domingo, 7 de julho de 2013

EIS QUE A PAZ VAI ACONTECER...


Leituras do domingo: Isaias 66, 10-14; Salmo 65; Gálatas 6,14-18; Lucas 10,1-12. 17-20.

As manchetes de grandes e pequenos meios de comunicação, pelo mundo todo, e particularmente no Brasil, mostraram com abundância as manifestações que tomaram conta de ruas e praças em inúmeras cidades brasileiras.  Com motivos justos, com razões que  nem sempre foram compreendidas, com exageros e em diversos casos com vandalismo. Tudo isso mostra que o país vive  situação diferente  daquela que existiu a bem pouco tempo. Não é raro encontrar pessoas que experimentaram  no seu cotidiano a repressão dos tempos da ditadura, os altos índices de inflação,  o elevado número de desempregados, a saúde toda custeada pelos usuários, as escolas sucateadas e assim por diante. Eis que vivemos num outro tempo, ainda falta muito e as manifestações mostraram que é possível o país ser melhor e que basta mudar a vontade de alguns.
Ora, é isto exatamente o que se pode ver nas leituras deste domingo. Muito tempo antes de Cristo, o povo de Israel havia experimentado o exílio da Babilônia, lá provaram as durezas da vida e toda sorte de sofrimento. Voltando à sua pátria precisaram reconstruir tudo e, sobretudo, reconstruir a esperança. Na primeira leitura o profeta se encarrega de anunciar que Deus estará com eles: “Alegrai-vos com Jerusalém e exultai com ela todos vós que a amais;... 'Eis que farei correr para ela a paz como um rio... Como uma mãe que acaricia o filho,.. A mão do Senhor se manifestará em favor de seus servos”. Naturalmente que nada disso acontece sem a participação das pessoas que estão envolvidas e retomando suas casas, sua terra, sua vida e seus direitos.
São Paulo escrevendo aos Gálatas, como ouvimos na segunda leitura reafirma: “Trago em meu corpo as marcas de Jesus”. Ora, quais são estas marcas? O sofrimento, a perseguição, a crucificação e a morte. Mas são também as marcas da ressurreição e da vida nova e para todos os que compreenderem o que significa: “paz e misericórdia”.
Foi essa paz que Jesus mandou anunciar quando enviou os setenta e dois à sua frente: “Em qualquer casa em que entrarem, digam primeiro: `A paz esteja nesta casa! E o Reino de Deus está próximo”. O anúncio feito pelos discípulos provoca o surgimento de um novo tempo que foi inaugurado por Deus na pessoa de Jesus, mas que foi ao mesmo tempo compreendido pelas pessoas e pelas comunidades por onde passaram os enviados do Senhor.
Ontem como hoje, cada cristão precisa se sentir comprometido: “Por esta paz que a juventude tanto quer  Pela alegria que as crianças tem às mãos; Pelos que firmam na justiça os próprios pés.  Pelo suor dos que mais lutam pelo pão; Pelos que sabem enxergar um pouco além, E assim repartem a esperança com razão”. E por isso mesmo, como a igreja faz a cada domingo: “render graças ao Pai que tudo vê e assim lhes pede para abrir o coração”.

Que a oração da assembleia reunida ajude o Brasil e os brasileiros “colher os frutos da salvação e não cessar de elevar a Deus os seus louvores”. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário