempos, por ocasião das campanhas eleitorais, temos acesso as informações sobre o comportamento das pessoas que ocupam cargos públicos. Algumas informações são verdadeiras, outras falsas, algumas são meias verdades e assim por diante. O que é importante notar como certas atitudes e informações são de tal modo construídas, tão bem arquitetadas que a gente chega a se perguntar: Como foi possível tamanha esperteza e agilidade na prática de atos não totalmente corretos e honestos? A estas situações se podem aplicar as palavras de Jesus no evangelho de hoje: “os filhos das trevas são mais espertos do que os filhos da luz”.
Esta realidade que não e nova, nem tampouco privilégio de nossa cultura e sociedade esta retratada em toda a liturgia da Palavra deste domingo. No texto de Amós lemos a indignação do profeta contra a prática injusta dos homens do negócio no seu tempo e conclui: “O Senhor Jurou: Nunca mais esquecerei o que eles fizeram!”.
São Paulo, por sua vez pede que tenhamos pelo menos uma atitude, em relação às pessoas com quem convivemos: “façam preces e orações, súplicas e ações de graças, por todos os homens, pelos que governam e ocupam altos cargos” e que estas preces e orações tenham um efeito prático, isso é, que estejam em sintonia com o cotidiano “afim de que possamos levar uma vida tranquila e serena com piedade e dignidade”.
No evangelho Jesus conta a parábola do administrador infiel elogiando-o, claro que não por sua infidelidade, mas por sua astucia e recomenda que “os filhos da luz” sejam na prática do bem e da coisa justa e correta, astutos tanto quanto aqueles que praticam o mal.
E conclui: “Vocês não podem servir a dois Senhores”. Em outras palavras, os bons não podem ser também maus, pois se assim procederem já deixarão de ser bons e justos.
A Palavra de Deus neste domingo, como das outras vezes, pede de nós tomada de posição, exame de consciência, e coerência nas ações. Com sinceridade é importante nos perguntar: Vivemos sempre de acordo com a fé que celebramos e as orações que fazemos? Nas atitudes do cotidiano não facilitamos e caímos na prática de pequenos gestos de desonestidade no intuito de levar vantagem e tirar proveitos pessoais sobre os outros e até sobre a coisa pública?
Às vésperas das eleições, que decidirão o futuro do país, estamos nos preparando para escolher representantes coerentes e honestos ou facilitamos também o projeto de pessoas que nem sempre se mostram bons e justos no uso e na administração da coisa pública.
Peçamos que a Palavra de Deus seja verdadeira luz e guia neste processo e momento tão importante de nossas vidas e nossa sociedade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário