MISERICORDIOSOS
COMO O PAI
Esta semana entrou em
vigor no Brasil a lei que obriga andar com a luz baixa também durante o dia. Ainda
nesta semana o presidente em exercício retirou a urgência na tramitação de um
projeto que prevê a criminalização da corrupção. Estes dois fatos fizeram parte
das manchetes de jornais, das rodas de conversa, das manifestações a favor e
contrárias aos dois casos. De uma coisa é certa: O Brasil já tem muitas leis,
falta mesmo levar a sério o que está previsto e legislado.
Na comunidade de Jesus
também não faltavam regras, leis, normas, proibições e etc. Ao longo de toda a
formação do povo de Israel foram sendo estabelecidas regras sobre regras,
algumas muito severas e pouco produtivas.
Na primeira leitura deste
domingo, Moisés propõe ao seu povo uma única regra: “Ouve a voz do
Senhor teu Deus. Converte-te para o Senhor teu Deus
com todo o teu coração e com toda a tua alma”. De Moisés até Jesus as coisas mudaram muito em Israel.
com todo o teu coração e com toda a tua alma”. De Moisés até Jesus as coisas mudaram muito em Israel.
No Evangelho é um entendido em leis que tenta colocar Jesus
em saia justa lhe fazendo uma pergunta: “que
devo fazer para receber em herança a vida eterna?” Jesus não foge da
resposta, nem tampouco atende o desejo do mestre da lei. Antes, devolve-lhe a
pergunta: “O que está escrito
na Lei de Moisés”.
O mestre
se faz de pouco entendedor e reformula a pergunta: “quem é o meu próximo” E agora Jesus faz a comparação com o homem
que precisa ser ajudado e desafia o interlocutor “Vá Você e faça a mesma coisa”.
Jesus, a
quem São Paulo na segunda leitura chama de “Imagem do Deus invisível, o
primogênito de toda a criação” continua desafiando
cada pessoa nestes tempos com uma palavra muito simples: “Ser próximo significa ser capaz de agir com misericórdia para com o
outro”.
Então, muito mais do que conhecer as leis, o momento é de
colocar em prática o jeito de ser de Deus e fazer o que se reza na missa: “Dai a todos os que professam a fé, rejeitar
o que não convém ao cristão, e abraçar tudo o que é digno deste nome...”
Que a oração comum encha todos e cada um de coragem e
compaixão para reconhecer o próximo que precisa de ajuda, mais do que do próximo
que precisa de leis, regras e normas.
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