sábado, 9 de novembro de 2013

HOMILIA PARA O DIA 09 DE NOVEMBRO DE 2013

EU CREIO QUE O MEU SENHOR VIVE...

A profissão de fé que os cristãos pronunciam a cada missa e que recitam com certa frequência também nas orações diárias faz uma série de afirmações próprias de quem tem certeza daquilo que está dizendo. Entretanto,  a força da palavra nem sempre se confirma no cotidiano das ações. Não é raro cristãos católicos que também creem na reencarnação e em tantas outras doutrinas que não estão contidas na renovação da fé que se faz de modo solene também em momentos especiais da vida como o batismo, a  primeira comunhão e a crisma.
Pois as leituras da Palavra de Deus deste domingo ajudam a perceber como é importante a sintonia entre aquilo que se acredita e o modo como se vive a fé. No texto de Macabeus, os irmãos realizam na prática o que acreditavam no coração: Prefiro ser morto pelos homens tendo em vista a esperança dada por Deus, que um dia nos ressuscitará”. É uma das poucas referências à vida eterna que se encontra no Antigo Testamento. Atestam sua fé no Deus que garante uma vida onde os sofrimentos do tempo presente não tem comparação com a glória futura.
Com tão extraordinária maneira de entregar-se nas mãos de Deus, é possível também hoje rezar como o Salmista: “Ao despertar, me saciará vossa presença e verei a vossa face!”. Ou ainda ter a certeza que moveu São Paulo e que ele expressa na carta aos Tessalonicenses:Nosso  Senhor Jesus Cristoe Deus nosso Pai, que nos amou em sua graça e nos proporcionou uma  Consolação eterna e feliz esperança, animem os vossos corações e vos confirmem em toda boa ação e palavra”.
Já no Evangelho Jesus desmonta mais uma armadilha dos entendidos em lei e de novo não responde a partir da mesquinhez da pergunta, ele vai muito além, dizendo em que consiste a Vida Eterna. Longe de ser uma continuação com os limites e fragilidades deste mundo Jesus afirma: “Nesta vida, os homens e as mulheres casam-se, mas os que forem julgados dignos da ressurreição dos mortos e de participar da vida futura, nem eles se casam nem elas se dão em casamento; e já não poderão morrer, pois serão iguais aos anjos, serão filhos de Deus, porque ressuscitaram”.

Esta categórica afirmação de Jesus refirma a perspectiva de futuro centro da fé cristã. Essa verdade só pode ser compreendida por quem compreende também que a morte não significa um prolongamento da efêmera vida nesta terra, pelo contrário, trata-se de uma passagem que transforma  a vida em algo muito melhor. E naturalmente como toda transformação e passagem exige coragem e determinação que os cristão buscam na oração pessoal e coletiva como se faz a cada domingo.

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