12º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO B
Metáforas, hipérbole, comparação,
ditados populares, e outras formas de expressão são muito comuns no linguajar
do povo. Existe um ditado popular que diz mais ou menos assim: “Depois da tempestade vem a bonança”. Frequentemente as pessoas usam a expressão
tempestade para dizer que passaram por provações e dificuldades de toda ordem.
Sejam elas de saúde, de relações familiares e sociais, questões econômicas e
etc...
As leituras deste domingo falam exatamente
de tempestades e calmarias. As primeiras decorrem da fragilidade humana e as
segundas da força daquele que pode fortalecer e encorajar os fracos.
Assim Jó, cuja vida é uma constante tempestade,
relata mais um dos seus momentos de provação e como não poderia ser diferente.
Do fundo da sua confiança ele pede socorro e Deus que tudo pode, não para
benefício próprio ou para mostrar seu poder, mas para socorrer quem necessita,
consola Jó com as palavras: “Quem fechou o mar com portas, quando ele jorrou com ímpeto do seio materno, quando eu lhe dava nuvens por vestes e névoas espessas por faixas; quando
marquei seus limites e
coloquei portas e trancas”.
Essa ação de Deus, por certo não é a única
reconhecida em favor daqueles que nele depositam confiança. Por essa razão o
salmista, faz também a Igreja rezar hoje: “Dai graças ao Senhor, porque ele é bom... Os que sulcam o alto-mar com seus navios... testemunharam
os prodígios do Senhor”.
São Paulo escreve aos
coríntios, como que lhes confortando afirma: “Para quem confia no Senhor, tudo o que era velho já passou”.
E de fato os discípulos
na barca são repreendidos por Jesus, não por terem medo, mas porque não
confiaram. Jesus lhes pergunta sobre a causa do medo e lhes chama a atenção: “Ainda não tendes fé?”.
Depois que tudo
acontece os discípulos finalmente reconhecem: ‘Quem é este que até o vento e o
mar obedecem”.
Ora, estas lições e
ação de graças que a Palavra de Deus transmite neste domingo são perfeitamente
aplicáveis para a Igreja, para a sociedade e para cada pessoa em particular.
Primeiro reconhecer que onde Deus está presente nenhum problema é maior do que
sua força e sua autoridade. Segundo confiar na sua presença, sobretudo, nas horas
mais difíceis que se tem a enfrentar.
Claro está para todos
que a oração comum é uma das formas extraordinárias de fortalecer a fé e a
coragem, por isso mesmo a Igreja convida todos para a oração de cada domingo
onde um é por todos e todos são por um.
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