quinta-feira, 3 de novembro de 2011

HOMILIA PARA O DOMINGO DE TODOS OS SANTOS 2011



Leituras: Ap 7,2-4.9-14; Sl 23(24),1-2.3-4ab.5-6 (R. cf. 6);
1Jo 3,1-3; Mt 5,1-12ª

Dentre todas as necessidades humanas, uma delas, e que se manifesta sempre com mais força no cotidiano da sua existência, uma delas é o desejo de perfeição. O Ser humano se reconhece incapaz, incompleto, mas que pode ser melhor sempre.
No dizer de Aristóteles, tudo existe em Ato e Potência. Neste sentido também a criatura humana, é hoje uma realidade e amanhã será outra. Neste sentido entra a fé em Jesus Cristo, associada à perspectiva de futuro que permeia todo ser do homem.
Quase ninguém mais dúvida que para além desta existência, há algo muito maior e melhor. As diversas religiões e filosofias e a espiritualidade em geral, dão conta de que a vida no além é a continuação desta vida potencializada para melhor.
Para os cristãos se chama ressurreição, vida em Deus, volta para a casa do Pai. Neste domingo a liturgia da Igreja celebra a solenidade de todos os santos. Isso significa confirmar: Um dia todos serão santos, ou seja, melhores do que na atualidade. Dignos de ter suas atitudes imitadas.
A Palavra de Deus, proclamada neste domingo apresenta a atitude de Deus em relação aos seus escolhidos. Assim na primeira leitura se lê  a promessa do Apocalipse: Os que foram salvos é uma multidão que ninguém poderá contar. Simbolicamente usando o múltiplo de 12, que na bíblia significa perfeição, totalidade. Neste caso o texto fala também em 144 mil. E todos os salvos reconhecem a salvação a partir da afirmação: “Vieram da grande tribulação e lavaram suas vestes no sangue do cordeiro”.
Não sem razão também a assembleia reunida reza: “É assim a geração dos que buscam a Deus”. Geração que Jesus qualifica com as promessas de felicidade no evangelho de hoje:  Felizes todos, sempre que sua ação for promotora do bem e da qualidade de vida para todos.
E finalmente João confirma: “nós somos de fato filhos de Deus” e isso se constitui no maior presente que alguém poderia receber neste mundo.
Rezando, em comunhão com a Igreja dos vivos e com a assembleia dos mortos temos a certeza que a ressurreição que Jesus prometeu se tornará realidade para todos. E isso enxuga toda lágrima e renovará a esperança.
E isto significa dizer, pelos merecimentos de Jesus Cristo, os seus seguidores serão em ato aquilo que hoje somente imaginam poder ser. Em outras palavras Todos poderão ser santos como Deus é Santo.
É assim que ganha importância a celebração litúrgica neste domingo chamado: Solenidade de Todos os Santos. Na condição de Igreja reunida na fé e na esperança, a oração da Igreja pede que a união de todos com a ajuda da Palavra e da Eucaristia torne a comunidade dos fiéis e cada pessoa em particular em modelo de Santidade para o mundo.

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