sexta-feira, 29 de março de 2013

SÁBADO SANTO - VIGÍLIA PASCAL –



 CELEBRAÇÃO DA RESSURREIÇÃO

O guia litúrgico da CNBB fala sobre a celebração da vigília com as seguintes palavras: “Por se tratar de uma celebração longa a tendência é simplificá-la. Sugerimos não omitir os textos da escritura, reduza-se, por exemplo, o tempo da homília”.  Neste sentido deu-nos um bom exemplo o Papa Francisco o qual, conforme noticiado, fez uma homilia de 13 minutos no domingo de Ramos.

O texto da proclamação da páscoa que se reza na celebração do sábado santo permite descrever esta festa como uma “noite mil vezes feliz”, ou como dizia Santo Agostinho: “Mãe de Todas as Vigílias”, não uma noite de espera, mas a própria festa.
A comunidade reunida celebra esta noite num cenário muito parecido com aquele vivido pelos discípulos de Jesus. Isto é, desolação e sofrimento. A campanha da fraternidade apontou para isso dizendo que os laços comunitários e sociais se fragilizaram, a dignidade da vida e a própria vida é ameaçada, os jovens se deparam com a fragilidade das instituições, mas ao mesmo tempo reconhece que esta parcela da população não desiste diante das dificuldades e vai abrindo caminhos. O que faz a juventude em muito se assemelha às mulheres de Jerusalém cujo episódio se lê na celebração da noite da páscoa: vão bem cedo ao sepulcro e recebem o indicativo: “Porque procuram entre os mortos aquele que está vivo”.
No conjunto as leituras, os salmos e as orações desta noite conduzem os participantes ao cerne do mistério da criação e da redenção. Narrando a obra criadora de Deus o livro do Gênesis faz perceber com clareza a mão de Deus que está no início de tudo. O texto do Êxodo confirma a presença de Deus diante de todas as provações e desafio que a humanidade experimenta e o profeta convida a estabelecer uma nova forma de relacionamento entre as pessoas e com o mundo.
São Paulo que já havia feito a experiência do encontro com Jesus tem certeza e fortalece a esperança de todos dizendo que em Cristo todos se renovam, morre o que é já não tem mais sentido para fazer renascer algo totalmente novo, uma nova criatura: “Banhados em Cristo somos nascidos de novo, as coisas antigas já se passaram”.
As palavras que Jesus dirige às mulheres de Jerusalém são adequadas para cada pessoa nestes novos tempos: “Não procurar entre os mortos aquele que está vivo, ir ao encontro do mundo e proclamar: o Senhor ressuscitou e ter convicção que vivendo como ele também todos ressuscitarão”. Os sofrimentos pelos quais passou Jesus e pelos quais passa a humanidade são necessários para quem quer experimentar a páscoa da Salvação.

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