ONDE NASCE O AMOR,
COLHE-SE PÃO PARA A FOME...
É muito comum na atualidade a prática da chamada “teologia da
prosperidade”, expressão que pode ser entendida como: “barganha com Deus”. Não falta quem anuncia milagres, curas,
sinais extraordinários, otimismo exagerado e assim por diante. O tempo do Advento é um período próprio para alimentar o otimismo, não no sentido espetacularizado como se faz com grande
frequência. Trata-se de um tempo para mostrar que o horizonte está próximo.
Esta pode ser a ideia central que se compreende nas leituras
deste terceiro domingo. O profeta começa
com um anúncio de alegria: “Alegre-se
a terra que era deserta e intransitável, exulte a solidão e floresça como um lírio”. Não se
trata de um anúncio gratuito, pelo contrário, trata-se de uma visita
extraordinária: “Vede, é vosso Deus, que vem, é a recompensa de Deus; é ele que
vem para vos salvar”. A intervenção de Deus tem uma finalidade que se traduz em
alegria conforme canta o salmo: “O Senhor é fiel para sempre, faz justiça aos que são oprimidos; ele dá
alimento aos famintos, é o Senhor quem liberta os cativos”.
Na Segunda Leitura São Paulo faz um convite para a perseverança, certo está que
os sinais de Deus nem sempre são reconhecidos no imediatismo das ações humanas
e faz uma recomendação: “Ficai firmes até à vinda do Senhor. Vede o agricultor: ele espera o precioso
fruto da terra e fica firme até cair a chuva do outono ou da primavera. Também vós, ficai firmes e fortalecei
vossos corações, porque
a vinda do Senhor está próxima”.
Esta a situação que Jesus mostra aos discípulos de João,
quando perguntado sobre o messias. A resposta indica a perseverança e a
observação dos frutos que se podem ver: “Ide contar a João o que estais ouvindo
e vendo: os
cegos recuperam a vista, os paralíticos andam, os leprosos são curados, os surdos ouvem, os
mortos ressuscitam e os pobres são evangelizados”.
Ontem como hoje, a Palavra de Deus tem uma intenção e um destino. A vida e os corações de todos e por conta disto é importante não se deixar levar por promessas mirabolantes, nem tampouco afundar-se na
descrença perdendo a esperança.
A proximidade do natal reforça o convite: fiquem firmes e
fortaleçam seus corações!
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