sexta-feira, 19 de maio de 2017

HOMILIA PARA O DIA 21 DE MAIO DE 2017

PARA VIVER NO AMOR RECÍPROCO
6º DOMINGO DA PÁSCOA
ANO A

Atos, 8, 5-8.14-17; Salmo 65; 1Pedro 3,15-18; João 14,15-21
O Papa Francisco em sua recente viagem ao Egito, teve um encontro com o Patriarca da Igreja Católica do Egito, também chamado de Papa de Alexandria. Do encontro resultou uma Declaração Comum entre as duas Igrejas. Dentre as diversas afirmações sobre a unidade se lê no documento: “Deixemo-nos guiar pelos ensinamentos e o exemplo do apóstolo Paulo, que escreve: «[Esforçai-vos] por manter a unidade do Espírito, mediante o vínculo da paz. Intensifiquemos a nossa oração incessante por todos os cristãos no Egito e em todo o mundo, especialmente no Médio Oriente. Alguns acontecimentos trágicos e o sangue derramado pelos nossos fiéis, perseguidos e mortos unicamente pelo motivo de ser cristãos, recordam-nos ainda mais que o ecumenismo dos mártires nos une e encoraja no caminho da paz e da reconciliação. Pois, como escreve São Paulo, «se um membro sofre, com ele sofrem todos os membros”
A realidade de sofrimento, provações, corrupção e martírio que se espalha pelo mundo hoje, também fez parte da vida dos cristãos em todos os tempos. Apesar disso os discípulos nunca esmoreceram na missão de anunciar Cristo e a sua boa noticia ao mundo. Na primeira leitura vemos Felipe que foi a uma cidade da Samaria, anunciou o Evangelho que trouxe grande alegria a todos.
A carta de São Pedro, que é a segunda leitura deste domingo, está inserida no contexto das perseguições que os cristãos sofriam no final do primeiro século. Apesar disso ele insiste: Santificai em vossos corações o Senhor Jesus Cristo, e estai sempre Prontos a dar razão da vossa esperança a todo aquele que vo-la pedir. Fazei-o, porém, com mansidão e respeito e com boa consciência”.
O pedido de Pedro, não é outra coisa senão a confirmação das palavras de Jesus no Evangelho: “Se me amais, guardareis os meus mandamentos, e eu rogarei ao Pai, e ele vos dará um outro Defensor, para que permaneça sempre convosco: o Espírito da Verdade, Não vos deixarei órfãos. Eu virei a vós”.
Esta certeza que animou os primeiros cristãos fez com que cantassem o salmo: “Bendito seja o Senhor Deus que me escutou, não rejeitou minha oração e meu clamor, nem afastou longe de mim o seu amor”.

Que as pessoas e sociedades de hoje, marcadas por “Acontecimentos trágicos e o sangue derramado pelos nossos fiéis” pelo grave momento nacional, como dizem nossos bispos: “O que está acontecendo com o Brasil? Um País perplexo diante de agentes públicos e privados que ignoram a ética e abrem mão dos princípios morais, base indispensável de uma nação que se queira justa e fraterna”(Nota Oficial da CNBB na 55ª AG), não percam a confiança que o Espírito Santo de Deus ajudará o “povo brasileiro ter coragem, fé e esperança. Está em suas mãos defender a dignidade e a liberdade, promover uma cultura de paz para todos, lutar pela justiça e pela causa dos oprimidos e fazer do Brasil uma nação respeitada”. Amemo-nos uns aos outros, porque o Amor vem de Deus!

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