RESSURREIÇÃO DO SENHOR
“Por
sua morte a morte viu o fim, no sangue derramado a vida renasceu. Seu pé Ferido
nova estrada abriu e neste homem o homem enfim se descobriu.”
O texto deste hino litúrgico entoado pelas
comunidades neste domingo da páscoa proclama o cerne da fé na ressurreição de
Jesus e no mundo novo que começou com este fato. Não sem razão o salmo da
liturgia proclama: “Este é o dia que o Senhor fez para nós, exultemos e nele
nos alegremos”.
O dia do Senhor que faz memória do extraordinário
fato realizado por Deus Pai com Jesus é celebrado em todos os tempos como o
início da nova criação. Tanto o texto do evangelho de João, que se proclama nas
missas do domingo pela manhã, quanto o texto de Lucas previsto para a missa da
noite, ambos não contam propriamente o fato da ressurreição, mas a experiência
de um encontro e isto muda a vida das pessoas e das comunidades.
A mesma condição vivida pelos amigos de Jesus
precisa ser experimentada pelas pessoas no século XXI. Não se trata de um dia cronológico
para realizar diferentes atividades daquelas do cotidiano, trata-se de um
momento para celebrar a descoberta do ser humano que se faz humano. Reunir-se
para celebrar a ressureição implica deixar transparecer no cotidiano da
história a experiência da comunhão feita com a pessoa de Jesus de Nazaré. Na
ressureição de Jesus se concretiza a profecia do velho Simeão quando o menino
foi apresentado no templo: “Sol da justiça que nos veio visitar”.
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