quinta-feira, 7 de julho de 2016

Homilia para o dia 09 de julho de 2016

MISERICORDIOSOS COMO O PAI

Esta semana entrou em vigor no Brasil a lei que obriga andar com a luz baixa também durante o dia. Ainda nesta semana o presidente em exercício retirou a urgência na tramitação de um projeto que prevê a criminalização da corrupção. Estes dois fatos fizeram parte das manchetes de jornais, das rodas de conversa, das manifestações a favor e contrárias aos dois casos. De uma coisa é certa: O Brasil já tem muitas leis, falta mesmo levar a sério o que está previsto e legislado.
Na comunidade de Jesus também não faltavam regras, leis, normas, proibições e etc. Ao longo de toda a formação do povo de Israel foram sendo estabelecidas regras sobre regras, algumas muito severas e pouco produtivas.
Na primeira leitura deste domingo, Moisés propõe ao seu povo uma única regra: Ouve a voz do Senhor teu Deus. Converte-te para o Senhor teu Deus
com todo o teu coração e com toda a tua alma”.
De Moisés até Jesus as coisas mudaram muito em Israel.
No Evangelho é um entendido em leis que tenta colocar Jesus em saia justa lhe fazendo uma pergunta: “que devo fazer para receber em herança a vida eterna?” Jesus não foge da resposta, nem tampouco atende o desejo do mestre da lei. Antes, devolve-lhe a pergunta: O que está escrito na Lei de Moisés”.
O mestre se faz de pouco entendedor e reformula a pergunta: “quem é o meu próximo” E agora Jesus faz a comparação com o homem que precisa ser ajudado e desafia o interlocutor “Vá Você e faça a mesma coisa”.
Jesus, a quem São Paulo na segunda leitura chama de “Imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” continua desafiando cada pessoa nestes tempos com uma palavra muito simples: “Ser próximo significa ser capaz de agir com misericórdia para com o outro”.
Então, muito mais do que conhecer as leis, o momento é de colocar em prática o jeito de ser de Deus e fazer o que se reza na missa: “Dai a todos os que professam a fé, rejeitar o que não convém ao cristão, e abraçar tudo o que é digno deste nome...”

Que a oração comum encha todos e cada um de coragem e compaixão para reconhecer o próximo que precisa de ajuda, mais do que do próximo que precisa de leis, regras e normas. 

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