HOJE NÃO
FECHEIS O CORAÇÃO, MAS OUVI A VOZ DO SENHOR!
O terceiro
domingo da quaresma nos coloca diante de uma das realidades mais fundamentais
para a sobrevivência humana: ter ou não
ter água ao seu alcance. As noticias dos últimos dias sobre a falta de água em
grandes cidades e o baixo nível dos reservatórios que abastecem metrópoles
brasileiras trouxe à discussão velhos problemas, tais como a falta de infraestrutura para atender as crescentes populações nas
grandes cidades. Este tema aparece fartamente nas leituras deste domingo, seja
para mostrar o sofrimento humano dos envolvidos, seja para mostrar a
necessidade de buscar socorro onde se pode achar.
Assim no
livro do Êxodo o povo está revoltado com a falta de água provada na longa travessia
do deserto. Moisés, preocupado com tudo,
não tem uma alternativa que responda aos reclames do povo. Faz exatamente aquilo que pode ser feito
também na atualidade. Busca conselho com alguém mais experiente. Neste caso com
Deus. E a resposta é decisiva: “Vai até
o rochedo do monte Horeb e provoque um ferimento na pedra”. A ação de Moisés é confirmada pela presença de
Deus e de onde parecia impossível, surge água para atender as necessidades de
todos.
Por isso
também os cristãos são convidados a
rezar no salmo: “Não fechem os corações, ouçam antes a voz de Deus”. A voz de Deus, São Paulo afirma que se
fez ouvir na pessoa de Jesus Cristo
desde muito tempo, antes ainda que o mundo tivesse consciência dessa
verdade.
A longa
história da mulher Samaritana permite ainda melhor compreender como Jesus é verdadeiramente
humano e divino. Humano que cansa e experimenta a sede e outros sofrimentos, nesta condição
procura abrigo nos recursos humanos.
Divino que oferece sua condição para modificar a atenuar os sofrimentos
alheios.
Diante do
poço estabelece um diálogo capaz de transformar a anônima mulher pecadora em
missionária e testemunha dos sinais que Deus estava realizando.
Do mesmo modo
que a mulher samaritana deixou sua vasilha junto ao poço que lhe parecia
seguro, os cristãos são convidados, por meio da oração, do jejum, da esmola e
da penitência deste tempo, a sair das suas certezas e procurar outros lugares e alternativas para saciar sua sede de vida e
de verdade.
A oração da
Igreja reunida é uma forma de dar coragem a todos.
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