sábado, 2 de janeiro de 2016

HOMILIA PARA O DIA 03 DE JANEIRO DE 2016

LUZ PARA AS NAÇÕES...


Aleluia! Quem diria!
Boa-nova é encontrar um menino!
Aleluia! Quem diria!
Partilhando do nosso destino!

Já nasceu nos mostrando outro jeito
De plantar novamente a harmonia,
De viver, de acolher o desfeito.
Vem chegando da periferia!

Este hino litúrgico entoado pelas comunidades cristãs no tempo do Natal, certamente faz perceber com mais clareza o sentido da festa que se chama Epifania do Senhor, ou Domingo de Reis, como se diz na piedade popular.

O anúncio que foi feito aos pastores pelo Anjo, na noite de Natal, se completa com a visão da estrela que foi seguida pelos Magos. Em ambos os casos se trata de reconhecer que Deus veio visitar a humanidade. Na oração que abre a liturgia da Palavra a Igreja reza: “Concedei aos vossos servos e servas que já vos conhecem pela fé, contemplar-vos um dia face a face no céu”.

Aos magos Deus se deu a conhecer como luz das nações, o significado desta manifestação continua repleto de sentido até os dias de hoje. Conhecer Deus, com todos os seus atributos é um dos maiores desejos humanos, obviamente que para isso algumas atitudes são indispensáveis.

Para os cristãos do mundo atual cabem as mesmas recomendações feitas pelo profeta Isaias: “Levanta-te, acende as luzes, Jerusalém, porque chegou a tua luz, apareceu sobre ti a glória do Senhor. Eis que está a terra envolvida em trevas, e nuvens escuras cobrem os povos; mas sobre ti apareceu o Senhor”.

O rosto de Deus que foi manifestado na pessoa de Jesus é, de certa maneira, a própria misericórdia de Deus e que São Paulo escreveu as efésios dizendo: “acaba de o revelar agora, pelo Espírito, 

aos seus santos apóstolos e profetas... e todos são admitidos à mesma herança, são membros do corpo, são associados à mesma promessa em Jesus Cristo, por meio do Evangelho”. 

O Rei nascido em Belém cuja boa notícia a liturgia canta com alegria é reconhecido pelos magos com seus presentes simbolizados no Ouro da Realeza, no incenso da divindade e na mirra que significa paixão e sofrimento. Em outras palavras aquele que é o Rosto da Misericórdia de Deus, é também Rei, Deus e homem. 

Para aqueles que celebram e que rezam juntos a manifestação de Deus como luz do mundo, cabem as mesmas atitudes dos magos: Reconhecer o messias, ad0rá-lo, e encontrar caminhos alternativos para todas as formas de dor, morte e tristeza que o mundo contemporâneo continua produzindo diariamente. 

Celebrar a manifestação do Senhor, implica reconhecer a voz do anjo que encaminha cada pessoa a trilhar caminhos novos e que preservem e promovam a dignidade e a vida de todos.

Que a Igreja possa acolher com fé e viver com amor os mistérios que o natal manifestou a todos. 

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