sexta-feira, 26 de novembro de 2010

SEU MANOEL? Não conheço!

QUEM FOI O SENHOR MANOEL ALBERTON...

Filho do Domênico Alberton e da Ana  Baggio. Um dos dez irmãos dos patriarcas vindos da Itália. Mas pelo nome de Manoel, quase não foi conhecido. Todos o chamamos de "Tio Mene", "Seu Mene" e assim por diante. Este é um dos casos de nomes abreviados dos quasi falei no outro artigo.
A história do "SEU MANOEL"  que publico aqui, foi escrita pelo Édrio Alberton, conhecido como "Edinho", Filho da Raimundo, que tudo mundo conhece por "Mundi". Assim fica mais fácil entender!


HISTÓRIA DE VIDA DE MANOEL JOÃO ALBERTON

Seu Mene e D. Emilia, melhor D. Milheta.
Antiga Igreja da Invernada, Orleans SC.
MANOEL JOÃO ALBERTON,    Filho de João Alberton e de Angelina Morgan Alberton,nasceu aos oito dias do mês de Outubro de um mil, novecentos e doze (1912), sendo natural de Rio Pinheiros, Município de Orleans. MANOEL (Seu Mene), como era conhecido por todos, teve dez irmãos: Antônio, Alice, Ana, Erminio, João Batista, Ricieris, Lauro, Alvim, Maria e Ângelo, sendo ele o segundo filho do casal. Residiu em Rio Pinheiros, juntamente com seus familiares até os 10 anos de vida, onde teve a oportunidade de freqüentar a escola durante dois anos. Ainda quando criança seus pais foram residir em Invernada, comunidade onde cresceu, e começou a trabalhar com seus familiares na agricultura. MANOEL crescera e fora educado segundo os princípios da religião católica. Recebera os sacramentos do Batismo, do Crisma e da Primeira Eucaristia. Assim como todo jovem sonhador, conheceu o sentimento do "amor verdadeiro quando encontrou Emilia Mattei Ascari, por quem se apaixonara, vindo a contrair as laços do sagrado Matrimônio aos vinte e oito dias do mês de setembro de 1932, na comunidade de Invernada.
Deus concedeu-lhe a graça da paternidade e, de sua união com Emilia, Manoel teve 11 filhos: Angelina João, Dercílio, Duílio (in memorian), Maria, Santos, Raimundo, Edite, José (in memorian) e Zulenir.
Em meados de 1944, veio residir em Grão Pará com o objetivo de trabalhar na serraria de seu tio Ângelo Alberton Luiz (Tio Ito), enfrentando desde o início de sua vida muitas dificuldades, pois o trajeto de Invernada até Grão-Pará, era realizado a pé ou de carro de boi. Além disso, quando precisava fazer alguns negócios em Orleans, percorria todo o trajeto a pé. Uma vez, mencionou que por necessidade, veio também a pé de Pedras Grandes até Invernada, pois naquela época era muito difícil se locomover de um município para outro.
Isto nos dá testemunho que MANOEL era um homem lutador, pois nunca desanimou diante das dificuldades e barreiras que encontrava nos caminhos de sua vida. Trabalhou na serraria de seu tio Ito até meados de 1947.
Em seguida, voltou para a comunidade de Invernada onde comprou um terreno, começando a trabalhar na agricultura e construindo também uma serraria onde trabalhou com sua família até meados de 1950.
Após a década de 50 vendeu o terreno adquirido no interior de Invernada vindo residir próximo a capela da comunidade. No ano de 1951 comprou um caminhão realizando pequenos fretes. Porém, dois anos depois, vendeu o caminhão uma vez que seu sonho era trabalhar com madeira. Assim, nos de 1954 e 1955, tornou-se sócio de seus irmãos Lauro e Arcênio e, juntos, começaram a trabalhar novamente na serraria na comunidade de Invernada. Em 1957 desfez a sociedade passando a comprar seu antigo terreno. Em sua propriedade desenvolveu trabalhos agrícolas, além de trabalhar na serraria e no engenho de farinha de mandioca. Nesta, mesma época adquiriu um caminhão a gasolina, que permaneceu com seus familiares até 1971, vindo a residir novamente  próximo a capela do Distrito de Invernada.
No período de 1947 a 1971, MANOEL prestou diversos serviços voluntários na comunidade de Invernada: atuou como barbeiro, sendo que seu trabalho era praticamente de graça uma vez que os fregueses pagavam a quantia que podiam ou queriam, pois ele não fazia questão de cobrar. Trabalhou também na confecção de ataúdes (caixões de defuntos), contando com a calorosa ajuda de seus filhos. Foi durante muitos anos fabriqueiro da comunidade, trabalhando como carpinteiro na Capela de Invernada. Exerceu o papel de Juiz de Paz na época em que a comunidade de Invernada passou a ser Distrito de Grão-Pará. Ajudava a realizar os enterros na comunidade, realizando também o trabalho de coveiro. Também exerceu a função de instrutor de volante, pois ensinou várias pessoas da comunidade a dirigir.
Em 1972, vendeu sua propriedade na comunidade de Invernada e veio residir com sua família no centro de Grão-Pará. Instalado em sua nova residência, começou a trabalhar na serraria do senhor Mané Filipe e, em seguida, no Posto Ipiranga. Manoel (Seu Mene) era um homem muito alegre, brincalhão, gostava de passar horas conversando com seus amigos. Sempre tinha um sorriso em seu rosto e quando passava pelas pessoas as cumprimentava. Era freqüentador assíduo do Clube dos Idosos, tendo a dança como seu lazer preferido, já que adorava danças.
Seu Mene conquistou com seu jeito simples de ser o carinho e a amizade do povo graoparaense. Viveu para seus familiares (filhos, filhas, netas, bisnetos, tataranetos...), sempre procurando, como pai e amigo, dar bons exemplos, conduzindo-os no caminho do bem, da justiça e do amor a Deus e aos irmãos.
Edrio e Leidiane, dois dos 54 netos do Nono Mene!
Ao longo de sua vida Manoel teve a graça de ser avô, bisavô e tataravô. Deus concedeu-lhe, ao longo dc sua existência, 54 netos, 80 bisnetos e 7 tataranetos. No entanto, Manoel João Alberton, teve seu projeto de vida terreno interrompido na madrugada de 13 de setembro de 2005 e integra o Reino de DEUS juntamente com seus familiares e amigos, que também já partiram e que aguardam na eternidade ao lado de Maria, Nossa Mãe, e de todos os Anjos e Santos de DEUS.
Nosso PAI partiu aos 93 anos de vida.
MANOEL, PAI, avô, bisavo, tararavo e amigo, partiu de nosso Reino, porém permanecerão para sempre seus ensinamentos, sua vontade de viver, em nossas vidas e em nossos corações. Tenhas a certeza de que aqueles que te amam já estão sentindo tua falta e sentirão para sempre muitas saudades.

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