sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

HOMILIA PARA O DIA 25 DE DEZEMBRO 2011


NATAL DO SENHOR – MISSA DO DIA
Leituras:  Isaias 52,7-10; Salmo 97,1.2-3ab.3cd-4.5-6 (R.3c);
Hebreus 1, 1-6; João 1,1-18

Costuma-se dizer que as crianças do mundo contemporâneo são muito inteligentes, e quem compreendem as coisas com maior facilidade do que em outros tempos. E isto em partes é verdadeiro. Os recursos tecnológicos disponíveis na atualidade facilitam em muito o acesso ao conhecimento e a informação. Ao mesmo tempo  em que isso é uma coisa muito positiva, traz também apreensão aos pais e a todos aqueles que têm o dever de orientar as crianças sejam elas filhos ou não. Com relativa frequência, pais e professores são obrigados recorrer a recursos de linguagem e palavras que há bem pouco tempo eram desconhecidas e que hoje são imprescindíveis para falar e responder às inúmeras perguntas que lhes são apresentadas pelos pequenos.
É isto que se lê na Palavra de Deus neste natal. A carta aos Hebreus, que é a segunda leitura, fala assim: “Muitas vezes e de muitos modos falou Deus outrora aos nossos pais, pelos profetas; nestes dias, que são os últimos, ele nos falou por meio do Filho”.
E para melhor se fazer compreender transmite a todos, com as palavras do Profeta Isaias,   um sentimento que está no mais profundo de todo ser humano: “Como são belos, andando sobre os montes, os pés de quem anuncia e prega a paz, de quem anuncia o bem e prega a salvação”. Dito de outro modo, aquele que Deus enviou para ser fazer reconhecer, não vem com muitos recursos, pelo contrário, vem com atitudes: “andando sobre os montes, prega a paz”.
Deste mesmo Jeito João, quase cem anos depois do nascimento de Jesus, escreve ao povo procurando fazer entender como Deus agiu e de que recurso  utilizou para se dar a conhecer. “No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus; e a Palavra era Deus. No princípio estava ela com Deus. Tudo foi feito por ela e sem ela nada se fez de tudo que foi feito”.
E concluí a longa explicação sobre a vinda do Filho de Deus com uma afirmação simplesmente extraordinária: “E a Palavra se fez carne e habitou entre nós. E nós contemplamos a sua glória, glória que recebe do Pai como filho unigênito, cheio de graça e de verdade”.
Eis o que significa celebrar o natal, eis o que significa atualizar a memória daquele que veio para que o mundo possa “VER DEUS”. Nesta reunião de irmãos, a Igreja reza a fim de que os recursos dos quais Deus se serviu para anunciar sua presença inundem a vida de todos e a todos transformem num só coração e numa só alma para  que o mundo inteiro possa cantar como o salmista:  Os confins do universo contemplaram da salvação do nosso Deus. Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, alegrai-vos e exultai!”.

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