QUANDO A VIDA E A BÍBLIA SE
ENCONTRAM...
A vida humana é feita de sentimentos, de necessidades, de
realizações e frustrações. Um dos sentimentos muito forte em todos é a incapacidade
de realizar tudo o que sonha com as próprias forças. Por causa disso e
sabiamente, o ser humano procura parceiros e amigos, muitas vezes um ombro para
chorar. Uma ajuda indispensável costuma vir do padrinho e da madrinha. Não raro
se diz: “o melhor parente é o primeiro
vizinho”. Quando se trata de política então a coisa é mais forte ainda. Os
afilhados dos políticos são sempre beneficiados com vantagens muitas vezes nada
legais e muito menos morais. Em resumo, o ser humano é uma criatura de
necessidades e cultiva com muito apreço o sentimento de incapacidade que o faz
partilhar sonhos e sofrimentos.
O salmo que se reza na missa deste domingo é uma oração que tem
expressado essa condição humana: “Mostrai-me,
ó Senhor, vossos caminhos, e fazei-me conhecer a vossa estrada! Vossa
verdade me oriente e me conduza, porque sois o
Deus da minha salvação; em vós espero, ó Senhor, todos os dias!”.
O mesmo sentido tem a leitura do profeta Ezequiel na medida
em que garante a ajuda de Deus para aquele que se propõe a andar nos caminhos
do bem e da verdade. O profeta afirma que para estes Deus é a companhia segura e
inseparável.
E São Paulo, escreve aos filipenses fazendo um convite que
pode ser aplicado também na atualidade: “Se
existe consolação na vida em Cristo, se existe alento
no mútuo amor, se existe comunhão no Espírito, se existe ternura e compaixão, tornai
então completa a minha alegria:
aspirai à mesma coisa, unidos no mesmo amor; vivei em harmonia, procurando a unidade. Nada façais por competição ou vanglória, mas, com humildade, cada um julgue que o outro é mais importante, e não cuide somente do que é seu, mas também do que é do outro”.
aspirai à mesma coisa, unidos no mesmo amor; vivei em harmonia, procurando a unidade. Nada façais por competição ou vanglória, mas, com humildade, cada um julgue que o outro é mais importante, e não cuide somente do que é seu, mas também do que é do outro”.
É claro que nos três casos, não basta reta intenção e boa
vontade. O que está sendo pedido é coerência de vida. Ou seja, agir de acordo
com aquilo que se acredita. Esta falta de concordância entre o que e diz e se
deseja e as ações de cada dia é o assunto da conversa entre Jesus e os doutores
da lei no seu tempo.
Contanto a parábola dos dois filhos, um que mesmo não
demonstrando sua pronta aceitação acaba tendo uma atitude adequada e o outro
que tinha boas intenções, mas nada de boas práticas. Jesus faz uma advertência
aos chefes do povo. Estes conheciam as escrituras, estavam sempre prontos a dar
seu sim pra tudo, e muitas vezes não cumpriam as promessas e propósitos que
realizavam. Para estes Jesus diz: “'Em
verdade vos digo, que os publicanos e as prostitutas vos precedem no Reino de
Deus. Porque João veio até vós, num caminho de justiça, e
vós não acreditastes nele. Ao contrário, os publicanos e as prostitutas creram
nele
Vós, porém, mesmo vendo isso”.
Vós, porém, mesmo vendo isso”.
Esse desafio de Jesus vale também para cada pessoa em
qualquer função ou local em que esteja. Mais do que palavras bonitas é importante
que as palavras venham acompanhadas das ações. Assim ganha ainda mais sentido
celebrar neste domingo o dia da Bíblia. Como um livro, portanto um livro de
palavras a Bíblia é a única e verdadeira Palavra de Deus e que encontra seu
sentido quando “A vida e a Bíblia se
encontram”.