sexta-feira, 2 de agosto de 2013

DIA DO PADRE 2013

SÃO JOÃO MARIA VIANNEY – INVOCADO PARA CELEBRAR O DIA DO PADRE

O Padre Vianney, como era conhecido, viveu na França na segunda metade do século XIX. O seu estilo de vida simples somada às suas limitações intelectuais fizeram dele um padre pouco valorizado nos meios eclesiásticos do seu tempo. Sem saber o que fazer com o padre o bispo lhe confiou uma paróquia interiorana que pode ser qualificada como aldeia perdida. Mas a santidade do simples pároco da aldeia fez-se notar desde muito cedo. E o lugar para onde ninguém queria ir, tornou-se rapidamente centro de peregrinações. Não somente da França, mas de diversas partes da Europa, pessoas se dirigiam para ARS a fim de ver o “Santo Cura” e com ele confessar-se.
A Igreja está vivendo o que alguns estudiosos denominam “Nova Primavera” cuja marca fundamental é o jeito simples do Papa Argentino. Cenas vistas durante a visita do Papa ao Brasil, declarações, pronunciamentos e recomendações daquele que repete com insistência: “rezem por mim”, são a marca de um novo tempo na Igreja. Sua insistência para que a Igreja vá para as ruas e que deixe de ser uma “Alfândega Pastoral” para ser local de acolhimento, que abandone o clericalismo e os sinais externos de autoridade são visíveis nas fotos do Papa Francisco que circulam pelas redes sociais.

Quem não viu o Papa Francisco usando até o final da Jornada Mundial da Juventude, o Solideu (pequeno chapéu branco) que alguém lhe jogou do meio da multidão, tal atitude está longe das “vestes sacerdotais” tão em voga a abundantemente usadas por muitos padres na atualidade, quase como quem diz, “vejam pela minha roupa que eu sou padre”.
Esta situação faz lembrar a anedota repetida muitas vezes pelo saudoso  Dom Luiz Colussi, bispo diocesano de caçador:
Certa ocasião dois jovens padres aproximaram-se do guichê de uma empresa de ônibus, um deles usava a “camisa clerical” o outro vestia uma  camisa de manga curta, como o comum dos mortais. O bilheteiro olhando para ambos sentenciou: Para onde querem ir os padres? Um dos presbíteros retrucou: como você sabe que nós somos padres? A resposta à queima roupa não poderia ser outra: Você pela roupa o outro pelo estilo de vida.

O Santo Cura de Ars ensinou com a vida o que também faz o Papa Francisco, o que pede Jesus Cristo: “Não levem nem bolsa, nem sandália, nem duas túnicas” e o que é doutrina da Igreja  expressa em diversos documentos:
O presbítero a imagem do Bom Pastor, é chamado a ser homem de misericórdia e compaixão, próximo a seu povo e servidor de todos, particularmente dos que sofrem grandes necessidades. A caridade pastoral, fonte de sua espiritualidade sacerdotal, anima e unifica sua vida e ministério. Consciente de suas limitações, ele valoriza a pastoral orgânica e se insere com gosto em seu presbitério (Aparecida 198).

Para concluir, parece oportuna a resposta que deu o Papa aos jornalista quando indagado porque pede tanto que rezem por ele:
Por que o senhor pede tanto para que rezem pelo Senhor? Não é habitual ouvir de um papa que peça que rezem por ele.
Papa Francisco – Sempre pedi isso. Quando era padre pedia, mas nem tanto e nem tão frequentemente. Comecei a pedir mais frequentemente quando passei a ser bispo. Porque eu sinto que se o Senhor não ajuda nesse trabalho de ajudar aos outros, não se pode realizá-lo. Preciso da ajuda do Senhor. Eu de verdade me sinto com tantos limites, tantos problemas, e também pecador. Peço a Nossa Senhora que reze por mim. É um hábito, mas que vem da necessidade. Eu sinto que devo pedir. Não sei… (em entrevista durante o voo de volta a Roma no domingo 28/07/2013).

Como última palavra: Reze com os seus padres! Reze pelos seus padres, é uma necessidade!



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