QUE A BONDADE DO SENHOR
REPOUSE SOBRE NÓS
Nesta semana fez parte das rodas de conversas assuntos
relativos a violação dos direitos humanos. Noticias divulgada sobre espionagem
da vida pública e privada, ameaça de guerra e acusações nem sempre provadas
tomaram conta dos noticiários e suscitaram perguntas e opiniões muito
distintas. A Igreja, pela palavra do Papa Francisco convidou o mundo para
oração e jejum. Tal pedido encontra fundamento numa verdade amplamente
conhecida: “violência gera violência, não
se pode querer resolver tudo através da força”.
É neste sentido que a oração deste domingo ganha ainda maior importância,
reunidos em assembleia os cristãos rezam com o salmo: “Que
a bondade do Senhor e nosso Deus repouse sobre nós
e nos conduza! Tornai fecundo, ó Senhor, nosso trabalho”. Este forte apelo vem do coração das
multidões que também acreditam que o Senhor é o refúgio para todos.
No evangelho proclamado na liturgia deste domingo, mais uma
vez Jesus se encontra no caminho para Jerusalém e está ensinando os discípulos.
Fala por meio de exemplos aos seus seguidores: Quem que me seguir precisa
desapegar-se das suas certezas: “Se alguém vem a
mim, mas não se desapega de seu pai e sua
mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e suas irmãs e até da sua própria
vida, não pode ser meu discípulo. Quem não carrega
sua cruz e não caminha atrás de mim” e conclui fazendo as comparações com aquele que se põe a
construir e o que se propõe guerrear. Em ambos os casos “sentar e examinar” as
condições que terá de enfrentar em ambos os empreendimentos. Isso é mesmo que
dizer, considere tudo o que já tem e pense três vezes antes de iniciar uma nova
ação. O evangelho é um convite para todos e a cada um: Deixe Deus falar em
Você!
São Paulo envia seu escravo, de quem tem necessidade e a quem
muito ama, mas dele se desapega e pede que a mesma atitude seja tomada por quem
o recebe: “Gostaria de tê-lo comigo, a
fim de que fosse teu representante para cuidar de mim nesta prisão, que eu devo
ao evangelho, mas eu te peço – recebe-o como se fosse a mim mesmo”.
Para compreender o mundo com tudo o que nele acontece, se faz
necessário deixar-se guiar pela sabedoria de Deus, como se proclama na primeira
leitura. A sociedade contemporânea experimenta uma transformação sem precedentes
e para que esta nova realidade possa ser entendida e vivida de modo digno é
necessário compreender a grandeza das palavras de Jesus: Esvaziar-se de si
mesmo e das suas certezas.
Que a oração de todos e a reunião dos irmãos neste domingo
ajude e ilumine a fim de que sejam efetivamente reforçados os laços de amizade
que garantem dignidade a todos os seres humanos.
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