FILHOS
AMADOS DE DEUS
No dia em
que eu saí de casa
No dia em que eu saí de casa
Minha mãe me disse
Filho, vem cá!
Passou a mão em meus cabelos
Olhou em meus olhos
Começou falar
Minha mãe me disse
Filho, vem cá!
Passou a mão em meus cabelos
Olhou em meus olhos
Começou falar
Por onde você for eu sigo
Com meus pensamentos
Sempre onde estiver
Em minhas orações
Eu vou pedir a Deus
Que ilumine os passos seus
Com meus pensamentos
Sempre onde estiver
Em minhas orações
Eu vou pedir a Deus
Que ilumine os passos seus
Eu sei que ela nunca compreendeu
Os meus motivos de sair de lá
Mas ela sabe que depois que cresce
O filho vira passarinho e quer voar
Os meus motivos de sair de lá
Mas ela sabe que depois que cresce
O filho vira passarinho e quer voar
Eu bem queria continuar ali
Mas o destino quis me contrariar
E o olhar de minha mãe na porta
Eu deixei chorando a me abençoar
Mas o destino quis me contrariar
E o olhar de minha mãe na porta
Eu deixei chorando a me abençoar
A minha mãe naquele dia
Me falou do mundo como ele é
Parece que ela conhecia
Cada pedra que eu iria por o pé
E sempre ao lado do meu pai
Da pequena cidade ela jamais saiu
Me falou do mundo como ele é
Parece que ela conhecia
Cada pedra que eu iria por o pé
E sempre ao lado do meu pai
Da pequena cidade ela jamais saiu
Ela me disse assim:
Meu filho, vá com Deus
Que este mundo inteiro é seu
Meu filho, vá com Deus
Que este mundo inteiro é seu
A
Palavra de Deus deste domingo é a narrativa de “filhos” que saem de casa e que
confiam que Deus vai com eles.
O
livro do Gênesis apresenta Abraão interpretando a necessidade de partir como um
chamado de Deus e confia na bênção que lhe iria acompanhar “Sai da tua terra, da tua família e da casa do teu pai, e vai para a
terra que eu te vou mostrar. Farei de ti
um grande povo e te abençoarei...” a confiança de que Deus estava com ele deu forças para Abraão continuar
seu caminho e o resultado foi reconhecido por todas as gerações de Israel, que
o chamam de Pai na fé.
Com Jesus Cristo a história
mostra que não foi diferente. Neste domingo da transfiguração, mais uma vez ele
aparece mostrando as duas dimensões da sua vida: A glória de ser filho do Pai: “uma nuvem luminosa os
cobriu com sua sombra. E da nuvem uma voz dizia: Este
é o meu Filho amado”.
Simultaneamente aparece o
sofrimento que a vida lhe reserva com todas as provações desta sua condição. Diz
o Evangelho: “E foi transfigurado diante
deles; o seu rosto brilhou como o sol e as suas roupas ficaram
brancas como a luz” ao mesmo tempo Jesus recomenda aos discípulos: “Os discípulos
ergueram os olhos e não viram mais ninguém, a não ser somente Jesus. Quando desciam da montanha, Jesus ordenou-lhes: 'Não conteis a ninguém esta visão até que o Filho do Homem
tenha ressuscitado dos mortos”. São
duas realidades dentro de um mesmo contexto, sofrimento e realização. Sina,
missão, destino de todo filho e de todo pai.
Aos cristãos, mas também às pessoas do mundo inteiro, quando
se trata de compreender que se é filho implica em acolher e escutar aqueles que
ensinam, suas palavras dão força e discernimento diante das provações e
dificuldades.
Nesta quaresma a Campanha da Fraternidade faz o convite e
lança o desafio para “cuidar e guardar a
criação”, é importante compreender o que ensina o Papa Francisco: “Nem tudo está perdido, porque os seres
humanos capazes de tocar o fundo da degradação, podem também superar-se voltar
a escolher o bem e regenerar-se, para além de qualquer condicionamento”.
É importante não esquecer que Deus chamou todos à salvação e
a santidade como afirma São Paulo na carta a Timóteo que foi a segunda leitura
deste domingo.
Reunidos em oração a Igreja pede por todos: “Alimentai nosso espírito com a vossa palavra,
para que purificados o olhar de nossa fé, nos alegremos com a visão de vossa
glória”.
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