27º DOMINGO DO TEMPO
COMUM – ANO B – 2012
Leituras: Gênesis 2,18-24; Salmo 127
(128);
Hebreus 2,9-11; Marcos 10,2-16
Dentre os fatos que afetam
profundamente a vida de todos os brasileiros nestes dias, as eleições
municipais são a principal preocupação de todos. Neste contexto a liturgia da
Igreja chama a todos para recordar a vocação fundamental do ser humano, isto é,
Criado para amar. É sabido que sem amor a vida se torna insossa, sem vibração
nem muito menos coragem.
Na narrativa da criação se pode
ver com clareza que a intenção de Deus se resume em garantir
que o ser humano tenha plena realização à medida que se relaciona com o outro,
que se encontra e se completa como criatura. Na pessoa da mulher estão
evidentes os sinais de igualdade e de dignidade entre todos. “Osso dos meus
ossos carne da minha carne”.
È verdade que a intenção
inicial de Deus foi abortada pela fragilidade da sua criatura e é conhecida
toda a narrativa do pecado e da morte que lhe veio como consequência.
A resposta para esta, depois
de muitas iniciativas, é de novo dada por Deus na pessoa de Jesus Cristo, sobre
quem a carta aos Hebreus afirma ter sido
criado pouco menos do que os anjos,
entretanto, sujeito às fragilidades da carnê, mas ao mesmo tempo capaz de
superar todas as fraquezas e nele restaurar a humanidade fragilizada e
pecadora.
Para que isso aconteça a
alternativa única e verdadeira se constitui pela capacidade de Amar, como se
disse vocação de todo ser humano. Quando perguntado sobre as leis as proibições
e permissões em relação ao casamento Jesus não se detém nelas, vai muito além e
afirma: Não foi para cumprir leis que Deus fez o ser humano. No princípio Deus
os fez para o amor.
As leis são exigências da
dureza de coração e das relações corrompidas que foram se solidificando ao
longo dos tempos e que de algum modo tentam diminuir as dificuldades em relação
a incapacidade de amar.
A Eucaristia, sinal mais que
extraordinário do amor incondicional de Deus para com todos haverá de ser também
para cada criatura a força capaz de não permitir que as fragilidades
humanas sabedoria e o amor à luz dos
quais foram feitas todas as coisas.
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