NINGUÉM VAI AO PAI SE
NÃO POR MIM...
Acreditar nas palavras de Jesus
tem sido, ao longo do tempo, praticamente a única certeza e muitas vezes o
único conforto que dos cristãos. Mais cedo ou mais tarde todos podem provar que
as palavras do Mestre de Nazaré encontram ressonância na sua vida e nos
acontecimentos do cotidiano.
Uma das situações particularmente
delicada que o ser humano precisa lidar se constitui pela experiência da morte.
Diante desta realidade é comum ficar sem palavras e querer buscar respostas e
explicações para um fato que não cabe em nenhuma resposta e muito menos em
qualquer justificativa.
O ser humano nasce e está pronto
para morrer. A atitude sábia e bonita que a fé ensina aparece no carinho que as
famílias têm para com aqueles que morreram. Cuidar do jazigo onde repousam os
restos dos entes queridos, visitar o cemitério, cultivar atitudes de respeito
mostra a grandeza da vida e solenidade da morte.
Porém, há uma verdade não
compreendida, mas diversas vezes manifestada para os cristãos. “Se a certeza da
morte entristece a confiança na imortalidade conforta”. De fato todos os textos
bíblicos que fazem referência à morte são também provocadores de fé e fazem
reacender a esperança.
No dia, reservado para lembrar os
mortos, merece reforçar a força que se recebe pela Fé. Acreditar que a morte
não é o fim e que pelos merecimentos de Jesus que salvou a todos, um dia será possível viver o
reencontro com os que já partiram, enxuga as lágrimas e garante que a vida com suas fragilidades está nas
mãos de Deus.
Neste sentido a doutrina católica
da comunhão dos santos ganha particular importância. Cada vez que se proclama a
fé e se diz: “Creio na ressurreição dos mortos, na comunhão dos santos e na
vida eterna” se está afirmando a importância de rezar juntos com os vivos e os
falecidos para confortar o coração de todos.