sexta-feira, 15 de abril de 2011

HOMILIA PARA O DIA 21 DE ABRIL DE 2011


MISSA DA CEIA DO SENHOR – QUINTA FEIRA SANTA

Leituras: Êxodo 12, 1-8.11-14; Salmo 115 (116B);
1Coríntios 11,23-26; João 13, 1-15.

Que o mundo está evoluindo a uma velocidade quase impossível de se acompanhar ninguém dúvida. As novas Tecnologias de informação e comunicação apresentam modificações comportamentais e novos paradigmas jamais pensados.
O questionamento que João Paulo II fez bem no início do seu pontificado, merece ser retomada. Na ocasião o Papa perguntou:  “Todas as conquistas alcançadas até agora, bem como as que estão projetadas pela técnica para o futuro, estão de acordo com o progresso moral e espiritual do ser humano?”.
A resposta para esta pergunta está contida na Palavra de Deus que acabamos de ouvir. Os três  textos são a  narrativa de fatos distintos, mas que tem estreita  ligação entre si. O livro do Êxodo, ao mesmo tempo em que conta a história da primeira páscoa, detalhando o modo como os Israelitas deviam celebrar aquela memória, termina com uma orientação: Celebrem esta memória para sempre.
Já,  São Paulo escreve aos Coríntios e conta o que ele sabe sobre a instituição da Eucaristia, o modo como ouviu e aconselha a comunidade realizar a repetição deste gesto em memória do Senhor que lhe havia dado a conhecer. A bonita história do Lava Pés destaca uma das mais bonitas dimensões da Eucaristia. Isto é: Eucaristia tem a ver com serviço, com doação e com responsabilidade pelo bem do outro.
Os  três textos são novamente um convite para as  nossas comunidades  e para cada um em particular: Celebrar a vida e fazer tudo para que a vida, no seu melhor modo seja preservado é uma consequência da nossa fé.  
Não parece haver coerência com a Eucaristia se viemos para celebrar, se fazemos a memória comungando do pão e do vinho na missa e não temos a determinação de fazer gestos que valorizem e preservem a vida em todas as suas formas.
Vivemos, durante a quaresma, o espírito de penitência sob a ótica da preservação da obra criada por Deus, eis que a celebração da quinta  feira santa nos ajuda a confrontar nossa prática religiosa com as ações de cada dia.
Reclinar-se diante dos apóstolos é fazer gestos de preservação do meio ambiente,  por meio de práticas cotidianas de respeito com a mãe terra e com todos os que nela vivem.

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