PRODUZAM
FRUTOS DE JUSTIÇA
O voto dos brasileiros neste
domingo definirá o futuro do País pelos
próximos anos. A seriedade com que cada
eleitor fará uso deste direito que é um instrumento para a prática da justiça pode ser entendida como um exame de
consciência em relação à participação e capacidade de perceber os sinais do
Reino de Deus no meio do mundo.
A primeira leitura e o
Evangelho proclamados na liturgia podem perfeitamente ser aplicados aos
eleitores e aos candidatos que se apresentam para receber o voto de confiança.
O profeta Isaias fala de uma
vinha plantada e cuidada com todos os recursos e que, no entanto, não teve produção
adequada. A leitura termina dizendo que a vinha é o povo de Israel, por quem
Deus havia demonstrado muito cuidado. Ora, se o texto fosse aplicado aos
cidadãos brasileiros, certamente se poderia perguntar: Em que medida cada
pessoa cumpriu o seu papel na família, na escola, na sociedade, na Igreja, e
assim por diante. O direito de escolher representantes dignos e altura das responsabilidades
está sendo merecido? Do mesmo modo se poderia perguntar quanto aos candidatos
que se apresentam: São pessoas de ficha limpa? Aqueles que já exercem algum
mandato eletivo cumpriram o seu papel “recompensando a sociedade pela confiança
que neles foi depositada”?
Já no Evangelho, mais uma
vez, Jesus está com os doutores da lei
dialogando com eles Jesus retoma o texto do profeta Isaías que os
entendidos em escritura sabiam muito bem. Quando Jesus lhes pergunta sobre qual
atitude o dono da vinha deveria tomar
com aqueles que não cumprem corretamente suas obrigações, eles
não tem dificuldade em responder: “Com certeza mandará matar de modo
violento esses perversos e arrendará a
vinha a outros vinhateiros, que lhe entregarão os frutos no tempo certo”.
Uma vez dada esta resposta, Jesus aplica a eles mesmos
dizendo que o Reino de Deus lhes será tirado e dado a outros. Neste sentido, o Evangelho pode também ser aplicado ao
Brasil, aos brasileiros e aos candidatos. O poder do voto pode dar e tirar a
confiança, vai depender de seriedade dos eleitores. Para todos cabe a sentença
do profeta: “Eu esperava deles frutos de
justiça – e eis a injustiça, esperava obras de bondade e eis a iniquidade”.
É neste
aspecto que ganha ainda mais importância a oração da comunidade que reunida que
sobe ao céu como se faz no Salmo que é rezado na liturgia deste domingo: “Voltai-vos para nós,
Deus do universo! Olhai dos altos céus e observai. Visitai a vossa vinha e
protegei-a! Foi a vossa mão direita que a plantou; protegei-a, e ao
rebento que firmastes! E nunca mais vos
deixaremos, Senhor Deus! Dai-nos vida, e
louvaremos vosso nome! Convertei-nos, ó Senhor Deus do universo,
e
sobre nós iluminai a vossa face! Se voltardes para nós, seremos salvos!” A vinha do Senhor é o
Brasil e os brasileiros!
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