sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

HOMILIA PARA O DIA 22 DE JANEIRO 2012

3º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Leituras:   1ª Leitura - Jonas 3,1-5.10; Salmo - 24,4ab-5ab.6-7bc.8-9 (R. 4a.5a);
2ª Leitura - 1Coríntios 7,29-31; Evangelho - Marcos 1,14-20.

Na era das novas tecnologias, algumas palavras e consequentemente  algumas atitudes são bastante usuais e facilmente aplicadas ao cotidiano do agir humano. Entre as palavras de uso comum cabe citar a expressão: “deletar” cujo tradução dispensa comentários.  Naturalmente que a conseqüência do uso desta palavra implica em “começar tudo de novo”; “fazer de um modo diferente”; “não repetir os mesmos esquemas” e assim por diante.
Esta a tônica presente na  Palavra de Deus proclamada neste domingo. A primeira leitura e o Evangelho aparecem em estreita sintonia, já a Carta aos Coríntios, reforça o convite para a conversão que São Paulo dirige aos seus destinatários e que se estende até a atualidade.
Jonas, chamado/enviado vai e anuncia uma proposta que supõe mudança de vida. Enviado por Deus, tanto aquele que envia como aqueles que recebem a noticia tomam a mesma atitude: Os Ninivitas “deletam” o seu antigo jeito de viver, em outras palavras, se convertem. Deus “deleta” o castigo, dito de outro modo: “perdoa”.
No Evangelho  Jesus, enviado do Pai, anuncia e convida: “O tempo já se completou e o Reino de Deus está próximo.  Convertei-vos e crede no Evangelho!”.  Para melhor realizar isso convida discípulos e seguidores, os quais também mudam o curso de suas vidas: “deixando imediatamente as redes, seguiram a Jesus”.
E Paulo completa a sentença, estabelecendo um tempo para que tudo aconteça:  “Eu digo, irmãos: o tempo está abreviado; a figura deste mundo passa”. O desafio consiste em viver com um olhar para muito além do que a imediata satisfação das necessidades corriqueiras.
No início do Ano litúrgico, e reconhecendo que Jesus Cristo é o enviado do Pai, todos são convidados a “deletar” antigas práticas e a viver de um modo novo, abandonar antigos esquemas a fim de participar dos bens que o Senhor concede, conforme se reza na oração depois da comunhão deste domingo: “Tendo recebido a graça de uma nova vida, sempre nos gloriemos dos vossos dons”.
Não sem razão a liturgia da Igreja sugere o Ato Penitencial como um reconhecimento das fragilidades e abertura confiante para a misericórdia de Deus que perdoa  e  que renova a vida pela Palavra, pela Eucaristia e com a ajuda da comunidade reunida em oração.


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