sábado, 10 de maio de 2014

HOMILIA PARA O DIA 11 DE MAIO DE 2014

EU SOU O BOM PASTOR...

Dentre os fatos que ganharam as páginas do noticiário em diversas partes do país, um deles fez referência à Videira. Trata-se das crianças que foram espancadas pelo pai. O fato dispensa comentários para se concluir que o agressor, de longe, pode ser chamado de pastor, isso é, de uma pessoa a quem se pode confiar o cuidado de algo ou alguém.
Neste contexto a Palavra de Deus proclamada na liturgia deste domingo faz um convite a todos e a cada um em particular para pautar a sua vida pelo cuidado, pelo carinho, pela docilidade, pela capacidade de ser guardião da vida e da dignidade da vida. 
Assim também se pode ver a figura das mães como pessoas comprometidas com a vida plena e abundante para todos os que estão sob seus cuidados. Reunidos em assembleia de oração reza-se uns pelos outros a fim que o exemplo de Jesus seja seguido na forma de serviço para o bem e o cuidado de todos para com todos.
As ações dos apóstolos, descritas na primeira leitura confirmam que eles haviam compreendido muito bem o significado de se declarar cristãos. Deixaram-se renovar pela ação do Espírito Santo e suas ações eram de tal modo cativantes que a comunidade dos seguidores de Jesus teve um crescimento rápido  e extraordinário em pouquíssimo tempo.
Desta maneira, não há porque duvidar da oração que a Igreja faz com o Salmo da liturgia deste domingo. É possível compreender bem que mesmo em meio as maiores dificuldades e provações, Deus é o pastor e nada faltará àqueles que nele confiam.
É o mesmo apóstolo Pedro, quem na segunda leitura faz um hino a Cristo, reconhecendo sua coragem e determinação em levar o projeto de Deus até as últimas consequências. Sua coragem e determinação confirmaram o título de pastor e guarda do seu rebanho.
Ele mesmo, Jesus, já havia declarado no Evangelho que suas ações estavam voltadas para o cuidado e proteção da vida dos que ouvissem a sua voz. Ele desafia os outros pregadores e demais autoridades do seu tempo a provar com ações que realmente eram capazes de defender e proteger os que se confiavam ao seus cuidados.
Numa dupla comparação Jesus usa a expressão “porta”  e “pastor” para fortalecer a segurança em todos os que lhe seguiam. Reconhecê-lo nesta condição era a maneira de ouvir a voz de Deus e de estar seguro em suas mãos.
O convite da liturgia desta semana se constitui numa proposta para aqueles que de algum modo exercem qualquer responsabilidade, seja familiar, social, pastoral, educacional, onde quer que seja:  Ser testemunha de Jesus, e viver como ele é facilitar e promover a qualidade de vida para todos os que de algum modo estão sob sua responsabilidade.
Pode-se traduzir numa palavra bem simples: “Ter um coração de mãe”. 

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