sábado, 18 de junho de 2016

REFLETINDO A PALAVRA NO DOMINGO 19 DE JUNHO DE 2016

TODOS SÃO UM EM CRISTO JESUS

Nesta semana o Papa Francisco abriu um congresso em Roma e no discurso inicial afirmou: “É a fé que nos impele a não cansarmos de buscar a presença de Deus nas mudanças da história”. O papa tem clareza que o mundo e as situação das pessoas no mundo vai sofrendo transformações que nem sempre são bem entendidas por todos.
Isso também acontecia com as pessoas cuja história está relatada nas páginas da Sagrada Escritura e que a comunidade cristã ouve cada vez que se reúne na assembleia de oração. Para este domingo a liturgia prevê um texto do profeta Zacarias, a continuação da carta de São Paulo aos Gálatas, e um texto do Evangelho de Lucas.
No antigo testamento o profeta faz um anúncio da ação de Deus dizendo: “Derramarei sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém um espírito de graça e de oração; eles olharão para mim”. Essa promessa é um sinal da misericórdia de Deus a todos os que aí vivem independente da sua condição, sejam eles bons, perfeitos, pecadores, não importa. O que conta é que Deus está presente no meio deles, como disse o Papa, nas mudanças da História.
A mesma certeza tem São Paulo falando aos moradores da Galácia. O apóstolo afirma que na morte e ressurreição de Jesus foram sepultadas definitivamente todas as diferenças e que por conta disso cada pessoa é convidada a exercer o amor e a solidariedade de modo que Deus e sua misericórdia possam ser reconhecidos e experimentados por todos.
No evangelho, Jesus desafia os discípulos a afirmar sua fé na pessoa dele e no mistério que envolve sua missão no mundo. Ele não recusa o título de Messias de Deus, mas ao mesmo tempo aponta as consequências desta condição: “O Filho do Homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da Lei, deve ser morto e ressuscitar no terceiro dia.”

Como lição para a vivência desta palavra permanece um claro convite: Nada de se apegar às próprias verdades e certezas. Nada de se considerar melhor e mais perfeito que os demais. Pelo contrário, ontem como hoje cada pessoa é chamada a continuar renunciando-se a si mesmo tomando sua cruz e seguindo. Neste contexto tem ainda mais sentido rezar o Salmo deste domingo: “Sois vós, ó Senhor, o meu Deus! Desde a aurora ansioso vos busco! A minh'alma tem sede de vós, minha carne também vos deseja. Como terra sedenta e sem água, venho, assim, contemplar-vos no templo, para ver vossa glória e poder. Vosso amor vale mais do que a vida: e por isso meus lábios vos louvam”.  Agindo deste modo será mais fácil enxergar Deus presente no cotidiano da história e das pessoas, como recorda Francisco. 

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