sábado, 9 de março de 2013

HOMILIA PARA O QUARTO DOMINGO DA QUARESMA 2013



TUDO O QUE É MEU É TEU...
Leituras: 1ª Leitura - Js 5,9a.10-12; Salmo - Sl 33,2-3.4-5.6-7 (R.9a);
 2ª Leitura - 2Cor 5,17-21; Evangelho - Lc 15,1-3.11-32.

As relações familiares nem sempre são exatamente como a gente tem consciência que deveriam ser. Incompreensões de uns, falta de caridade de outros, irresponsabilidade de um terceiro e assim por diante. O ser humano, em toda a sua existência, sempre esteve sujeito as fragilidades próprias da sua condição.
Porém, poucas coisas são mais gratificantes do que o restabelecimento das relações que foram arranhadas por alguma atitude impensada. Quando numa família, numa comunidade, se criam oportunidades para o perdão e a reconciliação e elas de fato acontecem tudo ganha outro colorido.
É esta a mensagem central da Palavra de Deus neste quarto domingo da quaresma. O texto da primeira leitura conta a experiência da Páscoa entre os Israelitas depois da passagem pelo deserto e das críticas que haviam feito a Moisés e ao projeto de Deus. São Paulo pede aos Coríntios: “deixai-vos reconciliar com Cristo”, faz este pedido depois de ter afirmado que aqueles que reconhecem Jesus como enviado de Deus são e vivem como gente nova. E finalmente no longo trecho da conhecida história do Filho Pródigo, Jesus revela o jeito de Deus agir. Acolher, perdoar e cuidar.
Deus não permite julgamentos, nem tampouco dispersão de nenhuma das suas criaturas. Sai ao encontro do filho que volta arrependido, vai também ao encontro daquele que não admite o perdão e garante a continuidade da festa.
O que se lê na Palavra de Deus sugerida para este domingo é uma espécie de carta de intenção dirigida a todos e aplicada no cotidiano de cada pessoa muito particularmente neste tempo de quaresma. A festa da páscoa já está bem perto e com ela a possibilidade de recomeçar tudo de novo e de um jeito muito melhor.
A reunião de oração que se realiza neste domingo é uma súplica para o perdão e a paz entre todos com a ajuda de todos. Para isso colaboram as orações, o jejum, a esmola, a penitência e a acolhida, particularmente aos jovens cuja campanha da Fraternidade sugere: “Eis-me aqui, envia-me”.

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