GENTE NOVA PARA UM MUNDO NOVO
Os sinais de morte estão bem presentes na
sociedade contemporânea. Mas não é nestes sinais que se deve procurar o Senhor.
Nem tampouco, é ali o lugar para encontrar os irmãos. Deus que não se cansa de
retomar o seu projeto na história, está mais do que nunca presente na sociedade
atual. Deus jura seu amor eterno usando de misericórdia com o pecador e
resgatando do túmulo a vida de todos. A celebração do Sábado Santo é uma
maneira de fortalecer a Igreja e todas as pessoas a reconhecer Jesus Cristo que
continua fazendo novas todas as coisas.
As leituras e os salmos proclamados nas
celebrações do sábado santo fazem uma recordação de toda a história desde a
criação até a redenção definitiva em Jesus Cristo. A fragilidade humana levou
os homens e mulheres em todos os tempos a se afastar de Deus e do seu projeto,
situação que se assemelha muito ao que acontece no mundo contemporâneo. Porém,
é certo que Deus não abandona o seu povo.
Celebrar a páscoa de Cristo implica perceber que
a ressurreição de Jesus acontece de novo cada vez que as pessoas e as
comunidades trabalhem de modo decisivo no cuidado com a vida como disse o Papa
Francisco no documento: Laudato Si: “Desta
forma cuida-se do mundo e da qualidade de vida dos mais pobres, com um sentido
de solidariedade que é, ao mesmo tempo, consciência de habitar na casa comum
que Deus nos confiou. Estas ações comunitárias, quando exprimem um amor que se
doa, podem transformar-se em experiências espirituais intensas” (232).
Rezar no sábado santo unindo as vozes de todos
os que creem é uma forma de reconhecer a vitória da ressurreição de Jesus e o
convite que continua a ser feito: trabalhar para que a história e o mundo sejam
transformados. A palavra dita às mulheres na sepultura ressoa para cada pessoa neste
sábado de aleluia: “Não procurem entre os
mortos aquele que está vivo”.
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