SEGUNDO DA PÁSCOA - 2013
A liturgia do segundo domingo da
páscoa chama a atenção para a renovação daquilo a comunidade experimentou com
as celebrações do tríduo pascal. Vida nova, mundo novo que se realiza na medida
em que Jesus é reconhecido.
Não se pode cultivar ilusões e
fingir acreditar que a ressurreição de Jesus botou um fim em todas as provações
e dificuldades. É claro que este
conceito é uma Utopia e que nenhuma manifestação espetacular iria aniquilar os sofrimentos
e provações.
O texto do evangelho mostra o
reconhecimento de Jesus pelos discípulos, a missão que lhes é confiada e as
dificuldades próprias da sua condição. Estavam reunidos com medo dos judeus,
alguns já não tinham o mesmo entusiasmo pela causa e pelas palavras e promessas
que Jesus lhes havia feito.
Outrora os sinais realizados por
Jesus e por aqueles que nele acreditaram modificaram a vida e o pensamento de
muita gente como se viu na primeira leitura deste domingo “Crescia
sempre mais o número dos que aderiam ao Senhor
pela fé; era uma multidão de homens e mulheres”. Por isso mesmo todos são
convidados a rezar o salmo: “Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom! Eterna é a sua misericórdia!”
É neste contexto que Jesus envia
os discípulos e reprende Tomé por sua
incredulidade. As palavras e os sinais realizados por Jesus naquela ocasião são
aplicáveis a todos e cada pessoa nestes
novos tempos. Ele se dá a conhecer
exatamente como é. Mostra suas mãos e o lado que mostram a realidade dos sofrimentos que não
desaparecerão com sua ressurreição. Do mesmo modo as dificuldades do tempo
presente não cessarão, porém isso não é sinônimo de acreditar que a páscoa
não se realiza, pelo contrário é exatamente
a capacidade de encarar estas dificuldades que dará sentido a missão.
Celebrar a páscoa, de domingo a
domingo implica dar sabor aos desafios
que a vida impõe, tocar em frente, olhar com fé sem perder a esperança que a
ressurreição de Jesus continua acontecendo no cotidiano da história.