sábado, 20 de junho de 2015

HOMILIA PARA O DIA 21 DE JUNHO DE 2015

12º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO B

Metáforas, hipérbole, comparação, ditados populares, e outras formas de expressão são muito comuns no linguajar do povo. Existe um ditado popular que diz mais ou menos assim: “Depois da tempestade vem a bonança”.  Frequentemente as pessoas usam a expressão tempestade para dizer que passaram por provações e dificuldades de toda ordem. Sejam elas de saúde, de relações familiares e sociais, questões econômicas e etc...

As leituras deste domingo falam exatamente de tempestades e calmarias. As primeiras decorrem da fragilidade humana e as segundas da força daquele que pode fortalecer e encorajar os fracos.

Assim Jó, cuja vida é uma constante tempestade, relata mais um dos seus momentos de provação e como não poderia ser diferente. Do fundo da sua confiança ele pede socorro e Deus que tudo pode, não para benefício próprio ou para mostrar seu poder, mas para socorrer quem necessita, consola Jó com as palavras: “Quem fechou o mar com portas, quando ele jorrou com ímpeto do seio materno, quando eu lhe dava nuvens por vestes e névoas espessas por faixas; quando marquei seus limites e coloquei portas e trancas”. 

Essa ação de Deus, por certo não é a única reconhecida em favor daqueles que nele depositam confiança. Por essa razão o salmista, faz também a Igreja rezar hoje: Dai graças ao Senhor, porque ele é bom... Os que sulcam o alto-mar com seus navios... testemunharam os prodígios do Senhor”.

São Paulo escreve aos coríntios, como que lhes confortando afirma: “Para quem confia no Senhor, tudo o que era velho já passou”.

E de fato os discípulos na barca são repreendidos por Jesus, não por terem medo, mas porque não confiaram. Jesus lhes pergunta sobre a causa do medo e lhes chama a atenção: “Ainda não tendes fé?”.

Depois que tudo acontece os discípulos finalmente reconhecem: ‘Quem é este que até o vento e o mar obedecem”.

Ora, estas lições e ação de graças que a Palavra de Deus transmite neste domingo são perfeitamente aplicáveis para a Igreja, para a sociedade e para cada pessoa em particular. Primeiro reconhecer que onde Deus está presente nenhum problema é maior do que sua força e sua autoridade. Segundo confiar na sua presença, sobretudo, nas horas mais difíceis que se tem a enfrentar.

Claro está para todos que a oração comum é uma das formas extraordinárias de fortalecer a fé e a coragem, por isso mesmo a Igreja convida todos para a oração de cada domingo onde um é por todos e todos são por um. 

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