JESUS TOMOU A FIRME
DECISÃO!
Tomar decisões na vida
costuma ser uma das maiores dores de cabeça que uma pessoa enfrenta na vida.
Sobre decisões e oportunidades, costuma-se usar um provérbio popular que diz
mais ou menos assim: “A oportunidade é como um cavalo encilhado que só passa
uma vez na vida”. E se isto é verdadeiro
há que se aprender a tomar decisões e ter a coragem de assumir as consequências
das escolhas que se faz. Já quando uma pessoa desiste de algum projeto se diz
que “pendurou a chuteira” ou que “jogou a toalha.”
No livro dos Reis, cujo
texto é proclamado neste domingo, o profeta Elias faz um gesto inusitado para
provocar uma tomada de decisão do jovem Eliseu. Sentindo-se enviado por Deus o
profeta percebe que é hora de “pendurar a chuteira” e sai à procura de um seu
sucessor. O convite para ocupar o seu lugar não é feito com nenhum discurso nem
pratica de convencimento. Vendo o jovem Eliseu, que não é um sujeito incapaz
para nada, pelo contrário, está arando a terra com 12 juntas de bois, o profeta
lhe oferece o manto, isto é, lhe oferece uma outra oportunidade, a qual Eliseu
não tem medo de aceitar. Não só aceita seguir, como oferece os bois em
sacrifício como sinal da sua adesão e da sua coragem para encarar um novo
modelo de vida.
Aos Gálatas, São Paulo
vai repetir o que já vem falando em outras ocasiões: O centro de toda a vida é
a pessoa de Jesus Cristo, com sua morte e ressurreição. E hoje Paulo afirma: “Foi
para a liberdade que Cristo nos libertou”, portanto deixem-se conduzir pelo
Espírito de Cristo.
E qual é o Espírito de
Cristo senão aquele que ele mesmo dá a conhecer no Evangelho: “Jesus tomou a
firme decisão de partir para Jerusalém”.
Neste caminho não faltam dificuldades, provações e provocações, mas
Jesus faz exatamente o que disse a Pedro no domingo passado: “quem quiser ganhar
a sua vida vai perde-la, mas quem perder a sua vida por causa do Evangelho,
este a salvará”. Hoje ele faz um diálogo
com outras pessoas e as interpela dizendo “o Filho do homem não tem onde
reclinar a cabeça”, e exatamente por isso nada lhe prende, nem mesmo uma
moradia estável.
Também os cristãos destes
tempos vivem a mesma condição de Eliseu, da comunidade de são Paulo e dos
seguidores de Jesus. Trata-se de compreender quais são os verdadeiros laços que
prendem e que libertam e quando é hora de tomar decisões, como quem “põe a mão
no arado e não olha para traz”.
Seguir Jesus Cristo com
as causas que ele também defendeu exige a coragem e a determinação que ele
mesmo ensinou. Permitam-me concluir dizendo que carregar a cruz de cada implica
compreender o que disse um compositor gaúcho em uma de suas canções: “Olha,
guri, lá o povo é diferente e certamente faltará o que tens aqui. Eu só te
peço, não esqueças de tua gente. De vez em quando, manda uma carta, guri. Se vais embora, por favor não te detenhas. Sigas
em frente e não olhes para trás”