QUE DEUS NOS DÊ SUA GRAÇA E
SUA BENÇÃO
As felicitações para o ano
novo são repletas de desejos e conselhos para alcançar a felicidade e a
realização de todas as necessidades para uma melhor qualidade de vida. Tudo
isso é verdadeiro e necessário e faz bem para todos receber as felicitações e desejos
para o ano novo. Porém a Palavra de Deus que se lê na liturgia deste primeiro
do ano, apesar da sua antiguidade e repetitividade continua sendo o mais
extraordinário desejo e a maior necessidade para o ano novo.
Na primeira leitura se lê: “O Senhor te abençoe e te guarde! O Senhor faça brilhar sobre ti a sua
face, e se
compadeça de ti! O Senhor volte para ti o seu rosto
e te dê a paz”.
e te dê a paz”.
Alguns preferem chamar Deus com tantos outros nomes, neste
momento não é o mais importante, mas é certo que acreditar e pedir a sua bênção
e presença em todos os dias do ano novo é a forma mais adequada para felicitar
e comemorar a entrada do novo ano.
Neste sentido também a Igreja que se reúne em assembleia
reza: “Que as nações
vos glorifiquem, ó Senhor, que todas as nações vos
glorifiquem!
Que o Senhor e nosso Deus nos abençoe, e o respeitem os confins de toda a terra”.
Que o Senhor e nosso Deus nos abençoe, e o respeitem os confins de toda a terra”.
E São Paulo afirma: “Deus
enviou aos nossos corações o Espírito do seu Filho, que clama: Abá - ó Pai! 7Assim já não és mais escravo, mas filho; e se és filho, és também herdeiro: tudo isso, por graça de Deus”.
O filho que nos fez herdeiros de todas as promessas de Deus é
aquele que os pastores reconheceram no menino de Belém e que voltaram
glorificando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido.
É por causa desta verdade que as felicitações de ano novo
ganham sempre um novo sentido e que neste ano o Papa Francisco manifesta na
mensagem de paz enviada ao mundo: “Peço a
Deus que nos ajude, a todos nós, a inspirar na não-violência
as profundezas dos nossos sentimentos e valores pessoais. Sejam a caridade e a
não-violência a guiar o modo como nos tratamos uns aos outros nas relações
interpessoais, sociais e internacionais. A violência não é o remédio
para o nosso mundo dilacerado. Responder à violência com a violência leva, na
melhor das hipóteses, a migrações forçadas e a atrozes sofrimentos, porque
grandes quantidades de recursos são destinadas a fins militares e subtraídas às
exigências do dia-a-dia dos jovens, das famílias em dificuldade, dos idosos,
dos doentes, da grande maioria dos habitantes da terra. O próprio Jesus viveu em tempos de
violência. Ensinou que o verdadeiro campo de batalha, onde se defrontam a
violência e a paz, é o coração humano: «Porque é do interior do coração dos
homens que saem os maus pensamentos. Hoje, ser verdadeiro discípulo de Jesus
significa aderir também à sua proposta de não-violência. Se a origem
donde brota a violência é o coração humano, então é fundamental começar por
percorrer a estrada da não-violência dentro da família. Nada
é impossível, se nos dirigimos a Deus na oração. Todos podem ser artesãos de
paz.”