HOMILIA PARA O DIA 12 DE JUNHO 2011

DOMINGO DE PENTECOSTES

Leituras: 1ª Leitura – Atos dos Apóstolos 2,1-11;  Salmo 103,1ab.24ac.29bc-30 31.34 (R.30); 2ª Leitura - 1Coríntios 12,3b-7.12-13;  Evangelho - João 20,19-23.

Uma das doenças mais preocupantes na atualidade é a depressão. Cada vez mais pessoas são acometidas por esta debilidade emocional e que como consequência afeta as disposições físicas e quase todas as formas de relacionamento. As consequências desta fragilidade podem ser resumidas numa espécie de apatia generalizada com perca de perspectiva  disposição para encarar qualquer novo desafio ou atividade.

Os discípulos de Jesus se encontravam numa espécie de depressão coletiva. Nada mais tinha importância e para quase nada dispunham de coragem. Não sem razão recordam do que Jesus lhes havia prometido: “O Espírito que o Pai vai enviar em meu nome lhes ensinará toda a verdade”.  Agora confiantes na Palavra dele, que se proclamou no domingo da ascensão: “Eis que eu estarei com vocês todos os dias até o fim dos tempos” experimentam a ação do Espírito do Santo, tal fato se dá como uma espécie de “antidepressivo” ou como uma injeção de ânimo para a missão que se apresenta diante deles e de toda a comunidade.

No texto dos Atos dos Apóstolos, eles reconhecem em sinais teofânicos a força e a graça do Espírito Santo. Este reconhecimento lhes dá coragem para proclamar em todas as línguas as maravilhas que Deus estava realizando.

E São Paulo afirma aquilo que é indispensável para que qualquer atividade tenha sucesso, bom começo, bom meio e bom fim: “Como um corpo que tem muitos membros e cada um com particularidades distintas, assim também é a Igreja com suas comunidades: todos formando um único corpo para o bem de tudo”.

Por isso mesmo também hoje a Igreja não se cansa de pedir: “Envia teu Espírito Senhor e da terra toda a face renovai”  A força desta oração é a confirmação da Palavra de Jesus: “A paz esteja com vocês, como o Pai me enviou assim eu também os envio”.

As comunidades cristãs, que a cada domingo se reúnem, manifestam a mesma certeza dos discípulos. Ou seja, diante de tantas dificuldades e provações, ameaças e fragilidades uma coisa é necessária: Reconhecer a ação do Espírito Santo de Deus que renova a face da terra. Tal reconhecimento pode ser experimentado nas assembleias reunidas, na escuta da Palavra e na comunhão Eucarística.