sexta-feira, 4 de março de 2011

HOMILIA PARA O DIA 06 DE MARÇO DE 2011


IX  DOMINGO DO TEMPO COMUM
Leituras: Deuteronômio 11,18.26-28.32; Salmo 30 (31);
Romanos 3,21-25ª.28; Mateus 7,21-27.

Estamos em plena euforia do Carnaval. Os meios de comunicação social, os responsáveis pela segurança pública, os órgãos governamentais, as Igrejas, os próprios pais – todos apelam para a “alegria com responsabilidade”. Ou seja, às vésperas de “cair na folia” ninguém está preocupado em lembrar uma porção de leis e normas e que vão garantir a segurança e a integridade. A estas alturas é importante ter bem presente que muito mais do que o rigor da lei o que vai garantir que a alegria não termine em tragédia é a coerência das ações e fundamentalmente ter certeza que há na retaguarda dos foliões alguém que se preocupa com tudo e com o bem estar de todos.
No caso da liturgia de hoje, quem aparece na retaguarda do existir humano é Deus. Moisés recorda as leis e normas e recomenda o seu cumprimento. Esta atitude permitirá experimentar a bênção de Deus, que significa ver a ação de Deus que protege os que andam nos seus caminhos. Fica evidente que não se trata de uma má palavra vinda de Deus, como se  estivesse de olho nos erros humanos. Muito pelo contrário, será a própria criatura, na medida em que não considerar o que é justo e bom, quem ira andar por caminhos perigosos e se aventurar em alternativas não muito seguras.
O salmo, que foi rezado também por Jesus na cruz, eleva ao Pai também a nossa súplica: Deus é a fortaleza e o rochedo. A muralha e a tenda. Ele não quer e não prática o mal, nele se encontra a segurança e a vida.
Para a comunidade de Roma, Paulo escreve e afirma que Deus não tem em primeira conta a Lei, a norma, o permitido e o proibido. Paulo assegura que o mais importante não é conhecer toda a lei, mas compreender que Deus é justo e que se faz conhecer na medida em que o ser humano frutifique em boas obras.
O evangelho de hoje conclui os ensinamentos que Jesus havia iniciado proclamando as bem-aventuranças. E mais uma vez ele reforça as atitudes acima de toda lei e toda palavra. Não é aquele que diz Senhor, Senhor, mas é aquele que cumpre o que fala. Dificuldades, as quais Jesus descreve como chuvas, ventos e tempestades sempre existirão e delas ninguém estará livre. A condição para não se abatido pelas adversidades da vida é construir a casa sobre a rocha que no Evangelho significa praticar a Palavra de Deus, viver de acordo com aquilo que se tem conhecimento como certo e errado. Não por causa da lei, mas por causa da prudência e do bom senso.
Eis de novo o ensinamento que as leituras nos dão neste domingo: Jesus é o modelo para quem quer ser acolhido por Deus. Jesus mais praticou do que ensinou verdades, mais agiu do que falou. E por essa razão mesmo, na hora da morte, no tormento da cruz teve a coragem de rezar o que também fizemos no salmo: “Senhor tu és minha rocha e minha fortaleza”.
Para quem acredita em Deus existe uma garantia: Ele mesmo está na retaguarda das fragilidades humanas, isso não é sinônimo de fazer corpo mole ou permitir que valha tudo. Pelo Contrário, Deus está de plantão, e pronto pra nos socorrer, entretanto, algumas atitudes são necessárias, entre elasr: rezar com os irmãos, dar ouvidos à Palavra e se alimentar da Eucaristia.

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