quinta-feira, 23 de junho de 2016

JESUS TOMOU A FIRME DECISÃO!

Tomar decisões na vida costuma ser uma das maiores dores de cabeça que uma pessoa enfrenta na vida. Sobre decisões e oportunidades, costuma-se usar um provérbio popular que diz mais ou menos assim: “A oportunidade é como um cavalo encilhado que só passa uma vez na vida”.  E se isto é verdadeiro há que se aprender a tomar decisões e ter a coragem de assumir as consequências das escolhas que se faz. Já quando uma pessoa desiste de algum projeto se diz que “pendurou a chuteira” ou que “jogou a toalha.

No livro dos Reis, cujo texto é proclamado neste domingo, o profeta Elias faz um gesto inusitado para provocar uma tomada de decisão do jovem Eliseu. Sentindo-se enviado por Deus o profeta percebe que é hora de “pendurar a chuteira” e sai à procura de um seu sucessor. O convite para ocupar o seu lugar não é feito com nenhum discurso nem pratica de convencimento. Vendo o jovem Eliseu, que não é um sujeito incapaz para nada, pelo contrário, está arando a terra com 12 juntas de bois, o profeta lhe oferece o manto, isto é, lhe oferece uma outra oportunidade, a qual Eliseu não tem medo de aceitar. Não só aceita seguir, como oferece os bois em sacrifício como sinal da sua adesão e da sua coragem para encarar um novo modelo de vida.

Aos Gálatas, São Paulo vai repetir o que já vem falando em outras ocasiões: O centro de toda a vida é a pessoa de Jesus Cristo, com sua morte e ressurreição. E hoje Paulo afirma: “Foi para a liberdade que Cristo nos libertou”, portanto deixem-se conduzir pelo Espírito de Cristo.

E qual é o Espírito de Cristo senão aquele que ele mesmo dá a conhecer no Evangelho: “Jesus tomou a firme decisão de partir para Jerusalém”.  Neste caminho não faltam dificuldades, provações e provocações, mas Jesus faz exatamente o que disse a Pedro no domingo passado: “quem quiser ganhar a sua vida vai perde-la, mas quem perder a sua vida por causa do Evangelho, este a salvará”.  Hoje ele faz um diálogo com outras pessoas e as interpela dizendo “o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça”, e exatamente por isso nada lhe prende, nem mesmo uma moradia estável.

Também os cristãos destes tempos vivem a mesma condição de Eliseu, da comunidade de são Paulo e dos seguidores de Jesus. Trata-se de compreender quais são os verdadeiros laços que prendem e que libertam e quando é hora de tomar decisões, como quem “põe a mão no arado e não olha para traz”.


Seguir Jesus Cristo com as causas que ele também defendeu exige a coragem e a determinação que ele mesmo ensinou. Permitam-me concluir dizendo que carregar a cruz de cada implica compreender o que disse um compositor gaúcho em uma de suas canções: “Olha, guri, lá o povo é diferente e certamente faltará o que tens aqui. Eu só te peço, não esqueças de tua gente. De vez em quando, manda uma carta, guri.  Se vais embora, por favor não te detenhas. Sigas em frente e não olhes para trás”

Nenhum comentário:

Postar um comentário