HOMILIA PARA O DIA 19 DE JUNHO 2011

DOMINGO DA SANTÍSSIMA TRINDADE

Leituras: Êxodo 34,4b-6.8-9; Daniel 3, 52.53.54-55.56 (R.52b);

2Coríntios 13,11-13; João 3,16-18.

O mundo moderno oferece inúmeras oportunidades e cria expectativas diferente de tudo o que se pode ver e realizar em outros tempos. Apesar das facilidades e possibilidades de conhecer e desvendar situações antes inimagináveis, muitas vezes ainda fica-se extasiado diante de tantas maravilhas. E sempre que não se consegue entender e explicar determinadas situações sobram atitudes de medo, de constrangimento, de admiração e de pedido de socorro.

Moisés, na condição de líder do povo judeu, experimentou essa sensação por diversas vezes diante do mistério e do modo como Deus se lhe revelava. No texto da primeira leitura deste domingo Deus desceu do céu vindo ao encontro de Moises dentro de uma nuvem. Uma vez mais Moisés o reconhece como grande e extraordinário e implora a sua assistência, a qual, não vai faltar depois ao longo de toda a caminhada pelo deserto e até a terra prometida. Uma condição Moisés nunca deixou de lembrar: “A condição humana é frágil e sujeita a pecados e limitações próprias desta realidade”.

No mesmo contexto São Paulo insiste com os cristãos de Corinto: “Tenham coragem, cultivem a concórdia e a paz. Com estas atitudes perceberam como Deus se faz presente entre vocês”.

E a prova maior da presença de Deus se confirma nas palavras do Evangelho: “Deus amou tanto o mundo que enviou seu filho único para salvar”.

Ontem como hoje, e não sem razão é importante rezar com o profeta Daniel: “Sede bendito Deus de nossos pais, Sede bendito nome santo e glorioso”.

Obviamente que não basta proclamar isso com os lábios, é necessário admitir com o coração e colocar em prática a cada dia as convicções que se tem sobre quem é Deus.

Os que se reúnem na assembleia de cada domingo proclamam a fé na Trindade Santa, ou seja, confirmam a certeza que Deus é único,  é comunhão e perfeição, é unidade e verdade. Os cristãos, como outrora o povo de Israel podem proclamar “Senhor Deus misericordioso, caminhe conosco”.

Tal atitude é fortalecida pela reunião cristã, pela prática da solidariedade cotidiana e do comprometimento com todas as formas de vida e com toda a criatura. Para isso é importante ajuda e estímulo a Palavra que se ouve na Liturgia e a Eucaristia que é partilhada em cada missa.