sábado, 25 de abril de 2015

HOMILIA PARA O QUARTO DOMINGO DA PÁSCOA 2015


O BOM PASTOR DÁ A VIDA POR SUAS OVELHAS

1ª Leitura - At 4,8-12;   Salmo - Sl 117,1.8-9.21-23.26.28cd.29 (R. 22) ; 
2ª Leitura - 1Jo 3,1-2; Evangelho - Jo 10,11-18
Nesta semana três fatos marcaram os noticiários nacionais e  internacionais. Localmente a tragédia que se abateu sobre a cidade catarinense de Xanxerê e redondeza, no âmbito mundial o naufrágio de um navio com centenas de pessoas no mar mediterrâneo e o terremoto no Nepal.  Todos os casos despertaram ações de comoção e de solidariedade em favor das vítimas e declarações de autoridades e dos responsáveis para garantir a segurança das pessoas envolvidas. Nestes casos todos fica evidente que o que está em jogo é a dignidade das vidas humanas cujo cuidado, de algum modo, é responsabilidade de todos. Negar-se a colaborar para que situações desta natureza não se repitam ou prestar socorro a quem foi atingido por catástrofes é uma maneira de manifestar o coração amoroso e atitude de pastor que a condição de cristãos sugere a todos.
Dentro do contexto do tempo pascal a liturgia da Igreja convida a celebrar a pessoa de Jesus ressuscitado que se dá a conhecer como o Bom Pastor, aquele que por sua união com o Pai ama a todos e se apresenta buscando e acolhendo a todos, sobretudo os distantes e mais sofredores.
O retrato de Jesus Bom Pastor tem perfeita sintonia com a ação dos discípulos descrita nos Atos dos Apóstolos e clara nas palavras de Pedro: Jesus é a pedra, que vós, os construtores, desprezastes, e que se tornou a pedra angular. Em nenhum outro há  salvação, pois não existe debaixo do céu outro nome dado aos homens pelo qual possamos ser salvos” é nele que todos podem sentir-se filhos amados de Deus.
Reconhecer esta verdade e nela se reconhecer seguidor de Jesus Cristo, o Bom Pastor, traz igualmente uma exigência indispensável para o cristão. Já não servem mais palavras, as adversidades e os sofrimentos que se fazem visíveis no mundo contemporâneo pedem exemplos de testemunho autêntico, pede a coragem de pessoas motivadas a prolongar a missão de Jesus no mundo. Missão que não é apenas garantir a segurança daqueles que estão seguros no espaço da igreja e da sociedade, mas também buscar, socorrer, preocupar-se com todos aqueles que em qualquer lugar sofrem vítimas de catástrofes ou de descaso de pessoas e autoridades que deveriam ser responsáveis pela vida em plenitude para todos.

A oração da Igreja reunida estimula a comunidade de fé a se responsabilizar e a testemunhar a ressurreição de Jesus empenhando esforços  que não permitam ficar à margem da construção da esperança por um mundo novo povoado de irmãos. 

terça-feira, 14 de abril de 2015

HOMENS DE ORAÇÃO OU FUNCIONÁRIOS DO SAGRADO

Os padres de Bergoglio, pastores globais sem clericalismo e carreirismo.
2015-04-10T23:47:00.435Z
Reportagem de Francesco Peloso, no sítio Vatican Tabloid, de 06-04-2015.
Chega de padres doentes de clericalismo, de funcionários, aqueles apegados ao dinheiro, de padres que maltratam as pessoas. Ao contrário, que se dê espaço aos sacerdotes que sabem estar no meio das pessoas, do seu rebanho, perto das famílias, de quem sofre, de quem precisa de ajuda; espaço para os educadores, para aqueles que sabem "se sujar" com a realidade e são capazes de compartilhar com os outros e colaborar entre si.
 
                    Existe um modelo de padre que, há muito tempo, o Papa Francisco está propondo para a Igreja. Ele fez isso durante muitos discursos "informais", durante as famosas homilias matinais das missas celebradas em Santa Marta e através de mensagens oficiais como a que foi destinada à Conferência Episcopal Italiana em novembro passado. Francisco vê de perto a crise das vocações que afeta, há muito tempo, em primeiro lugar, o Ocidente, ou seja, a parte do mundo em que a tradição cristã tem raízes antigas. E nessa área do mundo a Europa é o continente onde o afastamento da fé e da batina é sentido de modo particularmente evidente.
                    Assim, o bispo de Roma está tentando dar uma resposta à crise profunda da fé, conjugando uma ideia de Igreja popular e não barroca com o perfil do pastor que deve anunciar o Evangelho neste tempo. Assim, se a Igreja deve se transformar em um hospital de campanha, em um lugar em que se acolhe e não se rejeita o "ferido" com base em algum artigo do catecismo aplicado secamente e sem olhar para a pessoa, se a Igreja deve deixar de funcionar como uma alfândega em que se deve ter todos os documentos em ordem para entrar, o sacerdote que está em contato com a comunidade dos fiéis deverá, em primeiro lugar, estar no meio do seu povo.
                    "Não servem padres clericais, cujo comportamento corre o risco de afastar as pessoas do Senhor, nem padres funcionários, que, enquanto desempenham um papel, buscam longe d'Ele a própria consolação." Palavras claras que talvez perturbaram uma Igreja um pouco curvada sobre si mesma e que se depara, com crescente dificuldade, com uma sociedade em constante mudança. 
                    Na ocasião, o papa também chamava a atenção dos bispos. Entre as suas tarefas – repetiu ele várias vezes – há também o de estarem perto dos sacerdotes que, na vanguarda, mantêm viva a vida. Quantos deles, explicava Francisco, "com o seu testemunho, contribuíram para nos atrair a uma vida de consagração".
                    "Nós os vimos gastarem a vida entre as pessoas das nossas paróquias – afirmava o papa –, educando os jovens, acompanhando as famílias, visitando os doentes em casa e no hospital, cuidando dos pobres, na consciência de que separar-se para não se sujar com os outros é a maior sujeira'", observou ainda, citando o grande escritor russo Tolstoi. 
                    Mas, se essa é a tarefa nada fácil dos padres; a fraqueza, a queda pode atingi-los ao longo do caminho. Então, é tarefa dos bispos, das Conferências Episcopais recorrer a instrumentos de formação permanente, a verificações periódicas, tentando captar os elementos de cansaço e de solidão que podem marcar a vida de um padre. Em suma, é um olhar realista voltado pelo pontífice para a condição sacerdotal, fundamentado na consciência de que a escolha de ser padre hoje vai contra a sensibilidade e a cultura dominantes.
                    Aliás, os números são claros. De 2002 a 2012, a última década para a qual existem dados disponíveis, o número de sacerdotes esteve em queda constante (cerca de 5 mil a menos só na Itália; freis e freiras registram, em todos os lugares, nos países ocidentais, uma contração que parece irrefreável). As novas ordenações, além disso, caem em todo o Velho Continente. Na Itália são agora pouco mais de 300 por ano (em alguns Estados, poucas dezenas). Mas também é preciso ver quanto tempo elas duram. O crescimento ocorre em outros lugares, na África e, em particular, na Ásia, onde florescem Igrejas jovens, mas os católicos são muitas vezes uma minoria.                     Mas nem por isso é preciso alargar as malhas dos seminários, ao contrário, o risco é de deixar entrar pessoas não aptas, que têm problemas de relacionamento ou de socialização. O escândalo dos abusos infantis também é filho dessas políticas superficiais.
                    O Papa Francisco lembrava isso em outubro 2014: "Por favor – era o convite lançado pelo pontífice aos bispos –, é preciso estudar bem o percurso de uma vocação! Examinar bem se aquele homem é sadio, se aquele homem é equilibrado, se aquele homem é capaz de dar vida, de evangelizar, se aquele homem é capaz de formar uma família e renunciar a isso para seguir a Jesus".
                     Muitos problemas em inúmeras dioceses, acrescentava o papa, surgem porque os bispos acolheram as pessoas que, depois, são expulsas dos seminários e das casas religiosas. Por um lado, havia o problema dos abusos e, por outro, o das vocações incompletas, feitas por pessoas que depois voltavam a uma vida como leigos.
                    Tornar-se padre, portanto, segundo a abordagem de Bergoglio, não é uma profissão. O padre não deve ser um organizador nem o chefe de uma ONG. A sua missão se realiza, sim, através de instrumentos sociais ou de caridade, mas na ótica forte do Evangelho, de uma fé que orienta profeticamente todo o povo de Deus, incluindo os pastores. Assim, a adesão à palavra de Jesus, a sua proximidade aos últimos, aos pobres, deve ser tornar central na vida do sacerdote, que também é feita de espiritualidade, de oração.
                    Mas Francisco, nos últimos meses, tocou também outro ponto clássico de crise da vida sacerdotal, o da relação com o dinheiro. O papa denunciou publicamente aqueles padres que pedem dinheiro em troca dos sacramentos, de um casamento, de um batismo e assim por diante. "Quantas vezes – disse ele – vemos que, ao entrar em uma igreja, ainda hoje, há ali a lista dos preços para o batismo, a bênção, as intenções para a missa... E o povo se escandaliza", porque, nessas formas, cumpre-se "o escândalo do comércio, da mundanidade". 
                    Portanto, tomando um elemento extremo de verdade na relação entre os fiéis e a Igreja, Bergoglio afirmava: "O povo de Deus sabe perdoar os seus padres quando eles têm uma fraqueza, quando deslizam em um pecado. Mas há duas coisas que o povo de Deus não pode perdoar: um padre apegado ao dinheiro e um padre que maltrata as pessoas!"

sábado, 11 de abril de 2015

HOMILIA PARA O DIA 12 DE ABRIL DE 2015

FELIZ É AQUELE QUE PARTICIPA...

Os recursos tecnológicos disponíveis em larga escala na atualidade, as redes sociais, o acesso a muitos e diversificados meios de comunicação, transforma com facilidade pequenos fatos em grande noticias e muitas vezes situações sem importância ganham proporções que nem se poderia imaginar. Nisto se reconhece o poder da comunicação. Há que se reconhecer que as tecnologias são um avanço e normalmente trazem muitos benefícios para todos. Mas é verdade também que o mau uso das redes sociais pode fazer grandes estragos.
Basta ver algumas postagens nas redes sociais  que em  questões de horas são compartilhadas e visualizadas por milhares de pessoas, situação praticamente impensável  até bem pouco tempo. Imaginem-se  os discípulos de Jesus anunciando sua ressurreição com os recursos da internet. O fato, certamente teria tomado dimensões muito maiores e o cristianismo se expandido pelo mundo com uma velocidade impressionante.
Mas neste caso faltaria um ingrediente que a Palavra de Deus proclamada neste segundo domingo mostra com muita clareza. Trata-se do contato pessoal e do envolvimento pessoal com a causa e a própria notícia. No evangelho os discípulos contaram com toda a vibração possível: 'Vimos o Senhor!' Porém, Tomé, que não estava envolvido com o fato foi incrédulo: “Se eu não vir a marca dos pregos em suas mãos,
se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos e não puser a mão no seu lado, não acreditarei”.
A mesma situação aparece na carta de João, que é a segunda leitura do domingo: “Podemos saber que amamos os filhos de Deus, quando amamos a Deus e guardamos os seus mandamentos”. E  o grande mandamento  não é outro senão estar próximo daquele que se ama.
Quem está próximo da pessoa amada torna-se um com ela, como narra os Atos dos Apóstolos: “A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma. Ninguém considerava como próprias as coisas que possuía, mas tudo entre eles era posto em comum”.
Diante destas narrativas que outra atitude pode ter o cristão do terceiro milênio senão  seguir o testemunho das primeiras comunidades cristãs, isto é, reunir-se , escutar a Palavra, rezar uns com os outros, participar da ceia, cultivar a perseverança e a confiança de modo que coragem vença o medo e todos possam proclamar o anuncio feito por Jesus: “A paz esteja com Vocês”. E repletos do Espírito Santo de Deus prolongar nestes tempos e com todas as forças que o Senhor Ressuscitado está vivo e presente  no mundo e que por isso mesmo a vida pede que se faça crescer o dinamismo das relações de compreensão e de doação de Deus com  as pessoas e entre si tendo em vista um mundo sempre melhor. 

sábado, 4 de abril de 2015

HOMILIA PARA O SÁBADO SANTO 2015 – 04 DE ABRIL.


ALELUIA, O SENHOR RESSUSCITOU! 

Poucas coisas são mais significativas para a pessoa e para a sociedade do que a possibilidade de passar de uma condição de vida menos digna para uma situação melhor. O tempo de preparação para essa transformação muitas vezes exige sacrifício, determinação e coragem. Para os cristãos esse processo acontece durante os quarenta dias da quaresma.
As celebrações da semana santa intensificam as expectativas da páscoa. Isso é a passagem para um tempo novo, para um estilo de vida diferente e muito melhor.
As leituras proclamadas na liturgia da noite do sábado santo recordam a ação de Deus no mundo. A longa narrativa da criação que se conclui com a expressão: “E Deus viu que tudo era muito bom”.  A proclamação da passagem do Mar Vermelho cuja mão de Deus garantiu a vida ao povo Hebreu e castigou os Egípcios que lhes perseguiam.
Os salmos que são proclamados e levam a comunidade inteira a rezar reconhecendo a maravilhosa ação de Deus em favor de todos os que nele confiam, se completam com o encontro do túmulo vazio pelas mulheres que não abandonaram o Senhor Jesus.
Vencendo todo medo e todo preconceito as mulheres caminham de madrugada para o lugar onde estava o corpo de Jesus.  Recebem em primeira mão a noticia: “Ele não está aqui, Ele ressuscitou”. Esta extraordinária noticia pede uma nova atitude, que significa não ficar parado diante do túmulo vazio. “Vão e contem aos discípulos e a Pedro caminhem até a Galileia, lá Vocês o verão”, Ordenou o anjo às mulheres.
Todas essas situações podem ser vivenciadas por cada pessoa que celebra a páscoa de Jesus neste terceiro milênio. Ninguém duvida que as dificuldades destes tempos sejam cruzes e muitas vezes “noites escuras” que sufocam a esperança, mas ao mesmo tempo apontam para a possibilidade de uma vida nova, de uma páscoa que será passagem para um tempo novo onde a vida triunfará.
É importante não se deixar vencer pelo cansaço, pela tristeza e desilusão, pelo contrário, há que se deixar abrir às novidades que Deus constantemente traz para a vida de todos. Imitar Maria, a mãe de Jesus, a hora é de guardar todas as coisas no coração de modo a não deixar passar em branco a transformação que se realiza no coração e na vida daqueles que acreditam.

Coragem, o Senhor está Vivo!

quinta-feira, 2 de abril de 2015

HOMILIA PARA A SEXTA FEIRA DA PAIXÃO - 03 DE ABRIL DE 2015

EIS O LENHO DA CRUZ...
Não precisamos ir longe para perceber que a sociedade hoje tem muitas cruzes. Casos graves de corrupção e desvio de dinheiro público sem solução ou punição. Em Santa Catarina, professores e outras categorias em greve. Para fazer “funcionar a escola”, diretores e gerentes de Educação orientam os pais para que  mandem seus filhos a escola. Lá eles ficam horas no ginásio de esportes ou com atividades diversas que não são aulas e isso eles chamam “educação de qualidade”.
A Celebração da Sexta Feira Santa na liturgia da Igreja atualiza o sofrimento de Cristo na cruz, nele se pode dizer “Páscoa de Cristo – Páscoa da Gente”! Os cristãos não se reúnem para lembrar um fato ocorrido há dois mil anos, mas, pelo contrário, celebram  o sofrimento de Cristo que se repete no sofrimento do povo.
Celebrar piedosamente a Sexta Feira da Paixão implica fazer alguma escolhas. Pode-se agir como Pilatos, lavando as mãos diante das cruzes,  outra atitude possível é a de Pedro: “Não sei quem ele é e nunca vi este homem”; pode-se também ser como Judas, entregando-o ainda para ser crucificado, traindo aquele que foi seu companheiro em muitos momentos.
Mas o cristão de verdade pode se comportar como o ladrão arrependido: “Tem piedade de mim Senhor,  que eu sou pecador”; pode ser também como o Cirineu que ajuda cada pessoa a carregar sua cruz. Pode ser como Maria Madalena, Maria a mãe de Jesus e as outras Marias, caminhar com Ele até o Calvário.
Não sem razão a estas últimas Jesus apareceu primeiro ressuscitado do domingo de páscoa. A Sexta Feira da Paixão é um convite para todos experimentar o que se lê na carta aos Hebreus: Temos um sumo sacerdote eminente, que entrou no céu, Jesus Cristo, o Filho de Deus. Por isso permaneçamos firmes naquilo que acreditamos!
Cristo, na sua vida terrena dirigiu súplicas, com forte clamor e lágrimas e foi atendido por causa da sua perseverança. Sendo Deus ele aprendeu a sofrer, mas não se calou diante do sofrimento: “Pai se possível afasta de mim esse cálice, mas seja feita a tua vontade  e não a minha”. Sua persistência lhe fez vencer as cruzes, as ameaças e a própria morte.

A Sexta Feira da Paixão coloca todos diante das cruzes de cada dia e convida a ser  perseverante e firme na fé, a participação de todos garantira a passagem do Calvário para a Vida nova da Páscoa. 

HOMILIA PARA A QUINTA FEIRA DA SEMANA SANTA - 2015

NOITE ESCURA DO MONTE DAS OLIVEIRAS (Bento XVI)

A Quinta feira santa, com a celebração da “Missa do Lava-pés”, introduz os cristãos no mistério da morte e ressurreição do Senhor. Não sem razão, o Papa Bento XVI, denominou a “Noite escura do Monte das Oliveiras”.
Na celebração da quinta feira cada pessoa é convidada a colocar todas as misérias e fraquezas no coração de Jesus. Nas palavras de um hino litúrgico composto para a noite de hoje  se canta assim: “Durante a ceia, o discípulo do amor/ Recostou sua cabeça/ sobre o peito do Senhor/.E cada impulso do Sagrado coração/ Era um novo testemunho/ De acolhida e de perdão... Durante a ceia, antes de enfrentar a cruz/ Quis ficar com seus amigos/ Para ser a sua luz/.Como alimento, o Sagrado Coração/ Entre nós ficou presente/ Neste vinho e neste pão”.
Os cristãos do século XXI, como os hebreus do Egito, ainda são escravos e escravizados de muitos modos, entre eles: Comodidade, preconceito, consumismo, intolerância, falta de caridade, corrupção, inveja, amor próprio, falta de compromisso com a vida e assim por diante. De algum modo, todos são chamados a dar um basta a essa situação.  São Paulo faz um convite aos conrintios que é igualmente estendido a todos: fazer uma passagem do velho homem para uma nova criatura e a agir sempre em “Memória do Senhor”.
Jesus, lavando os pés dos discípulos indica uma atitude simples e possível para todos. Se quiser ser discípulo do mestre, seguir os seus passos, uma coisa  é necessário colocar-se a serviço. Nas noites escuras da vida, o convite não é esconder-se, mas antes sair de si e servir àqueles que mais necessitam. Como disse Madre Tereza de Calcutá: “As mãos que ajudam são mais sagradas dos que os lábios que rezam”.
Celebrar a noite escura do monte das oliveiras é compreender o significado das palavras: “O amor é como grão, morre e nasce trigo, vive e morre pão”.
Deus e o seu Filho Jesus é o pão que  alimenta que faz morrer as fraquezas  e refaz as energias. A Deus  para quem tudo é possível, os cristãos são convidados a confiarem as suas vidas na certeza que Ele mesmo ajudará a fazer a passagem necessária para situações melhores e mais dignas.

Que a oração de todos e a comunhão na Igreja seja o alimento nesta Santa Semana.