EU SOU O BOM
PASTOR...
Dentre os fatos que ganharam as páginas
do noticiário em diversas partes do país, um deles fez referência à Videira. Trata-se
das crianças que foram espancadas pelo pai. O fato dispensa comentários para se
concluir que o agressor, de longe, pode ser chamado de pastor, isso é, de uma
pessoa a quem se pode confiar o cuidado de algo ou alguém.
Neste contexto a Palavra de Deus
proclamada na liturgia deste domingo faz um convite a todos e a cada um em
particular para pautar a sua vida pelo cuidado, pelo carinho, pela docilidade,
pela capacidade de ser guardião da vida e da dignidade da vida.
Assim também se pode ver a figura
das mães como pessoas comprometidas com a vida plena e abundante para todos os
que estão sob seus cuidados. Reunidos em assembleia de oração reza-se uns pelos
outros a fim que o exemplo de Jesus seja seguido na forma de serviço para o bem
e o cuidado de todos para com todos.
As ações dos apóstolos, descritas
na primeira leitura confirmam que eles haviam compreendido muito bem o
significado de se declarar cristãos. Deixaram-se renovar pela ação do Espírito
Santo e suas ações eram de tal modo cativantes que a comunidade dos seguidores
de Jesus teve um crescimento rápido e extraordinário
em pouquíssimo tempo.
Desta maneira, não há porque
duvidar da oração que a Igreja faz com o Salmo da liturgia deste domingo. É
possível compreender bem que mesmo em meio as maiores dificuldades e provações,
Deus é o pastor e nada faltará àqueles que nele confiam.
É o mesmo apóstolo Pedro, quem na
segunda leitura faz um hino a Cristo, reconhecendo sua coragem e determinação
em levar o projeto de Deus até as últimas consequências. Sua coragem e
determinação confirmaram o título de pastor e guarda do seu rebanho.
Ele mesmo, Jesus, já havia declarado
no Evangelho que suas ações estavam voltadas para o cuidado e proteção da vida
dos que ouvissem a sua voz. Ele desafia os outros pregadores e demais
autoridades do seu tempo a provar com ações que realmente eram capazes de
defender e proteger os que se confiavam ao seus cuidados.
Numa dupla comparação Jesus usa a
expressão “porta” e “pastor” para
fortalecer a segurança em todos os que lhe seguiam. Reconhecê-lo nesta condição
era a maneira de ouvir a voz de Deus e de estar seguro em suas mãos.
O convite da liturgia desta
semana se constitui numa proposta para aqueles que de algum modo exercem
qualquer responsabilidade, seja familiar, social, pastoral, educacional, onde
quer que seja: Ser testemunha de Jesus,
e viver como ele é facilitar e promover a qualidade de vida para todos os que
de algum modo estão sob sua responsabilidade.
Pode-se traduzir numa palavra bem
simples: “Ter um coração de mãe”.
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