sábado, 14 de novembro de 2015

HOMILIA PARA O DIA 15 DE NOVEMBRO DE 2015

COM MEU POVO, CELEBRAR A ALVORADA...

Catástrofes naturais e ambientais pelo Brasil e pelo mundo são mais frequentes do que se imagina. No Brasil tem se registro desde 1928 desse tipo de acidente e que somadas as vítimas chegam a mais de 3500 mortos. Nestes dias a mídia se ocupa com a “Lama de Mariana”. Da mesma forma não são novidades os atentados terroristas os mais antigos que se tem notícia datam do início do cristianismo, sendo possível descrever pelo menos 25 atentados de grandes proporções, com ameaça à qualidade de vida e a dignidade dos povos em todo o mundo. Neste final de semana o mundo está em alerta por conta do terror que assolou Paris com mais de uma centena de mortos.

O profeta Daniel, no texto que se lê hoje fala destas coisas com uma linguagem simbólica: Muitos são os mortos e oprimidos, tem se a impressão que o fim do mundo está chegando, mas o profeta aponta para uma chama de esperança: “Naquele tempo se levantará o grande príncipe defensor dos filhos do teu povo... os que forem sábios brilharão como estrelas no firmamento...” Tal afirmação implica compreender que Deus conhece os seus filhos e suas necessidades e não os deixará perecer! A leitura é um convite para alimentar a esperança.

Com a mesma simbologia Jesus se apresenta no Evangelho e narra a chegada do Filho do Homem. Sinais extraordinários estarão acontecendo. Nem o sol e nem a lua irão brilhar mais, e neste clima de insegurança o Filho do Homem vai aparecer entre as nuvens. Mas de novo Jesus conclui sua mensagem com uma palavra de coragem: Aprendam da figueira – ano após ano – os ramos ficam verdes, e vocês sabem que o verão está chegando. Então não se preocupem com o fim quanto a este dia, nem os anjos, nem o Filho, mas somente o Pai sabe quando será. Então por hora, o compromisso e a certeza que permanece para todos é viver a plenitude da graça, é ser testemunha e presença, fazendo ressoar em todos os cantos da terra a força do amor. Assim ensinou o poeta: “Peregrinos na estrada de um mundo desigual... já não sei por onde andar, na esperança eu me apego ao mutirão. c Quero entoar um canto novo de alegria ao raiar daquele dia de chegada em nosso chão, com meu povo celebrar a alvorada, minha gente libertada, lutar não foi em vão”.


O Reino de Deus, aquele que Cristo garantiu por sua morte e ressurreição já está presente no mundo, apesar das barbaridades que se costuma ver em todas as partes, porém cada pessoa é convidada a trabalhar cada dia, vigiar e perseverar, como se reza no salmo: “Ó Senhor, sois minha herança e minha taça, meu destino está seguro em vossas mãos! Tenho sempre o Senhor ante meus olhos, pois se o tenho a meu lado não vacilo”.

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