CORAGEM, SOU EU...
Para começar a meditação
sobre a Palavra de Deus neste domingo, se presta bem uma historieta que diz
mais ou menos assim: “O menino chegou em
casa da escola e logo gritou: Papai, hoje recebi meu boletim. Então o pai lhe
disse, deixe-me ver. Ao que o garoto respondeu, não papai, emprestei para um
amigo. Ué mas porque disse o pai. E o filho respondeu: Meu amigo queria dar um
susto no seu pai.
Esta é uma atitude bem comum
quando alguém está em dificuldade. Rapidamente encontra uma maneira de explicar
sua necessidade e arranja uma saída para a situação desagradável pela qual está
passando. E nestes casos, quase sempre se
costuma recorrer a quem se tem certeza que pode ajudar. Isso acontece em
situações de doença, numa crise financeira, ou qualquer que seja a dificuldade.
Nota-se claramente na carta
de São Paulo aos Romanos: “Tenho no coração uma grande
tristeza e uma dor contínua”. Mas apesar disso proclama: “Deus
é bendito para sempre! Amém!”. A mesma condição está expressa no salmo: “Mostrai-nos,
ó Senhor, vossa bondade, e a vossa salvação nos concedei! O Senhor nos dará tudo o que é bom, e
a nossa terra nos dará suas colheitas; a justiça
andará na sua frente e a salvação há de seguir os
passos seus”.
Por sua vez, os discípulos, depois de terem
ficado maravilhados com a multiplicação dos pães, se encontram diante do medo e
da insegurança. Nem reconhecem a Jesus e o confundem com um fantasma. Mas o
mestre lhes consola dizendo: “Coragem sou
Eu” e para confirmar ordena que Pedro caminhe ao seu encontro.
Pedro é modelo da pessoa que sabe o que quer, mas
falta coragem. Não coragem de caminhar sobre a água, mas coragem de se
aproximar daquele que lhe pode salvar. Como na historieta do menino que faz a
brincadeira com seu pai em relação ao boletim escolar. Não lhe falta coragem de
mostrar as notas para alguém, falta lhe coragem de aproximar-se do pai com
aquelas notas.
È por isso que Pedro diz: “Senhor, se és tu, manda-me ir ao teu encontro...” quando falta-lhe
a fé começa afundar e eis que Jesus lhe dá segurança tomando-o pela mão. Uma
vez todos no barco já não há mais nenhum perigo, pelo contrário, reina a
calmaria que permite reconhecer a presença de Deus com eles na pessoa de Jesus,
o mesmo que saciou a multidão faminta no deserto.
Claro está para todos que a pessoa de Jesus e sua
Palavra são segurança e garantia para suportar as tempestades da vida. A coisa
mais importante diante das adversidades de cada dia é colocar como ponto de
partida, não nas tempestades da vida, mas a possibilidade de caminhar ao
encontro do Senhor que estende a mão sempre que as tempestades parecem maiores
que as forças.
Para isso muito ajuda a oração de todos e a ação
de graças que se faz cada semana com a comunidade reunida em oração.
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