SÃO
JOÃO MARIA VIANNEY – INVOCADO PARA CELEBRAR O DIA DO PADRE
O
Padre Vianney, como era conhecido, viveu na França na segunda metade do século
XIX. O seu estilo de vida simples somada às suas limitações intelectuais fizeram
dele um padre pouco valorizado nos meios eclesiásticos do seu tempo. Sem saber
o que fazer com o padre o bispo lhe confiou uma paróquia interiorana que pode
ser qualificada como aldeia perdida. Mas a santidade do simples pároco da
aldeia fez-se notar desde muito cedo. E o lugar para onde ninguém queria ir, tornou-se
rapidamente centro de peregrinações. Não somente da França, mas de diversas
partes da Europa, pessoas se dirigiam para ARS a fim de ver o “Santo Cura” e
com ele confessar-se.
A
Igreja está vivendo o que alguns estudiosos denominam “Nova Primavera” cuja
marca fundamental é o jeito simples do Papa Argentino. Cenas vistas durante a
visita do Papa ao Brasil, declarações, pronunciamentos e recomendações daquele
que repete com insistência: “rezem por mim”, são a marca de um novo tempo na
Igreja. Sua insistência para que a Igreja vá para as ruas e que deixe de ser
uma “Alfândega Pastoral” para ser local de acolhimento, que abandone o
clericalismo e os sinais externos de autoridade são visíveis nas fotos do Papa
Francisco que circulam pelas redes sociais.
Quem
não viu o Papa Francisco usando até o final da Jornada Mundial da Juventude, o
Solideu (pequeno chapéu branco) que alguém lhe jogou do meio da multidão, tal
atitude está longe das “vestes sacerdotais” tão em voga a abundantemente usadas
por muitos padres na atualidade, quase como quem diz, “vejam pela minha roupa
que eu sou padre”.
Esta
situação faz lembrar a anedota repetida muitas vezes pelo saudoso Dom Luiz Colussi, bispo diocesano de caçador:
Certa ocasião dois
jovens padres aproximaram-se do guichê de uma empresa de ônibus, um deles usava
a “camisa clerical” o outro vestia uma camisa de manga curta, como o comum dos
mortais. O bilheteiro olhando para ambos sentenciou: Para onde querem ir os
padres? Um dos presbíteros retrucou: como você sabe que nós somos padres? A
resposta à queima roupa não poderia ser outra: Você pela roupa o outro pelo
estilo de vida.
O
Santo Cura de Ars ensinou com a vida o que também faz o Papa Francisco, o que pede
Jesus Cristo: “Não levem nem bolsa, nem sandália, nem duas túnicas” e o que é
doutrina da Igreja expressa em diversos
documentos:
O presbítero a imagem
do Bom Pastor, é chamado a ser homem de misericórdia e compaixão, próximo a seu
povo e servidor de todos, particularmente dos que sofrem grandes necessidades.
A caridade pastoral, fonte de sua espiritualidade sacerdotal, anima e unifica
sua vida e ministério. Consciente de suas limitações, ele valoriza a pastoral
orgânica e se insere com gosto em seu presbitério (Aparecida 198).
Para
concluir, parece oportuna a resposta que deu o Papa aos jornalista quando
indagado porque pede tanto que rezem por ele:
Por que o senhor pede tanto para que rezem pelo Senhor?
Não é habitual ouvir de um papa que peça que rezem por ele.
Papa
Francisco – Sempre pedi isso. Quando era padre pedia, mas nem tanto e nem tão
frequentemente. Comecei a pedir mais frequentemente quando passei a ser bispo.
Porque eu sinto que se o Senhor não ajuda nesse trabalho de ajudar aos outros,
não se pode realizá-lo. Preciso da ajuda do Senhor. Eu de verdade me sinto com
tantos limites, tantos problemas, e também pecador. Peço a Nossa Senhora que
reze por mim. É um hábito, mas que vem da necessidade. Eu sinto que devo pedir.
Não sei… (em entrevista durante o voo de volta a Roma no domingo 28/07/2013).
Como última palavra:
Reze com os seus padres! Reze pelos seus padres, é uma necessidade!
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