sexta-feira, 8 de agosto de 2014

HOMILIA PARA O DIA 10 DE AGOSTO DE 2014

CORAGEM, SOU EU...

Para começar a meditação sobre a Palavra de Deus neste domingo, se presta bem uma historieta que diz mais ou menos assim:  “O menino chegou em casa da escola e logo gritou: Papai, hoje recebi meu boletim. Então o pai lhe disse, deixe-me ver. Ao que o garoto respondeu, não papai, emprestei para um amigo. Ué mas porque disse o pai. E o filho respondeu: Meu amigo queria dar um susto no seu pai.

Esta é uma atitude bem comum quando alguém está em dificuldade. Rapidamente encontra uma maneira de explicar sua necessidade e arranja uma saída para a situação desagradável pela qual está passando.  E nestes casos, quase sempre se costuma recorrer a quem se tem certeza que pode ajudar. Isso acontece em situações de doença, numa crise financeira, ou qualquer que seja a dificuldade.

Nota-se claramente na carta de São Paulo aos Romanos: “Tenho no coração uma grande tristeza e uma dor contínua”. Mas apesar disso proclama: “Deus é bendito para sempre! Amém!”. A mesma condição está expressa no salmo: “Mostrai-nos, ó Senhor, vossa bondade, e a vossa salvação nos concedei! O Senhor nos dará tudo o que é bom, e a nossa terra nos dará suas colheitas; a justiça andará na sua frente e a salvação há de seguir os passos seus”.

Por sua vez, os discípulos, depois de terem ficado maravilhados com a multiplicação dos pães, se encontram diante do medo e da insegurança. Nem reconhecem a Jesus e o confundem com um fantasma. Mas o mestre lhes consola dizendo: “Coragem sou Eu” e para confirmar ordena que Pedro caminhe ao seu encontro.

Pedro é modelo da pessoa que sabe o que quer, mas falta coragem. Não coragem de caminhar sobre a água, mas coragem de se aproximar daquele que lhe pode salvar. Como na historieta do menino que faz a brincadeira com seu pai em relação ao boletim escolar. Não lhe falta coragem de mostrar as notas para alguém, falta lhe coragem de aproximar-se do pai com aquelas notas.

È por isso que Pedro diz: “Senhor, se és tu, manda-me ir ao teu encontro...” quando falta-lhe a fé começa afundar e eis que Jesus lhe dá segurança tomando-o pela mão. Uma vez todos no barco já não há mais nenhum perigo, pelo contrário, reina a calmaria que permite reconhecer a presença de Deus com eles na pessoa de Jesus, o mesmo que saciou a multidão faminta no deserto.

Claro está para todos que a pessoa de Jesus e sua Palavra são segurança e garantia para suportar as tempestades da vida. A coisa mais importante diante das adversidades de cada dia é colocar como ponto de partida, não nas tempestades da vida, mas a possibilidade de caminhar ao encontro do Senhor que estende a mão sempre que as tempestades parecem maiores que as forças.


Para isso muito ajuda a oração de todos e a ação de graças que se faz cada semana com a comunidade reunida em oração. 

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