sexta-feira, 7 de novembro de 2014

HOMILIA PARA O DIA 09 DE NOVEMBRO DE 2014

GLÓRIA A TI IGREJA SANTA...

Por todos os recantos, nas vilas e povoados, frequentemente se encontram sinais sagrados. Uma cruz à beira da estrada, uma pequena capelinha, uma Igreja um pouco maior e por trás de todos estes sinais estão pessoas com um ideário de fé invejável. As razões porque cada um erigiu e cuida destes espaços sagrados são também incontáveis como os próprios espaços.
É também  muito comum à medida que se vai formando um núcleo populacional as pessoas se reúnam para construir sua Igreja, ou seu lugar para o encontro de oração comunitária. Aos poucos se organizam as comunidades os serviços, os ministérios, as responsabilidades e assim por diante.
No Vale do Rio do Peixe, diversas cidades têm na Igreja o seu ponto turístico mais importante e quase não há cidade na região que divulgue suas ações e sua história sem uma foto da Igreja Matriz em destaque.
Mas, que relação tem esse cuidado com a fé das pessoas que residem no seu entorno e com a celebração litúrgica deste domingo?  Ora, faz parte da compreensão religiosa de todos os povos reservar um lugar onde consideram a morada de Deus, o ponto de encontro com as divindades, o seu lugar sagrado.
Hoje a Igreja traz para a lembrança a Basílica do Latrão.  Construída em Roma no quarto século do cristianismo  é considerada a mãe de todas as Igrejas. Claro que isso tem muita importância, mas, sobretudo, essa lembrança ganha ainda mais importante quando a Igreja feita de pedras vivas – de gente – se reúne para rezar e para cuidar da Igreja de pedra, e mais ainda cuidar da gente que faz a Igreja.
É neste sentido que a leitura do profeta Ezequiel ganha ainda mais importância. Narrando a nascente de um rio a partir da porta do templo o profeta afirma: Aonde o rio chegar, todos os animais que ali se movem poderão viver. Haverá peixes em quantidade, pois ali desembocam as águas que trazem saúde; e haverá vida aonde chegar o rio”. Esta frase pode ser muito bem compreendida como uma espécie de mandamento para toda a Igreja: “onde tem Igreja precisa haver vida em abundância”.
São Paulo na carta aos Coríntios faz uma afirmação categórica: “Irmãos: Vós sois construção de Deus. Segundo a graça que Deus me deu, e ninguém pode colocar outro alicerce diferente do que está aí, já colocado: Jesus Cristo”.
Estas palavras estão plenamente de acordo com a atitude de Jesus quando viu que o Templo, lugar do encontro com Deus, e as pessoas que iam até lá para ver Deus, ambos estavam sendo profanados. Ele não tem medo de dar um basta, derruba tudo e afirma que antes de qualquer prescrição legal é preciso cuidar das pessoas que são também  morada de Deus.
Considerando isso surge, hoje, mais que em outros tempos a necessidade de rezar pela Igreja. Não sem razão o Papa Francisco tem feito tantas solicitações pedindo orações por ele e pela Igreja. E afirma com insistência: A Igreja não pode ser transformada numa alfândega pastoral, na qual as pessoas tenham dificuldade de chegar, ela precisa ser acolhedora.

Reunidos em ação de graças os católicos são convidados a rezar pela Igreja e a respeitar a Igreja, mas acima de tudo respeitar, rezar e amar as pessoas que formam a Igreja. 

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