FILHINHOS, NÃO AMEMOS SÓ COM
PALAVRAS, MAS TAMBÉM COM ATOS...
Dentre os muitos conceitos para a palavra “AMOR”, um deles significa
respeitar o outro, seu modo de ser, suas convicções, seu pensamento, sua
liberdade e assim por diante. Nestes
últimos dias da campanha eleitoral é possível ver em todos os níveis e por diferentes pessoas a falta de respeito
pelo pensamento e pela escolha política de cada um. E pior que isso tudo feito
em nome da fé, por gente que se diz cristão e que até frequenta regularmente a
Igreja.
Estas atitudes, na verdade, acompanham o ser humano ao longo da sua existência. No texto proclamado do livro do Êxodo é possível notar com clareza que os judeus,
povo escolhido e libertado por Deus, tinham práticas discriminatórias em
relação aos estrangeiros e a quem pensava diferente deles. O autor do livro lhes faz uma dura
advertência pedindo o respeito, o cuidado e o amor para com todos e ao mesmo
tempo faz uma ameaça: “Não oprimas nem maltrates o estrangeiro, pois vós fostes estrangeiros na terra do Egito. Não façais mal algum à viúva nem ao órfão. Se os maltratardes, gritarão
por mim e eu ouvirei o seu clamor. Minha cólera, então, se inflamará e eu vos matarei à espada; vossas mulheres ficarão viúvas
e órfãos os vossos filhos”.
e órfãos os vossos filhos”.
São Paulo, pelo
contrário, na carta aos tessalonicenses
faz um elogio àquela comunidade que se tornou um sinal do amor de Deus “E vós vos tornastes imitadores nossos, e do Senhor, acolhendo a Palavra com a alegria do
Espírito Santo, apesar de tantas tribulações... Assim, nós já nem precisamos falar, pois as pessoas mesmas contam como vós nos
acolhestes e como
vos convertestes, abandonando os falsos deuses, para servir ao Deus vivo e
verdadeiro”.
No evangelho, mais
uma vez os entendidos em escritura preparam uma armadilha contra Jesus: “Mestre qual é o grande mandamento da lei”.
Mais uma vez a sabedoria do Filho de Deus se
sobrepõe à esperteza dos seus conterrâneos. Ele não faz uma hierarquia,
mas apresenta dois lados do mesmo mandamento:
“Amar a Deus sobre todas as coisas e amar o próximo como a si mesmo”.
Com esta afirmação
Jesus declara que todas as outras
atitudes dependem deste comportamento. Naturalmente que a Palavra de Deus que
se proclama neste domingo tem relação direta com toda a ação humana.
Sendo possível tirar
uma lição para a vida cotidiana ela é muito simples e fácil de ser vivenciada: “Não amemos só com palavras, mas também com
atos”. É isto que a Igreja reunida
pede em oração comunitária como se faz no Salmo: “Eu vos amo, ó Senhor! Sois minha força, a
minha rocha, meu refúgio e Salvador! Ó meu Deus, sois o rochedo que me abriga, minha força e
poderosa salvação”.