EIS
O LENHO DA CRUZ...
Não precisamos ir longe
para perceber que a sociedade hoje tem muitas cruzes. Casos graves de corrupção
e desvio de dinheiro público sem solução ou punição. Em Santa Catarina,
professores e outras categorias em greve. Para fazer “funcionar a escola”, diretores
e gerentes de Educação orientam os pais para que mandem seus filhos a escola. Lá eles ficam
horas no ginásio de esportes ou com atividades diversas que não são aulas e
isso eles chamam “educação de qualidade”.
A Celebração da Sexta
Feira Santa na liturgia da Igreja atualiza o sofrimento de Cristo na cruz, nele
se pode dizer “Páscoa de Cristo – Páscoa da Gente”! Os cristãos não se reúnem para
lembrar um fato ocorrido há dois mil anos, mas, pelo contrário, celebram o sofrimento de Cristo que se repete no
sofrimento do povo.
Celebrar piedosamente a
Sexta Feira da Paixão implica fazer alguma escolhas. Pode-se agir como Pilatos,
lavando as mãos diante das cruzes, outra
atitude possível é a de Pedro: “Não sei quem ele é e nunca vi este homem”; pode-se
também ser como Judas, entregando-o ainda para ser crucificado, traindo aquele
que foi seu companheiro em muitos momentos.
Mas o cristão de
verdade pode se comportar como o ladrão arrependido: “Tem piedade de mim
Senhor, que eu sou pecador”; pode ser
também como o Cirineu que ajuda cada pessoa a carregar sua cruz. Pode ser como
Maria Madalena, Maria a mãe de Jesus e as outras Marias, caminhar com Ele até o
Calvário.
Não sem razão a estas
últimas Jesus apareceu primeiro ressuscitado do domingo de páscoa. A Sexta Feira
da Paixão é um convite para todos experimentar o que se lê na carta aos
Hebreus: Temos um sumo sacerdote eminente, que entrou no céu, Jesus Cristo, o
Filho de Deus. Por isso permaneçamos firmes naquilo que acreditamos!
Cristo, na sua vida
terrena dirigiu súplicas, com forte clamor e lágrimas e foi atendido por causa
da sua perseverança. Sendo Deus ele aprendeu a sofrer, mas não se calou diante
do sofrimento: “Pai se possível afasta de mim esse cálice, mas seja feita a tua
vontade e não a minha”. Sua persistência
lhe fez vencer as cruzes, as ameaças e a própria morte.
A Sexta Feira da Paixão
coloca todos diante das cruzes de cada dia e convida a ser perseverante e firme na fé, a participação de
todos garantira a passagem do Calvário para a Vida nova da Páscoa.
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